capitulo 19

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A ameaça mal disfarçada provoca um arrepio na espinha de Caroline. Normalmente, a maneira de Klaus lidar com tudo através da violência a incomodaria, mas não agora. Agnes não apenas tentou matá-la, ela tentou matar seu bebê. Ela merece qualquer vingança que Klaus prepare para ela.

"Onde você estava?" ela pergunta, sentando-se na beirada de sua cama.

"The Quarter. Tentando ganhar a confiança de Davina."

"Você a conheceu?"

Ele concorda. "Como Camille disse, ela foi ao festival de música no French Quarter hoje à noite. Acho que posso ter influenciado suas inclinações."

"Uau. Isso é enorme. Se Marcel não tem Davina do seu lado, ele não pode mais controlar as bruxas. Embora... eu não tenha mais tanta certeza de que isso seja uma coisa boa."

"Sim, é enorme. Mas não tão grande quanto você sendo atacado por uma multidão de bruxas furiosas no meio do Bayou."

"Eu tive um dia e tanto", Caroline diz em torno de um suspiro. "Antes de o médico tentar me esfaquear com uma agulha, eu realmente consegui ouvir o meu - o coração do nosso bebê, pela primeira vez." Um sorriso genuíno surge em seu rosto. "É tão forte."

"Eu sei", diz Klaus, seus olhos se movendo para a barriga dela por apenas um segundo.

"Certo", Caroline acena com a cabeça. "Eu continuo esquecendo que você pode ouvir isso o tempo todo." Ela coloca a mão na barriga, seus olhos ficam distantes por um momento, pensativos. "É incrível, não é? Como algo tão pequeno pode ser tão... resistente. Ela é forte."

Klaus sorri, mostrando suas covinhas para ela. "Eu não estou surpreso. Ela é sua filha, afinal."

"Seu também." É difícil não notar a mudança nos olhos de Klaus. Ainda assombrado, ainda escuro, mas intenso e quente. Por mais tenso que o relacionamento deles possa estar no momento, por mais distante que Klaus possa se sentir, eles têm algo atraente entre eles, algo maior do que qualquer coisa que ela possa querer dele. Algo que os une. Enquanto tudo e todos parecem conspirar para separá-los, fazendo-a pensar que não pode haver dois seres mais diferentes neste universo do que os dois, isso - a criança que eles fizeram juntos - transcende todas as diferenças. "Fizemos algo muito especial, não foi? Completamente maluco. Mas especial."

"Sim, temos", diz Klaus, dando-lhe um olhar que dura um pouco demais, e então ela tem que desviar o olhar, sentindo suas bochechas começarem a corar.

"Acho que preciso me deitar um pouco agora."

"É claro."

Klaus consegue pegar a bandeja, mas Caroline o impede. "Deixe-o. Eu posso ter desejos estranhos no meio da noite."

Ele assente, sorrindo. "Se você precisar de mais alguma coisa..." ele para.

"Obrigada", diz Caroline, sinceramente. "Não apenas pela comida, mas... Por me levar para casa. Isso foi meio embaraçoso."

"Não precisa me agradecer. Ainda não. Espere até eu trazer a cabeça de Agnes para você em uma bandeja de prata."

"Tudo bem, TMI." Caroline acena com a mão na frente de seu rosto. "Já estou me sentindo enjoada do jeito que está."

Klaus fica lá por mais um momento estranho, quase como se não soubesse o que fazer, então desiste e diz: "Boa noite, amor".

Caroline observa enquanto ele fecha a porta atrás dele, desejando por um minuto que as coisas pudessem ser diferentes entre eles, que ela pudesse voltar àquela noite em Mystic Falls, onde tudo se encaixou, fez todo o sentido. Ela poderia realmente usar a companhia. Mas, infelizmente... Não é para ser.

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