🏮𝐄𝐀𝐒𝐘 𝐎𝐍 𝐌𝐄🏮

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— Tô falando sério. — digo, com a testa apoiada sobre minha mão.

— Porra... Deixa eu só ver uma foto dele

— Ele é literalmente o Yuji, só que malvado... perverso — dou um longo suspiro, enquanto lembro das expressões faciais de Sukuna. Seu jeito maldoso de olhar. Como aquilo me deixava irritada, mas ao mesmo tempo tão... inquieta. Me dava sensações estranhas.

Volta pra Terra, querida. — ela estala os dedos — Me mostra logo.

Quando viro a tela do meu celular para ela, Kugisaki me dispara um olhar surpreso e satisfeito. Ela analisa a foto mais uma vez, respira fundo e diz:

Taporra.

— É isso que tem a dizer? — indago, rindo.

— Esse macho me deixou sem palavras, sinceramente... Uau. — Nobara diz com as sobrancelhas altas, soltando um suspiro antes de tomar mais um gole do seu capuccino.

Era por volta das duas e meia da tarde e estávamos em um café. A convidei para conversarmos enquanto comíamos algo. Precisava relaxar depois dos acontecimentos passados — passados da noite anterior... e dessa manhã.

— Garota... Só me diz. — ela me encara, com os olhos semicerrados. — Como caralhos você teve coragem?

De repente ela sorri. Me olhando como se fosse uma mãe orgulhosa.

— Porra! Eu tô tão feliz! — ela berra — Nem acredito que você finalmente vai deixar de lado esses seus namorados de mentira... Puta merda!

— Mas e o que eu faço agora? Paguei de mulherão experiente e nem me lembro qual foi a última vez que beijei.

— E você já beijou? — ela me pergunta em tom irônico, com sua sobrancelha esquerda tocando o teto de tão alta.

— Aah... Tô fodida.

— Que Deus te ouça — ela dá uma risada alta. Tudo tem um duplo sentido pra ela. — Ok, S/n. Me escuta. Eu sei que ele é o irmão gostoso do seu melhor amigo, e ta dando mole pra você. Mas ó, eu ainda penso que o Yuji gosta de você.

Suspiro. De novo isso.

— Já tivemos essa conversa, Nobara. Tenho certeza que ele não sente nada por mim. Somos melhores amigos, só isso.

— Só se certifique de ter 100% de certeza mesmo. Porque isso pode acabar magoando alguém, no fim das contas. — Ela fala como se fosse uma idosa sábia. Sei que ela tem esses sentidos aguçados e parece prever as coisas, mas nisso eu não podia acreditar.

Depois de mais um longo tempo de conversa, resolvo voltar para minha casa. Como estava passando uns bons dias na casa do Yuji, ficar um pouquinho no meu lar não seria ruim.

~×~

Estava jogada no sofá fuçando no celular. Apesar dos meus olhos estarem fixos na tela, não era naquilo que eles estavam prestando atenção.

Tentei me distrair fazendo outras coisas. Jogando, vendo vídeos, me exercitando... nada adiantava. Já eram oito da noite e eu ainda não parei de pensar naquilo.

Minha mente parecia turva, confusa. Aquele homem mexeu com a minha cabeça. Porra, o que eu faço agora? Ceder não é uma opção, mas será mesmo que eu aguentaria por tanto tempo?

A campainha toca, interrompendo meus pensamentos.

Abro a porta, me deparando com um carro familiar. Consigo ver o rosto de Sukuna conforme o vidro ia abaixando.

𝑻𝒉𝒆 𝑭𝒊𝒓𝒔𝒕 𝑩𝒓𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓 -🏮𝑳𝒆𝒊𝒕𝒐𝒓𝒂 𝒙 𝑺𝒖𝒌𝒖𝒏𝒂🏮Onde histórias criam vida. Descubra agora