Dinah Jane

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Pov's Camila

Chegando na empresa, Camila foi apresentada a uma moça de cabelo claro, alta, de um sorriso estonteante, aparentemente parecia ser da sua idade, a tal moça ficou responsável por lhe mostrar suas responsabilidades.

Magie levou-a até o lugar onde iria trabalhar a partir daquele momento, ensinou como lidar com uma máquina de calcular, que mais parecia ser de outro século, e lhe deixou várias listas de valores para somar, que a princípio era fácil.

Rapidamente Camila se adaptou a rotina diária do seu trabalho, apesar de ter bastante, aquela rotina lhe permitia travar conhecimento com as outras moças sentadas próximo a sua mesa. Sempre que era necessário levar algum documento a outros colegas, a mesma levantava e ia andando, e assim podia se movimentar um pouco.

Algumas semanas se passaram e Camila já se dava bem com todas as suas colegas, mas como tinha mais contato com Dinah Jane acabaram ficando amigas de forma tão rápida. Eram as únicas solteiras do grupo, e isso também facilitou a aproximação e inteiração das duas mulheres. As outras eram interessadas no preço da carne, a cor da sua saia, se o cabelo estava perfeito ou no quanto conseguiriam economizar até o Natal, dali a três meses.

No começo Camila ficou muito intrigada com Dinah. A moça estava sempre muito bem vestida e Camila sabia que não dava para gastar tanto com roupas caras e elegantes só com o salário que recebia na Brewster.

— Hey Dinah, você trabalha aqui a muito tempo? — perguntou Camila.

— Não Camila. Comecei dois antes de você iniciar, sou a responsável pela seção porque apareci e aceitei antes de qualquer outra pessoa. – Dinah sorriu de lado olhando para a garota.

— Fico feliz por você. Ah! Além do mais, fique sabendo que está fazendo um belo trabalho.

Dinah automaticamente sorriu largo pra menina de olhos castanhos a sua frente.

— Acha mesmo?

— Não diria, se não achasse. – Camila sorriu com toda sinceridade para morena a sua frente.

— uffa! – Dinah suspirou alto, Camila ficou surpresa com aquela reação da morena. – Fico extremamente feliz em saber, porque esse é o meu primeiro emprego. – Dinah deu uma risadinha. - Por favor, não diga nada a ninguém.

— Claro que não.

Camila adoraria continuar com a conversa, porém, apesar da morena a sua frente parecesse confiante e uma pessoa digna, ainda gostaria de manter algumas informações ocultas, afinal a melhor forma dos segredos serem expostos era de forma espontânea.

Conforme as semanas passavam ficavam mais amigas. Dinah acabou sabendo que Camila morava sozinha porque tinha perdido os pais, e acabou revelando que também era órfã.

— Tem irmãos, Mila?

De acordo com que as semanas foram passando, Camila percebeu que Dinah era uma pessoa de bem com a vida, extremamente alegre e carinhosa, e defendia suas amigas como se fossem suas crias. O que era muito divertido. Dinah começou a chama-la de Mila, o que não importou para a pequena, já que era um apelido carinhoso.

— Não, sou filha única.

— Sinto muito Mila. Bem, eu ainda tenho dois irmãos, são minha única familia.

Camila imaginou que deveria haver muitas  brigas entre os irmãos, levando em consideração as mudanças de humores da morena, não teve como não sentir uma pontada de inveja, já que ela não tinha ninguém em que pudesse confiar.

O Natal se aproximava, e muitas vezes elas ficavam na cidade depois do trabalho. Jantavam juntas no shopping, olhavam algumas vitrines, faziam compras e depois Dinah sempre deixava pequena em sua casa.

Uma semana antes do Natal, Dinah estava levando-a para casa quando surgiu o assunto do que fazer nas festas de fim de ano.

— Onde vai passar os feriados? —  indagou interessada. — Tem muitos programas?

— Na verdade não tenho para onde ir, meu tio me convidou para passar o Natal em sua casa, mais ainda não lhe dei a resposta.

— Ele é médico, não é?

— Isso. Ele tem sido um amor comigo, tem cuidado de mim todo esse momento, como se fosse sua filha.

— Por que não vem passar o Natal comigo?

— Imagine... — Era incrível como a morena se importava com ela, realmente tinha ganhado uma amiga.

— Por que não? Tenho certeza de que todos vão lhe adorar. Já pensou se você for passar o Natal com seu tio e ele for chamado para uma cirurgia de urgência? Irá ficar completamente sozinha! E não posso permiti que isso aconteça, afinal sou sua amiga, e é isso que amigas fazem.

Isso era verdade, e de alguma forma já acontecerá isso em outras datas.

— Sim, Dinah...

— Vamos fazer uma coisa, Mila. Vamos parar comer aquela torta de banana que você adora, juntamente com um copo de café extraordinário, e conversamos sobre esse assunto, que tal? Ah! Eu faço questão de pagar. – Dinah sorriu de uma forma tão gentil, que aceitei prontamente.

Pouco depois as duas estavam sentadas numa mesa, tendo xícaras de café fumegante à sua frente e eu como uma torta de banana maravilhosa, não demorei nem 10 minutos para devora-la, estava com muita fome.

Só por uma noite (Camren) - EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora