"Ayato Kamisato-P.1"

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Ayato_

Um ser tão amável, tão doce. Sua aura gentil contagia... deixa o ambiente leve como se fosse magia, mas não entendo o porquê evito esse sentimento e talvez eu jamais entenderia...

 Adoroo.

____-O-____

"Quando aceitei que te amava, entendi por quê te odiava".
-I

"Te agradeço por sempre me tirar desse abismo, mas quero dizer que a culpa é sua."

-I

                                     "Complicado."

S/n narra 

Talvez eu nunca saiba explicar o porquê sempre o odiei.
Eu o conheci ainda pequena, pois minha família sempre teve uma boa relação com o clã Kamisato, também sempre tivemos boas condições, éramos comerciantes conhecidos e queridos em Inazuma. Nasci filha única, então era 'pouco' mimada e também era eu quem herdaria todo o negócio de minha família.

Como meu pai estava sempre trabalhando eu acabava pedindo para ficar com Ayaka, a filha mais nova do senhor Kamisato e minha amiga, e também porque eu amava ver meu pai trabalhando. Era uma admiradora secreta de Ayato, o irmão mais velho de Ayaka. Ele sempre aparentou ser alguém gentil, contudo, nunca nos esbarramos pela mansão, afinal, ele sempre saía com seu pai.

Os anos só tornou eu e Ayaka ainda mais inseparáveis, uma certa vez quando, eu tinha por volta de 14 anos mais um vez eu me encontrava na  mansão Kamisato, fofocando talvez, Ayaka e eu estava treinando.  Tínhamos dado um tempo, estávamos ambas esparramadas no chão. Mas tomamos postura quando alguém de repente adentrou o jardim, era Ayato, algo realmente raro ele aparecer assim. 

Um garoto esbelto com cabelos azulados, passou por mim sem direcionar nem mesmo o olhar e foi falar com sua irmã e sussurrou para ela coisas que fui capaz de ouvir. "Vocês não estão no mesmo nível. Cuidado com ela." Após isso ele me deu aceno com a cabeça e saiu.

Aquilo destruiu totalmente a boa imagem que eu tinha de Ayato, mas sem tempo para se sentir mal eu foquei em melhorar, em ser boa em tudo o que eu fazia. Eu enterrei aquelas palavras, aquela lembrança bem fundo em meu coração.

E eu caminhava numa busca incansável por reconhecimento ou talvez um simples perdão. Antes de eu atingir a maioridade meu pai faleceu, poucos anos depois do senhor do clã Kamisato, ambos sucumbiram a uma doença terminal. Eu não tinha ninguém no mundo além de meu pai, minha única família.  Essa perda quase me levou ao tumulo também. Ele não me contou que estava doente, não me contou que se sentia mal.  Meu pai era meu apoio, meu amparo, a mãe que eu não tive, minha ponte para quase tudo, e apesar de sempre ter sido um homem ocupado ele fazia o impossível para estar comigo. A ultima coisa que eu esperava era ter que assumir os negócios assim, eu tinha outros planos para mim...

Eu odeio essa merda.

E hoje era o infeliz dia do enterro, a maldita despedida.

(S/n): Eu não vou, eu não vou suportar. Não posso mostrar essa imagem a todos que esperam que eu seja grande e boa nesse negócio, como meu pai.

(Ayaka): Não exagere, é um momento de luto, você tem todo o direito de estar assim, não é vergonha alguma ser humano. 

(S/n): Seu irmão vai.

(Ayaka):Ele vai, para prestar respeito e porquê ele também lamenta, creio que ele pretende estabelecer boas relações com a futura sócia.

(S/n): Eu não quero que ele seja meu sócio.- Digo segurando o choro.- Não quero que meu inimigo me veja num momento de fraqueza.  Eu não sei olhar na cara do seu irmão. 

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