[Em Andamento]
Enclausurada pelas paredes de seu casarão, Helena Chevalier se via presa em uma realidade imposta por sua mãe. Seu pai, no entanto, a tratava como uma verdadeira princesa, possibilitando à jovem uma intensa paixão pelo de...
Depois de muito tempo estou de volta com um capítulo fresquinho e, com certeza, repleto de aventuras. Bom, espero que estejam realmente preparados por que esse capítulo promete, viu?
Boa Leitura!
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Helena
Pensamentos confusos e embaralhados apoderaram-se da minha cabeça de forma ávida.
Em um mero momento, um piscar de olhos, lampejos de cenas forjadas a base de suposições criaram soluções distintas de razões pelas quais aquele sujeito apontava uma lâmina para minha jugular de maneira tão precisa. Virei minha cabeça para o lado esquerdo de modo calmo, fechei meus olhos ao sentir a curta brisa chocando contra minha pele da face deixando os fios de meus cabelos aturdidos, os abri vislumbrando o mesmo rosto jovem que vira no baile, o sujeito que, até aquela noite, recebia o nome de Jungkook.
Seus olhos se fixaram aos meus, com seu semblante fechado, de maneira quase que, instantânea, seu olhar usurpou todo ar contido em meus pulmões, minhas narinas expandiram em busca daquilo que parecia ser momentaneamente tão rarefeito, procurando regular o nervosismo instaurado em mim. Suas orbes escuras não continha o mesmo brilho que vira quando dançara comigo no baile, elas assemelhavam a dois globos que carregavam consigo uma raiva sucumbida a negritude de seu olhar, peguei-me admirando seus olhos que atraiam-me de modo magnético, como se quisesse puxar meu corpo para que mergulhar-se na vastidão do seu escuro e admirável nada.
Meus olhos curiosamente teimosos permitiu-se vagar por sua figura, o sujeito trajava vestes distintas das quais vestira na noite do baile. Minhas orbes deslizaram por seus membros inferiores de modo minucioso, observando suas botas carregadas por uma aparência pesada, elevando meu olhar perspicaz atentei-me a suas calças de couro justas em torno de seu quadril e coxas evidenciando sua bela desenvoltura muscular, sua camisa da cor branca, continha cordões desamarrados de maneira desregulada dando uma pequena visão ao seu dorso alvo completamente nu, as mangas longas tampavam de modo falho seus braços pois ainda sim meio justas deixavam em evidência os músculos desenvolvidos de seus bíceps.
Meu pulmão estava efetuando sua ação de modo desregulado, lufadas densas e longas esvaiam de meus lábios de maneira abrupta, meu nervosismo encontrava-se desequilibrado, meus dedos finos apertavam vêemente o tecido aveludado do meu vestido que se encontrava em um estado catastrófico. Minha mente, um caos completo, não sabia o que pensar, as circunstâncias incapacitavam-me, sentia como se raízes desenvolvessem sob meus pés impossibilitando-me de exercer um mísero movimento, totalmente imponente de algo que parecia ser tão fácil se impor, minha consciência permitiu-se sentir o amargo do sentimento "medo" que, naquele maldito momento, gritava pelos confins de minha mente implorando-me para o dar a voz que tanto queria, porém, eu não queria, deixava-me vulnerável, precisava ser forte, precisava transparecer a tão ansiada coragem para enfrenta-lo.
