Uma segunda chance para ser feliz (Wangxian Concluída)

É tudo culpa sua!!

Cinco anos se passaram sem que Lan Zhan ouvisse falar qualquer coisa sobre seu amado, era como se ele nunca tivesse existido. Embora Lan Zhan soubesse que por mais inteligente que seja ele jamais seria capaz de imaginar um sorriso daqueles, era o tipo que fazia tudo ao redor iluminar, ganhar vida.

  Ele jurou ao tio que não procuraria Wei, que seguiria o bom caminho, mas não foi capaz de prometer casar com uma boa moça, seu coração já tinha um dono embora essa pessoa nunca fosse saber. Talvez Wei Ying até o amaldiçoasse por achar que ele arrancou tudo que ele tinha.
Lan Zhan não entendeu, era para ele voltar ao normal depois de tudo, Wei seguiria a vida tranquilamente mas ao que parece algo deu errado. Os anciãos da sua seita não souberam explicar apenas disseram que não havia mais núcleo. Simples assim. Teria a cultivaçao demoníaca o corrompido para sempre??

Lan Zhan estava andando distraído pela rua e se assustou quando sentiu uma mão suave tocar levemente seu ombro. Quando virou de repente pode ver aquele rosto belo que era tão amada pelo seu amado. Jiang Yanli, a irmã mais velha.

- Perdão Segundo mestre Lan, mas estou falando com você a um tempo mas sua mente parece estar longe.

Lan Zhan faz uma curvatura com seu corpo para a frente perguntando em seguida como poderia ajuda-la.

  -Sei que eu não deveria estar te falando isso, mas você é a única pessoa que eu realmente acredito que já quis meu irmão bem. Antes que você me diga que peometeu nunca mais vê-lo apenas me escute. Fui procurar Wei Wuxian e a situação dele é deplorável preciso que você tente convencê-lo a voltar para casa.. eu.. eu não pude entrar naquele lugar mas você vai poder. Se ele não quiser ouvir diga a ele que Yuan precisa dele, que pergunta por ele todas as noites. Diga que eu sinto saudades, apele pelo lado emotivo, e independente do que você veja não o julgue.

Yanli olhou assustada sobre os ombros de Lan Zhan e percebeu que Lan Qiren estava se aproximando, deixando de uma forma sutil um papelzinho na mão de Lan Zhan ela se afastou.

Disfarçando para que seu tio não percebesse ele disse que iria para casa primeiro, e assim que se viu sozinho e com o coração quase pulando pela boca ele abriu o papel. Era um endereço de uma cidadezinha que ficava um pouco longe, mas imediatamente ele montou na espada e partiu.
Wei Ying estava em apuros. Wei Ying precisava dele. Quebrando sua promessa ele foi atrás da única coisa no mundo que o fazia se sentir mais vivo.

  Chegando no endereço já era a noite, e ficou espantado com o lugar, estava cheio de mulheres e homens com poucas roupas o ambiente cheirava a sexo e bebidas baratas, Wei Ying agora frequentava bordéis? Desde quando?
Seu rosto queimava de vergonha mas isso não importava agora, mas quando ele perguntou sobre Wei Ying houve um silêncio perturbador.

Quando pagou com algumas moedas de ouro a recepcionista o indicou um quarto mas antes que chegasse próximo, logo ao subir as escadas ouviu a risada que fazia seu coração acelerar, mas o som dessa risada estava tão quebrada que causou lhe arrepios.

  -Eu não posso te dar desconto duas vezes seguidas Mark, tente arranjar alguma coisa e conversamos depois ok querido?

Lan Zhan travou, quem era esse tal de Mark que merecia ser chamado de querido por Wei Ying? Logo ele vê uma porta se abrindo e um rapaz jovem saindo, parecia ajustar a roupa enquanto prometia trazer mais dinheiro.

Lan Zhan não entendia, ou não queria entender, com rapidez empurrou a porta e entrou. A cena que ele viu era o que sonhou durante toda sua adolescência e agora mais parecia um pesadelo. Wei Ying estava de costas com os cabelos soltos levemente bagunçados e vestia apenas uma calça leve, quando Wei se virou para o barulho da porta, seu rosto tinha uma maquiagem leve, e estava muito muito mais magro, mas não foi isso que destruiu Lan Zhan.

  Ele deixou seus olhos vagarem pelo pescoço onde continha dezenas de chupoes e marcas de mordidas, descendo por todo seu peitoral e abdômen. Tudo estava marcado, arranhões e até marcas de tapas, o cabelo comprido cobria os mamilos mas dava para ver que estavam inchados e com marcas também.

Uma náusea chegou na garganta mas ele reprimiu, engolindo seco enquanto perguntava:

  -Wei Ying o que você..

Mas antes que ele continuasse Wei já havia partido para cima dele, com socos e chutes enquanto o chamava dos piores nomes possíveis, com muito esforço Lan Zhan conseguiu segurá-lo, mas ele cuspiu no seu rosto enquanto falava entre dentes.

  - Você veio finalmente comemorar a vitória da sua seita?! Tá feliz no que me transformaram?! Isso tudo é culpa sua!! Eu te odeio tanto que nem sou capaz de expor em palavras.

Como poderia ser sua culpa? Ele não entendia. Ele havia comprido a parte dele no a acordo, se afastou e suportava a saudade.. ainda confuso ele sussurrou:

- Eles me garantiram que você estava bem, que tinha tudo para levar uma vida normal, que você estava feliz..

- Feliz?? Olha para mim eu pareço estar feliz?! Você e sua seita tiraram tudo de mim até a capacidade de desistir!!

Quando Wei disse isso automaticamente Lan Zhan olhou para os pulsos que segurava e lá estava o que ele mais temia, dezenas de cicatrizes profundas na intenção de acabar com a própria vida, seu estômago revirou novamente com o pavor.

- Sabe o que é pior Lan Zhan? Eu confiava em  você!! Você era meu amigo então porquê me traiu? Porquê?? -Lágrimas grossas caiam da face de Wei mas ele continuava falando- eu só queria proteger as pessoas que eu amo.. isso era tão errado?! Vocês tiraram quase tudo de mim..

- Porquê você veio para cá? Porquê não me procurou?

Wei soltou uma risada estrangulada.

- Acredite eu tentei, mesmo depois de tudo eu tentei, mas me falaram quem você não queria me ver. Eu tentei falar sobre Yuan, eu engoli meu orgulho para implorar que você cuidasse dele por mim, mas me diga Lan Zhan onde você estava que não podia ouvir as súplicas da pessoa que você dizia ser amigo??

Naquele momento algo que Wei nunca esperava aconteceu, Lan Zhan o famoso Hanguang-jun, caiu de joelhos aos seus pés enquanto chorava e soluçava como uma criança implorando por perdão.