Capítulo 38:-Instinto

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Como Rivaille havia me pedido, preparei uma pequena cesta, com uma muda de roupa minha e uma roupa dele. Coloquei uma toalha.

Devo levar comida também? Me perguntei, acabei decidindo levar. Assim podemos passar um bom tempo fora.

Vesti um short e uma camisa regata preta.

Com tudo pronto Levi levou as cestas até os cavalos as colocando de uma jeito que não caíssem.

-Onde estão indo?

Kenny perguntou da janela do segundo andar.

-Vamos tomar banho em uma cachoeira!

Vi ele olhar para o moreno e sorri. 

-Divirtam-se! 

Então montei em meu cavalo e ele no dele. Saímos com um pouco de pressa mas ao entrarmos em uma trilha na floresta, passamos a ir mais devagar. Eu não fazia ideia de onde estava essa tal cachoeira. Demorou um pouco para eu finalmente ouvir o som da água corrente.

O dia estava quente, o clima perfeito para curtir um banho ao ar livre na minha opinião. 

Então quando saímos da trilha estávamos no topo de uma colina onde havia um riacho, que seguia para a ponta da colina onde ela caia. Quando desci do cavalo, pedi para que Rivaille o segurasse, pois eu decidi dar uma olhada na queda d'água. 

Tinha cerca de 3 metros. Um certo frio na barriga me fez temer cair de lá.

-Rivaille eu sei que é uma pergunta estranha, mas porque viemos para a parte alta da cachoeira?

Perguntei curiosa, quando senti meu corpo ser levantado.

-O que ? Ei Rivaille?

Ele vai pular?? Logo me agarrei ao seu corpo. Então em um pulo, eu pude sentir o frio na minha barriga e nos poucos segundos de queda. Gritar foi inevitável, mergulhamos e assim que voltamos a submergir, o olhei ofegante. 

-Porque fez isso tão de repente?

Perguntei o repreendendo.

-Porque, gosto como você se agarra firme em mim!

Não pude evitar ficar vermelha, mas em resposta o soltei e me afastei dele jogando água em sua cara.

-Eu faço porque tenho medo de altura! Medo de morrer ou algo assim…

Fui para a parte rasa. 

Onde tirei minha camisa ficando apenas com um sutiã e um short na cor preta.

-Está brava comigo?

Rivaille falou saindo da água com sua camisa completamente colada em seu corpo. 

-Não estou! 

Disse virando de costas escondendo meu rosto. Parece que toda vez que olho para o seu rosto me apaixono mais.

-Então porque não olha para mim?

Seus braços seguraram minha cintura juntando nossos corpos. Um pequeno suspiro saiu da minha boca.

-Porque eu amo você!

Respondi, ficamos abraçados assim por um tempo.

-Eu irei trazer os cavalos aqui para baixo! Pode me esperar aqui!

Então ele saiu. Virei para a cachoeira agora tendo uma vista privilegiada. Principalmente pois a luz do sol fazia com que a água brilhasse de uma maneira fantástica.

Fui nadando até uma pedra grande onde a queda d'água caia em cima. Era como se eu estivesse tomando um banho de chuveiro.

Fiquei um bom tempo embaixo dela, voltei a parte rasa, me sentando esperando o moreno.

Quando Rivaille veio até mim. Ele já estava sem camisa e sem calça.

-Eu estou muito feliz Rivaille! 

Falei assim que ele se sentou ao meu lado.

-Mas você está sempre feliz! 

Suspirei. Realmente, na maior parte do tempo eu me sentia alegre.

-Está certo eu simplesmente fico nas nuvens quando estou com você… a verdade é que toda vez que penso em você eu me sinto uma garotinha apaixonada.

Meu coração estava acelerado e eu amava isso, pois era a maneira que mostrava que meus sentimentos não mudaram.

-Você vai enjoar de mim! Se eu disser que te amo! Se eu agir assim… mas eu gosto tanto de você que eu poderia morrer por amar demais. 

Continuei falando, mas era inexplicável pois eu o amo tanto que meu peito dói.

Ele tocou suavemente meu rosto.

-Não enjoaria de você! Também não quero que você morra de nenhuma maneira… o amor que você me mostrou, parece aumentar a cada dia em mim também.

Aproximei meu rosto do ouvido.

-Podemos… tentar, nos amar com o corpo?

Senti o corpo dele ficar tenso quase instantaneamente.

-Você sabe…

Impedi ele de falar cobrindo sua boca com minha mão e o deitando sobre o chão de areia fofa.

-Olhe para mim… eu nunca te forçaria a nada, podemos ir tentando uma coisa de cada vez! Você confia em mim Amor?

Chamei ele carinhosamente enquanto me sentava sobre seu corpo.

Levei minha boca até seu ouvido.

-Eu quero conhecer cada pedacinho seu! 

Mordisquei o lóbulo de sua orelha.Pude sentir ele se arrepiar.

Beijei sua testa molhada.

-Está tudo bem… não estamos fazendo nada, entende? É apenas carinho! 

Beijei sua bochecha direita depois à esquerda.

Minhas mãos pararam em seu pescoço segurando sua nuca. No mesmo momento ele se sentou me deixando sentada em seu colo. Com essa parte de nossos corpos ainda dentro d'água. 

Ele me olhou ansioso e ao mesmo tempo pude ver suas mãos tremeram um pouco.

-Vamos apenas nos beijar tudo bem?

Era como se ele tivesse medo, isso era mais do que evidente.

Então ele fechou os olhos, foi quando tomei sua boca para mim, em um beijo onde logo pedi passagem para explorar a sua boca. Em um ritmo tão provocante,onde nossas línguas se enrolavam uma na outra de maneira desesperada, onde eu sentia meu corpo reagir, um forte calor vinha por dentro do meu corpo. As mãos dele mesmo hesitantes seguraram minha cintura, me causando arrepios.

O ar parecia não vir e ao mesmo tempo nossas vozes soltava alguns  murmúrios.

Nos separamos pela falta de ar. Mas ainda assim não queria parar. Minha boca foi até seu pescoço, o cheirando, o beijando em seguida o chupando mesmo que fosse deixar marcas. 

Pude ouvir ele soltar um pequeno gemido.

-Relaxe meu bem…me diga como você está se sentindo?

Sussurro em seu ouvido, voltando a dar atenção a seu pescoço. 

-É uma sensação molhada… e dói  um pouco quando você chupa. Mas sinto algo estranho no meu corpo. 

Ouvi sua voz um pouco trêmula, me fez sentir meu corpo esquentar ainda mais.

Minha mão segurou o seu cabelo molhado o puxando de uma maneira grosseira o fazendo abrir a boca. Dessa vez eu estava mais sedenta, eu amava estar com ele assim e desejava cada vez mais, muito mais. Chupei sua língua e novamente pude ouvir sua voz em um suspiro pesado.

Instintivamente meu quadril se moveu sobre o corpo dele. Eu queria senti-lo.

Não por eu estar me controlando, foi como Silvanna havia me dito, era como um instinto natural, meu corpo respondia dessa maneira.

Eu apenas queria o sentir ainda mais próximo a mim.

Arranged Marriage (Levi x Leitora) Onde histórias criam vida. Descubra agora