Capítulo 184:-Despedida

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Saí de casa com meu pai algemado, o que chamou atenção dos empregados que estavam acordados, mas neguei com a cabeça, não era hora para dar alguma explicação, voltamos para carruagem e seguimos em direção a localização do esconderijo na qual ele havia dito. Estava aliviada por as coisas terem sido realmente pacíficas. Ele disse a verdade quando falou que não me faria mal, deve ser por isso que se entregou rapidamente. Eu agora estava com o coração acelerado com a ideia de encontrar minha mãe depois de todos esses anos… 

Pelo que meu pai disse, a tratou bem por todo esse tempo, mas não tem como eu ter certeza.

Eu não conseguia dormir, precisava decidir como iria lidar com a questão de meu pai ter se tornado dois, pois tenho a sensação de que quando meu pai descobrir que minha mãe está viva, seu lado ruim não apareça por um tempo, o que fará com que a punição caia sobre a parte dele que sofreu comigo por todo esse tempo sem ela.

Chegarei a conclusão depois de conversar com minha mãe, o plano mental estava nessa ordem de prioridade:

•Resgatar minha mãe

•Decidir o que fazer com meu pai 

•Levar os dois a um médico

A viagem demorou mais algumas horas, faltava pouco tempo para o nascer do sol.

Chegamos ao local, olhando por fora era só uma casinha comum, simples o bastante para não chamar atenção de ninguém que olhasse. Era realmente um lugar afastado das cidades. Com a chave que meu pai me entregou, abri a porta do casa, então Eduardo, Carolina e Chuuya me pediram para esperar enquanto exploravam o lugar, para terem certeza que era seguro.

-A muitos mantimentos armazenados, mas fora isso não tem nada de estranho, encontramos a entrada para a área subterrânea… Vamos entrar e resgatar sua mãe a senhora pode esperar aqui!

Disse Eduardo olhando em meus olhos.

-Vocês podem ir na frente mas eu irei os acompanhar! 

Carolina deixou meu pai algemado tanto nas mãos quanto na carruagem, antes de entrarmos.

Eles começaram a descer a escada da entrada que havia ali. Eu fui a última a descer, ao chegarmos embaixo, Chuuya acendeu uma lamparina que havia ali. Havia mais um porta adiante daquele pequeno espaço,uma porta realmente pesada. 

Eles a abriram meu coração estava ainda mais acelerado.

A porta se abriu e percebemos que era realmente espaçoso ali embaixo. 

A sombra de uma pessoa se levantando do que parecia ser uma cama, fez meu coração acelerar no peito.

-Aconteceu alguma coisa para ter vindo outra vez!?

A voz de minha mãe soava sonolenta mas irritada.

-Senhora Verônica viemos libertá-la! 

Disse Carolina, percebendo meu receio de dizer o que quer que fosse.

-O que? 

Ela se levantou, abaixando até uma caixa de fósforo o acendendo, e o jogando em uma parede fazendo com que o lugar inteiro se iluminasse em um segundo.

Todos precisaram de alguns segundos para se acostumar com a luz repentina. Mas então meus olhos foram rapidamente até os dela.

Sua expressão estava perplexa, surpresa e tinha aquele olhar de que já havia me visto em algum lugar.

-S/n!?

Ao dizer meu nome, senti meus olhos se enchendo de lágrimas.

-Sou eu mãe!

Arranged Marriage (Levi x Leitora) Onde histórias criam vida. Descubra agora