Capitulo 07

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Boom dia pessoal, tudo bem com vcs!? Trago mais um cap da fic e espero que vcs gostem ❤️ Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 07

Ela moveu a cabeça com rapidez ao ouvir as três pequeninas palavras ditas em voz baixa. A expressão do rosto dele emocionou-a, fazendo-a suspirar.

— Gaara? — Deu um passo na direção dele, que estava parado, com os pés
descalços firmemente plantados na areia.
— O passado ao passado pertence — disse abruptamente. — Vamos deixá-lo
pra lá por enquanto.

Ino anuiu. O corpo inteiro formigou com o dilúvio de lembranças. Passaram
algum tempo na piscina antes de voltarem pelas rochas até a enseada. Ali tinham feito amor pela primeira vez. Ela nunca soubera que tinha sido também a primeira vez dele. Ele havia sido tão carinhoso, tão respeitoso! Ela se sentira incrivelmente especial, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo dele.
Como tudo muda, lembrou-se. Ele tinha razão: melhor deixar o passado para
trás do que deixar que a decepção e a censura maculassem o que prometia ser um dia espetacular.
Ajudou Gaara a abrir a barraca e esticar as esteiras na areia. Estava
esquentando. Ino tirou a blusa e o short e correu para a água.

— O último a chegar é mulher do padre! — gritou.
— Trapaceira! — A voz de Gaara soava bem mais perto do que imaginara.

Ao chegar à beira d'água ouviu os passos dele. Acelerou, mas ele foi mais
rápido e seu corpo passou pelo dela, antes que ela pudesse mergulhar.
Mãos fortes seguraram-lhe os tornozelos e a fizeram perder o equilíbrio. Ela caiu de costas na água, ainda rindo. Subiu à tona e afastou os cabelos do rosto.

— Ei, você jogou sujo! — Sorriu.
— É, joguei. Mas jogar limpo nunca levou ninguém a lugar nenhum neste
mundo.

A expressão de Gaara era enigmática e Ino ficou tentada a perguntar até notar a tatuagem em seu peito. Ergueu a mão para tocá-la, mas mudou de idéia.

— Você ainda a tem — disse baixinho.

Indiferente, Gaara contornou um lírio
que marcara indelevelmente em seu coração para se lembrar da primeira vez que fizeram amor.

— É.

Mergulhou rapidamente, ressurgindo a certa distancia e nadando
paralelamente à praia com braçadas fortes e seguras. Por algum tempo Ino
simplesmente o observou, admirando a força e o poder que ele exibia na água.
Sempre fora alto e mais para magro, mas a maturidade adicionara músculos à sua estrutura e o privilegiara com uma virilidade que não podia ser questionada.
Ino deitou de costas e boiou, simplesmente gozando da paz do oceano e do prazer de relaxar e se divertir. Há muito tempo não tirava férias e ficava sem fazer nada. Os últimos anos tinham sido duros começara como a queridinha da grife
que representava e fora levada ao desespero por sua lenta recuperação incapacitá-la a cumprir os termos do contrato. Tentar retomar sua posição equiparava-se a escalar uma geleira de chinelos e vestido de baile. Impossível.
E o que lhe restara disso tudo?
Nada além de alguns vestidos de grife que provavelmente venderia. Levou a
vida como esperavam, sendo vista nos lugares certos, com as pessoas certas e tudo isso exigira um preço que acabara por levá-la à ruína no final. Estava na hora de se recriar. Crescer.
Todos tinham que aprender. Sua hora chegara.
Pensar em vender suas roupas de grife acionou um mecanismo. A maioria das
lojas em Onemata vendia roupa de praia. Sempre que alguém queria uma roupa mais formal ou chique procurava uma costureira ou viajava a Auckland. Com o aumento da população e o novo centro de negócios, deveria crescer a demanda por roupas mais sofisticadas tanto para homens quanto para mulheres. Ela podia cuidar disso.
Poderia procurar fabricantes e fornecer para as lojas. As idéias se misturaram
e a animação aumentou. Poderia desempenhar essa função. Mal podia esperar para discuti-la com o pai. A princípio, precisaria da ajuda dele até o negócio deslanchar, mas reembolsaria cada centavo. Hoje era sexta-feira, mas na segunda procuraria algum espaço adequado na cidade. Mal podia esperar.
Desvirou e começou a nadar na direção da praia. Deu-se conta de que há
muito não ficava tão feliz. Tinha a sensação de ter voltado a assumir o controle de sua vida, e era uma sensação danada de boa.
Gaata caminhou na sua direção ao vê-la sair da água.

Golpe de MestreOnde histórias criam vida. Descubra agora