Quando aprendo amar

O pior presagio

O pior acordar as sete da manhã, pior ainda acordar e ver a cara da Liliana, vocês devem pensar que eu to pegando pesado tipo puxa ela e minha mãe, mas acreditem ela não merece ser chamada assim, ela e minha mãe apenas na teoria porque na prática nunca foi assim, ela nunca compareceu quando eu precisava, quando eu ia pra escola e via a mãe das outras crianças eu ficava pensando onde estaria a minha mãe por que ela teria me abandonado? Eu era só uma criança, mas enfim agora eu estava num avião com ela indo para o rio, e quando nós desembarcássemos eu ficaria completamente perdida, a vantagem e que faltava menos de seis meses pro meu aniversário agora e quando eu fizesse dezoito anos eu ia voltar pra Curitiba e tocar minha vida com ou sem Andriel disso eu estava certa.
Nos desembarcamos em angra dos reis e fomos direto para casa, eu cheguei e fui direto para meu quarto, e já colei direto um pôster da legião urbana pra marcar território, e passei o resto do dia lendo tocando violão e pensando no andiriel, eu queria arrancar aquele cara da minha memória, mas simplesmente ele era a parte mais viva dela. Minha mãe entrou no quarto quando eu estava tocando violao.
-você canta e toca muito bem parabéns.
-valeu.
-e... Você está bem acomodada?
-a medida do possível.
-ótimo então boa noite te amo.
-eu também me amo...
-Jhenyfer pega leve por favor.
-ok até por que eu acho que não seria legal a gente ficar brigando nesses seis meses que eu vou passar aqui.
-como assim? Seis meses você vai ficar aqui até completar dezoito anos.
-a claro você não sabe o dia do aniversário e nem quantos anos tem a pessoa que você ama!
-desculpa Jhenyfer!
-saia daqui por favor...
-tudo bem.
Eu dormi logo depois que ela saiu e escovei meus dentes.
"Toc toc" alguém estava batendo na porta as dez horas sério?
-o que você quer?
-a mamãe mandou você levantar para o café.
-já estou descendo, agora some daqui!
Eu levantei(eu realmente não queria briga então não reclamei de acordar cedo) escovei meus dentes coloquei uma calça jeans preta, uma camiseta da legião urbana preta e um all star de couro branco e desci pra tomar café, quando eu cheguei na cozinha eu vi meus dois meio irmãos gêmeos não idênticos, um era muito branco quase tanto quanto eu com os olhos azuis muito claros iguais os meus e cabelo da cor loira, o outro era branco mas queimado do sol da praia, olhos castanhos e cabelos pretos, quando eu cheguei eu ouvi o de cabelo preto cochichar para o outro.
-cara, ela e muito gostosa olha o tamanho desses peitos.
-Marcos!
A Liliana disse.
-mas ela e.
O de cabelo loiro disse.
-Rafael!
-vocês dois são completos idiotas, eu tenh...
Eu nem terminei de falar "eu tenho namorado" porque eu não tinha mais mesmo, mas eu tomei café e fui dar uma volta na praça da cidade quando eu estava no meu canto tocando violão chegou um rapaz lindo, eu estava tocando tempo perdido mas tinha alguma coisa errada no jeito que eu estava tocando.
-o fato e que você está trocando do por mi, primeiro vem do depois mi.
Eu levei um susto, e quando olhei pra trás vi um cara baixinho com cabelos na altura da cintura bem pretos pele super branca olhos verde tão claro que quase chegava ser transparente, ele estava vestindo uma blusa de moletom preta com zíper que dizia "se deus e justo então quem faz o julgamento?" Com a cara do Gabriel o pensador atrás, uma camisa preta por baixo que não deu pra ver direito mas estava escrito "deus e só um ser fictício que inventaram para pedir perdão por seus pecados" uma calça jeans preta.
-e quem raios e você?
Eu disse mais com tom de surpresa do que irritação o que era minha intenção.