Capitulo 44:-As 3 regras

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Em nosso quarto, com poucas luzes acesas, a felicidade desse dia ainda corria por meu corpo.

-Não aguentava, mais essa roupa! 

Rivaille,comentou retirando o lenço de seu pescoço e o blazer ficando apenas com sua camisa social com a calça.

- Agora que você disse… acho que dentro desse vestido também é bem quente! Me ajude a tirá-lo.

Olhei com certa malícia, apesar de que não tinha nenhuma segunda intenção naquele momento.

-Você me disse, que queria conversar!?

Puxei o assunto, para lhe dar a deixa para iniciar a conversa. Enquanto ele estava sentado na cama e eu em sua frente, senti cada pequeno botão do vestido sendo aberto.

-Suas costas estão suadas…

Ele deslizou seu dedo sobre elas, me arrepiando em resposta.

-Como eu havia dito, é porque tem um tecido, que não, como eu posso dizer, absorve o suor, ou que faz transpirar mais… algo assim! Mas não se preocupe, eu irei tomar um bom banho ainda!

Então segurei o vestido. 
Me levantando da cama.

-Eu irei tomar banho com você! 

Sua declaração, me fez pensar, eu queria me arrumar de uma maneira sexy no banheiro, mas não recusaria algo assim, afinal, eu quero ficar com ele o máximo de momentos possíveis.

-Tudo bem… enquanto eu preparo a banheira, você pode tirar suas roupas!

Então fui apressada ao banheiro, deixei uma bacia com água sendo esquentada, enquanto enchia a banheira com água fria.
Retirei o vestido dobrando, enquanto o deixei em cima do cesto de roupa suja que se encontrava vazio. Aproveitei para fazer uma necessidade natural. E assim que terminei, misturei a água quente com a água gelada, deixando em uma temperatura agradável. Me joguei um balde com água fria antes de entrar dentro da banheira. Foi quando o Rivaille entrou, usando apenas uma toalha presa em sua cintura.

- Você consegue ficar mergulhada por alguns segundos?

Me perguntou, apesar de eu estranhar a pergunta, fiz como ele disse. Acredito que ele deva estar fazendo suas necessidades também, por isso não quer que eu fique ouvindo. Apesar de eu não me incomodar com a ideia, acho que esse é um dos limites criados, para casais. 

Depois de 30 segundos voltei a submergir. 
Rivaille já estava jogando água em seu corpo antes de me acompanhar.

-Desculpe por isso…

Ele comentou enquanto entrava na banheira ficando de frente para mim.

-Eu entendo! Não conseguiria fazer se tivesse alguém perto de mim…

Foi minha resposta. Mas cada um tem seu jeito de lidar com essas situações.

-Rivaille… 

Chamei seu nome o que fez ele olhar para mim e apesar do cômodo não estar bem iluminado, pude ver que ele corou.

-Você não me disse que queria conversar comigo?

Ele suspirou, segurando minha mão entrelaçando nossos dedos, ato que fez meu coração acelerar. Adorava quando ele agia dessa forma.

-Você  se lembra... De quando tomamos nosso primeiro banho juntos?

Me perguntou, não tardei em responder.

-Claro que me lembro!

Sorri para ele. Seja qual for o assunto, eu estaria ao lado dele.

-Eu disse que faria 3 regras! Que você precisaria obedecer… Se bem que eu não quero mais te dar ordens! Mas acredito que eu deva dizer quais eram as três regras… 
1) Não faríamos sexo!
2)Que você não deveria se intrometer nos meus assuntos!
3) Nunca teríamos filhos!

Ao ouvir de sua boca, não pude evitar sentir meu peito doer. Tenho certeza que ele percebeu pois apertou minha mão.

-Mas agora que estamos casados, não existe mais "meus" assuntos apenas "nossos" assuntos! 

Foi minha resposta. Afinal essa segunda regra já havia sido quebrada. O que me fez abrir um pequeno sorriso, apesar de eu ter ficado bastante abatida, por sua primeira  e terceira regra, afinal era bem simples, se cumprirmos a primeira a terceira não teria o menor risco.

-Com tudo que você me mostrou, essa vida que eu nunca imaginei que poderia ter, enfatizou que eu sou uma pessoa pobre de esperança para com o futuro… mas S/n com você eu consigo imaginar um futuro! 

Não consegui me conter e já podia sentir algumas lágrimas descendo pelo meu rosto.

Afinal como eu poderia me manter firme com ele sendo tão sincero comigo, ao ponto de me contar sobre seus pensamentos. 

-Me desculpe…

Disse enxugando meus olhos.

-S/n, não fique chorando aí… assim fica ainda mais difícil de eu continuar! Estamos há apenas 2 meses juntos e eu já sinto que estou com você por uma vida inteira. Eu sei o quanto você quer ter um filho. Foi o que me fez pensar, por muito tempo… Cheguei a conclusão de que poderíamos tentar fazer um… 

Ele ficou ainda mais vermelho, diferente de mim, que parecia ter ficado tudo bem devagar.

Pensei ter ouvido errado.

-Você tem certeza Rivaille?

Perguntei assim que assimilei o que ele havia me dito.

-Acredito que podemos conseguir isso, se estivermos juntos…

Não contive minha alegria quando me joguei em seus braços e boa parte da água da banheira derramou.

-Você é o melhor homem do mundo! 
Sempre que ele me deixava feliz assim eu acabava agindo como uma criança mimada.Era estranho mas eu não desgostava de me sentir assim.

-Então podemos tentar… agora?

Perguntei, me acalmando um pouco, enquanto me sentava sobre suas pernas e olhava seu rosto com expectativa.

-Eu nunca fiz isso antes… Não saberia o jeito certo… 

Então segurei seu rosto o puxando para um beijo. Fechei meus olhos para ficar apenas com as sensações, assim que nossos lábios se juntaram, ele entreabriu sua boca, na qual não perdi tempo em aprofundar o beijo com minha língua, eu movia meu rosto para facilitar ainda mais o movimento de nossas línguas que brincavam uma com a outra de maneira calma, mas ao mesmo tempo com um pouco de desejo.
Eu já podia sentir aquele arrepio interno de toda vez que eu me sentia quente com ele.

Quando nos separamos, um pouco ofegantes, ele olhou para mim um tanto surpreso. 

-Eu sei como se faz! 

Sorri para Levi um tanto orgulhosa de mim mesma. Mas envergonhada ao mesmo tempo por estar sendo tão impaciente. Mas eu deveria mostrar confiança. Aquelas aulas não poderiam ter sido inúteis...

-E como você sabe disso ?

Me perguntou colocando suas mãos em minha cintura. Deslizando elas sobre minha pele, agarrando minhas pernas com vontade ao mesmo tempo que as puxando, colando ainda mais meu corpo ao dele. O que me fez soltar um suspiro. Ficar tão perto assim dele era tão bom.

-M-Meu pai pagou uma professora! 

Ele me olhou com uma cara de incredulidade.

-Seu pai tem problemas… É um velho de merda! Mas isso explica porque você parecia tão experiente naquela cachoeira...

Foi sua resposta. O que me fez rir um pouco com minhas bochechas vermelhas.

-Entretanto… Apesar de eu não saber muita coisa, eu já tive um pouco de experiência observando, outras pessoas… Então minha doce esposa, você será minha tutora… estou contando com você! 

Nessa hora suas mãos agarraram minha bunda,com força o que me fez soltar um pequeno grito pelo susto, sentindo como se um choque estivesse percorrendo em meu corpo pela maneira como ele me agarrou. 

Arranged Marriage (Levi x Leitora) Onde histórias criam vida. Descubra agora