Frente a frente

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- Agatha, preciso que você venha comigo hoje a tarde - disse.
- O que houve? - ela perguntou.
- É que... tudo bem vou disser, ontem eu estava na delegacia para investigar o caso do crime com minha mãe, Agatha você não vai acreditar, o meu suspeito é Mickey Gray ou melhor , o meu pai. Então, também descobri que a sua possível cúmplice é Lisa Monte, a que ajudava minha mãe na parte financeira da empresa - expliquei.
- Mira, isto está ficando cada vez mais arriscado, mas ainda não entendi o que você quis dizer. - ela disse.
- Não se preocupe, eu só preciso que você me acompanhe para se encontrar com Lisa - disse como se fosse algo simples.
- Eu não sei - ela disse.
- Por favor, você disse que ia me ajudar - implorei.
- Ok, 14:20 passou ai, pode ser ? - ela perguntou.
- Perfeito!, próximo ao horário - comemorei.
- Porque você quer se encontrar com ela ? - ela perguntou.
- É que preciso dela para tirar as informações, ela vai ser o meu alvo para me auxiliar, para dar o meu primeiro passo da vingança. - respondi.
- Só espero que termine tudo bem - ela brincou.
- Igualmente. - pode ouvi - la me acompanhar no riso.
- Então até. - ela disse.
- Até. - e desliguei o telefone.

Pronto, estava ali prestes a desmascarar quem está por trás disso tudo. Lembrei - me que Taylor seria um ótimo guia, já possui informações necessárias, além de ter a possibilidade de ser meu guarda. Acho graça, só de pensar que eu e Taylor estávamos más próximos do que eu e o criminoso. E todo o tempo não sabia ao certo se era isso que eu sentia por ele, mas agora é tudo tão simples, ele me amava e eu estava a beira desta descoberta.

Sem nada pra fazer, decidi ler um pouco o livro de que Taylor me presenteou. Sem perceber, já havia lido uma hora ou melhor o relógio indicava 14:19, dei um salto e me arrumei em um minuto.

- Mira - Agatha gritou.
- To indo - gritei.
- Pronta? - perguntei.
- Sim - ela respondeu.
- Então vamos - disse.
- Como você vai provar que ela é a cúmplice? - Agatha perguntou enquanto andávamos pela rua.
- Geralmente, levo um gravador, logo, irei gravar tudo o que eu pretendo saber - expliquei.
- Será que ela vai falar assim, tão fácil? - Agatha perguntou.
- Eu só sei que eu vou fazer de tudo pra ela confessar - respondi.

Passamos o caminho todo conversando como iria colocar meu plano em prática.

- Acho que é ela, tudo pronto? - Agatha perguntou.
- Hum hum - respondi.
- Oi, e então o que Mickey quer? - Lisa perguntou.
- Ele pediu que você relembrasse do desvio de dinheiro - respondi com nervos a vibrar de ansiedade.
- Esquisito, ele não se lembra? - ela perguntou.
- É que ultimamente ele está com a memoria fraca e necessita das informações - respondi.
- Ok, tudo começou quando estava no meu primeiro dia de trabalho na parte financeira da empresa, quando o conheci está envolvido na parte financeira também, ele calcula muito melhor do que eu. Com o tempo, nos transformamos em grandes amigos e um dia ele me propões que ajudasse a planejar um desvio financeiro da empresa... ai esqueci - ela explicou.
- Luck joias? - perguntei.
- Isso - ela respondeu enquanto entrava em panico a cada passo da minha conclusão.
- Como foi o plano? - perguntei aproximando o gravador próximo a ela.
- Como estava apaixonada por ele, aceitei a proposta que iríamos lucrar muito como ele diz. Tive que me demiti e consegui uma vaga nessa empresa como administradora financeira com MARISA GRAY. A cada contratos e cheques separava alguns para depositar na conta de Mickey. Assim aos poucos a empresa está falindo e eu e Mikey estamos enriquecendo de uma forma fácil e sem erro - ela continuou.
- Más ninguém desconfiava? - perguntei horrorizada .
- Não tem como, a gente planejou muito bem. É o suficiente? - ela respondeu, logo introduzindo com uma pergunta.
- Quase. Só preciso que você me diga, porque isso? Ele não ama a família? - perguntei.
- Ele possui um ciume possessivo, sempre acreditou que a filha não é dele e que não teria paciencia de cuidar de um bebê, digamos assim. Bastasse ele dizer que me queria e eu não me importaria ser amante dele, mas não ele não quis. Eu tenho que ir - ela respondeu.
- Obrigada - respondi assim que ela levantou - se e foi embora.
- É Mira, agora é provar e esperar - Agatha disse.
- Ainda não terminei, só estou começando - disse quando pausava a gravação.
- O que mais tem pra fazer? - ela perguntou assustada.
- Muitos mais, tenho que ir atrás dele e garantir a confiança, até que eu possa retribuir a ele - respondi.

Tudo que vai voltaOnde histórias criam vida. Descubra agora