Capítulo 32 - On edge

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Tradução do título do capítulo: à flor da pele


Meus braços estavam para frente de meu corpo e juntos, graças as algemas em meus pulsos. Logo atrás de mim, um guarda, enquanto a minha frente estava o psicólogo Min, me guiando até a sala a ao lado. Assim que ele parou frente a porta mesma, ergo meu olhar lendo a placa acima da porta.

Emergência.

- Jimin está bem. - Ele disse, provavelmente ao ver a forma como meu corpo havia ficado tenso. - Ele foi imobilizado por um dos guardas com uma arma de choque, e caiu desmaiado, lesionando a testa. Precisou receber quatro pontos. - Assinto minimamente com a cabeça, e suspiro baixo, aliviado.

Já estava imaginando o pior...

- Jeong, entre lá dentro. Verifique se não há objetos perfurocortantes a vista, e se o detento está algemado. Reviste-o também. Olhe os bolsos do uniforme e embaixo dele. - O guarda assentiu com a cabeça, entrando onde Jimin estava.

- Pode tirar minhas algemas? - Questiono sorrindo de lado, afim de convencê-lo.

- Isso está fora de cogitação.

- Qual é, senhor Min... Me conhece já tem quase 5 anos. Sabe da minha índole.

- Exatamente. Eu te conheço ao ponto de não ser tolo o suficiente para deixar você sem essas algemas. - Reviro os olhos. - Eu vou te dar dez minutos. Você vai entrar, se manter distante, e conversar com ele. Vai aconselha-lo... Pedir que ele fique longe de encrencas e que não faça besteiras que podem acarretar a punições severas a ele. - Falou baixo e calmo, fitando meu rosto. - Senhor Han quer manda-lo para a solitária. Eu pedi que Jimin não fosse mandado para lá...

- O protegeu mesmo depois de ele fazer isso com você? - O interrompo, arqueando a sobrancelha. - Desde quando você é tão generoso, senhor Min?

- Eu não estou sendo generoso...

- Sim, você está. - O interrompo novamente. - Já permitiu que detentos fossem para a solitária por muito menos que isso.

- Está reclamando que eu não mandei Jimin para lá?

- Não... Com certeza não. - Umedeço os lábios. - Mas, parece que você se importa demais com ele... Mais do que é permitido dentro da sua ética profissional. - Vejo o psicólogo cerrar os olhos. Sorrio de canto, ao perceber rapidamente que eu estava certo naquela suposição. - Quer me contar alguma coisa?

- Eu sou... próximo da família dele. - Ele encurtou, e acabo por perceber sua falta de paciência. - Sei que fugi de minha ética profissional. Por isso o encaminhei para o outro psicólogo, assim que percebi que havia extrapolado os limites.

- Então por isso não deixou que Han o mandasse para a solitária? - Pergunto irônico.

- Não. A questão é que, sei que Jimin não é assim. Ele não é como você... Ele vai poder sair em breve, em condicional..., mas, só se tiver um bom comportamento. Caso contrário, ele ficará aqui pelos próximos 3 anos e meio. E você sabe bem o que é passar 4 anos em uma cadeia... É o que você quer para ele, detento?

Filho da puta...

Qualquer sinal de ironia sumira de minha face. Mordo o canto de meu lábio inferior, engolindo seco. Nego com a cabeça, fitando o chão em seguida. O clima tenso que se criou após aquela conversa fora cortado instantaneamente ao que o guarda Jeong abriu a porta, voltando para o lado de fora.

- Está tudo limpo.

- Certo. Eu tenho que ir até a sala do senhor Han agora. Você vai ficar responsável por supervisioná-los. Sem contato físico. Sem aproximação. Apenas 10 minutos. Após esse tempo, leve o detento de volta. Tudo bem? - O guarda assentiu. - Se me permitem. Com licença.

Cela 132 | jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora