Uma segunda chance para ser feliz (Wangxian Concluída)

Declaração

  O clima continuou tenso durante toda tarde, Lan zhan por não entender a atitude do outro achava que ele o evitava por causa do que ele havia dito outra noite. Decidiu então que iria se afastar também para não ser inconveniente com algo forçado.

  Mas a atenta Vovó que observava em silêncio já havia tido uma ideia e quando a noite começou a chegar ela colocou em prática. Fingiu estar chorando em um canto da cozinha e logo foi amparada por Wei e Lan zhan.

- Vovó o que houve? Está sentindo alguma dor?

Ela balançou a cabeça em negativa e continuou a chorar. A segunda jade que tudo observava perguntou:

-Alguém te maltratou? Algum cliente foi grosseiro com a senhora?

Apenas silêncio. Wei já estava desesperado e perguntou novamente:

-Então só nos diga o que houve sim? Faremos qualquer coisa para ajudar.

A velha fingiu estar envergonhada e depois de mais alguma insistência ela revelou que alguns clientes mais cedo contaram que havia um senhor de idade que morava sozinho no alto da colina, e esse senhor estava passando necessidade, ela soube logo que se tratava do seu primeiro amor e então implorou aos jovens mestres que fossem o ajudar. Eles prontamente aceitaram ir, e ainda que o clima fosse estranho entre os dois eles decidiram partir imediatamente.

Vovó lhes entregou duas cestas com bastante mantimentos e um bilhete que só poderia ser aberto quando estivessem dentro da casa. Entregou também algumas cobertas e assim os dois partiram.

O caminho não era tão longe e Lan zhan poderia fazer rapidamente se montasse em sua espada, mas um lado egoísta que ele não conseguiu suprimir sussurava que se eles fossem caminhando teriam mais tempo juntos, ainda que em silêncio eles estariam lado a lado.

  No começo Wei tentou manter a fachada de chateado mas logo começou a tagarelar sobre como ficava cansado ao caminhar agora que não tinha mais seu núcleo, ou fazer suposições de como poderia ser o primeiro amor da Vovó, ou reclamar do frio intenso.

Lan Zhan apenas soltava seus "Hm" hora concordado, hora ajudando Wei quando o caminho se tornou mais íngreme. Quando suas mãos se tocavam uma corrente elétrica estranha parecia os ligar, e os dois corados desviavam o olhar rapidamente.

Depois de duas horas de caminhada eles finalmente chegaram, era uma pequena cabana muito arrumadinha por fora, mas tudo estava fechado como se ninguém estivesse ali por anos, o que era estranho. Bem a tempo pois logo começou a chuviscos então eles empurram a porta e acenderam algumas velas, o pequeno ambiente se iluminou mostrando se perfeitamente limpo, e magicamente uma lareira que estava no canto se acendeu trazendo luz e calor para o ambiente que estava gélido.

Eles procuraram por toda casa mas não encontraram sinal algum de que alguém morava ali, era apenas uma sala, uma pequena cozinha e um quarto aos fundos. Sem vestígios de haver habitantes sentaram em frente a lareira a fim de se aquecerem, e voltar para casa mas então a carta que estava em cima da cesta chamou atenção deles. Dando de ombros Wei decidiu abrir ainda que Lan Zhan alegasse que aquilo não era educado:

-Lan Zhan!! Veja bem, ela disse "abra assim que entrar na casa" e veja onde estamos, não seja chato sim? Vamos abrir.

Lan Zhan balançou a cabeça mas não fez mais nenhum protesto então o jovem mestre abriu a carta que tinha apenas um parágrafo que fizeram seus olhos se arregalarem.

  Então vendo aquela reação a segunda jade resolveu ler também e quando terminou ficou ainda mais pálido. A carta dizia:
    
    Jovens mestres

  Desculpe-me por mentir pra vocês, mas acredito que tem coisas que os dois precisam esclarecer sozinhos, e essa foi a única forma que eu achei de juntar os dois. Fiquem aí até resolverem seus problemas e não se preocupe comigo e A-Yuan estaremos bem. Essa era a minha antiga casa e tem uma magia que a mantém limpa e aquecida, espero que sejam felizes como eu fui quando estive aí.