morno

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mornei.

nem aqueci

nem esfriei

e noite chegou

calada

eu não senti

desviei

parei de pensar

criei um abismo

prestes a cair

tentei ficar quente

ou esfriar

mas não consegui

sigo morna, indiferente

no caos que a solidão sente

no grito que eu grito

silenciosamente

nada. 

reviro a madrugada

buscando um sentido

o que eu sou, se não um nada

levemente divertido?

entre caos e brilhos

a calmaria morna aqui fica

não fez frio, não fez calor

nem eu sei 

quem eu sou

enquanto tudo brilha

eu me demoro

nada habita aqui

mas eu sinto tanto

que apavoro

brilhei, ninguém viu

incendeia o meu eu

e tudo que ele sentiu

releva.

tudo a pressa leva

com o passar das temperaturas

sigo morna, sem sentido

vendo o quanto isso dura

por onde andei?Onde histórias criam vida. Descubra agora