Capitulo 02

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Booa tarde pessoal, tudo bem com vcs!? Trago mais um capítulo para vcs e espero que gostem ❤️ Mais um cap emocionante para vcs 🥹

Capitulo 02

Ino apertou os olhos com força para evitar as lágrimas. Precisava se recuperar  como aprendera a fazer tantas vezes. O mundo só veria Ino Yamanaka, ex-modelo e antiga companhia dos ricos e famosos.
Desligou o chuveiro e pegou a toalha. Enxugou-se e enrolou a toalha no corpo.
Bocejou. Não dormira no vôo de Los Angeles e a diferença de fuso horário se
manifestava. O pai não chegara. Não parecia estar com pressa de receber a única filha, como ela estivera em chegar.
Uma batida forte na porta da frente a fez estremecer. Deixou cair a toalha e
pegou um robe de cetim rosa na mala. Desceu as escadas em direção à entrada
principal. O relógio do avô na área ladrilhada revelou ser tarde. Esperava que a pessoa, fosse ela quem fosse, não estivesse a fim de conversar. Com um sorriso no rosto, escancarou a porta.

— Ah, é você.

O sorriso morreu tão logo deparou com a figura de Gaara ocupando toda a
porta. Vestida apenas com o robe, sentiu-se vulnerável. Fechou as lapelas.

— O que você quer? — Tentou soar tão fria quanto o ar da noite em suas
pernas.
— Você vai congelar. — Gaara deu um passo à frente, forçando Ino a recuar.

No posto de gasolina já se sentira em desvantagem, mas agora era pior. Gaara surgiu alto e moreno. A camisa branca, a gravata de seda de um tom dourado e o terno cinza-chumbo enfatizavam o bronzeado. Ele sempre se bronzeara e aquela cor sempre a seduzira. Puxou as faixas do robe tentando se livrar da sensação. A lembrança da textura da pele dele produziu um formigamento.
Gaara fechou a porta. No mesmo instante, a entrada que sempre parecera tão espaçosa diminuiu.

— Não vai me convidar para entrar?

Ino bufou de frustração. Obviamente, não seria uma visita rápida.

— Ouça, Gaara, podemos adiar a conversa, ou seja lá o que você tem a dizer. Meu vôo de LA atrasou e o percurso de carro de Auckland até aqui me deixou arrasada. Está difícil manter os olhos abertos.

Ele acariciou-lhe de leve a olheira. Ino se forçou a ficar parada e não recuar
chocada com a ternura do toque e com o súbito brilho nas pupilas dele.

— Não vou tomar muito do seu tempo.

Ignorando o suspiro, atravessou o vestíbulo e caminhou para os fundos da
casa, para a cozinha e a sala íntima situada longe dos ambientes formais daquele andar. Sem outra opção, ela o seguiu.
Ino nunca estivera na sala íntima recentemente reformada. O pai comentara por telefone que derrubara algumas paredes para criar um ambiente mais despojado para receber amigos. Como de hábito, a sala era um modelo de perfeição tudo parecia saído das páginas de uma revista de decoração. Reparou nas fotografias
dispostas de um lado da mesa, a maioria, de estúdio, dela, e nos espaçosos sofás diante de uma lareira de pedra bege e branca.
Independente dos motivos para criar uma sala tão elegante, ele certamente
não a usava. Os sofás sem marca eram a prova de que ninguém ali se sentara e o fato de os descansos na mesinha lateral estarem na caixa era redundante.
Mantendo distância de Gaara, foi para a cozinha e passou os dedos pela
bancada de granito negro antes de encher a jarra de água e colocá-la para ferver.

— Já que está aqui, quer café? — perguntou, retirando as canecas do armário e um pote de café solúvel da despensa.
— Claro. Sem leite, por favor.

Afinal ele não mudara tanto, pensou. Não importa o motivo que o trouxera ali, não parecia ter pressa de falar. A água parecia demorar horas para ferver, e ela se inquietou.
Do outro lado, Gaara mexeu na folhagem de um ninho de passarinhos num pote de cerâmica colorido na mesa de jantar de madeira. Sentiu seu corpo retesar. As mãos, os lábios, a boca. Ele sempre fora gentil. Mas isso foi antes, lembrou-se. Não havia suavidade no homem à sua frente.

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