[Em Andamento]
Enclausurada pelas paredes de seu casarão, Helena Chevalier se via presa em uma realidade imposta por sua mãe. Seu pai, no entanto, a tratava como uma verdadeira princesa, possibilitando à jovem uma intensa paixão pelo de...
Me desculpem pela demora, era pra ter postado sábado, mas por conta de algumas coisas eu não consegui!
Espero que vocês gostem!!!
Tem muitas coisinhas nesse capítulo, viu?!
Beijos!!
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Helena
Com um exímio cuidado, equilibrando a bandeja apenas com a minha mão esquerda, me aproximei da porta empurrando-a o suficiente para encaixar meu corpo juntamente ao utensílio que carregava. Após esgueirar-me para dentro do gabinete, olho ligeiramente para os cantos do convés verificando-os atentamente se não havia outra pessoa ao redor, a fim de evitar surpresas futuras e, logo atento-me a fechar a porta atrás de mim, cedendo espaço a uma escuridão a qual só não se alastrava por completo graças a um ponto luminoso sobre a mesa, uma lamparina. Ao adentrar no cômodo a passos suaves e tímidos, evitando emitir qualquer tipo de barulho, observei outra vez o ambiente ao meu redor. A penumbra o cobria, estava frio, gélido, quase sem vida, o caos se instaurou ali os detalhes de ouro não estavam mais visíveis, pois a única forma de iluminação, encontrava-se ocupada demais iluminando os papéis e os livros largados ao seu redor para revelar os detalhes ricos que o gabinete ostentava.
Aproximei-me lentamente até a beirada do móvel, encarando alguns papéis largados sobre a superfície de madeira, aparentavam ser mapas, porém, eu não os conhecia, eram todos muito distantes da minha compreensão, embora eu presumisse o que aqueles mapas significavam eu não poderia tirar conclusões de algo que eu mal compreendia. Deixando a bandeja sobre a mesa, percorri meus olhos ávidos por toda a superfície tentando encontrar algo que eu pudesse utilizar como forma de barganha contra Jungkook, todavia, tudo aquilo parecia ser apenas papéis velhos os quais apenas relatavam o cotidiano da embarcação e outras expedições realizadas por este navio, ainda observando a bagunça sobre aquele espaço, deslizei meus dedos sobre alguns mapas, entretanto não obtive êxito em minhas buscas. No entanto, ao olhar ao meu redor, notei uma pequena e modesta prateleira próxima a mesa, repleta de livros os quais instigou ligeiramente a minha curiosidade, caminhei devagar até ela e, ao me aproximar ergui uma de minhas mãos tocando nas lombadas dos livros, deslizei meus dedos por elas enchendo-os de poeira até notar a presença de um curioso título; O Poderoso Senhor dos Mares.
Sorrindo mergulhado em uma profunda curiosidade, capturei a estrutura do livro trazendo-o para meus braços, tracei passos animadores até o grande móvel de madeira que ocupava a parte central daquele cômodo, colocando a obra responsável por chamar minha atenção sobre a mesa, logo peguei a lamparina e a aproximei, no intuito de enxergar os escritos com maior visibilidade. O livro possuía uma cor verde musgo e, em sua capa, o desenho de uma onda com detalhes dourados traçava linhas curvilíneas por toda a sua estrutura formando desenhos imagéticos, ao abrir com certa delicadeza sua grossa e aveludada capa, o ar escapou de meus pulmões.
