Capitulo 14 - Penúltimo

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Boa noite pessoal, tudo bem com vcs!? Trago o penúltimo cap da fic para vcs e espero que vcs gostem ❤️ Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 14 - Penúltimo

Ino recostou-se na poltrona do pai e olhou pela janela do segundo andar do
prédio baixo da YamaCom, observando os gramados bem-cuidados, as quadras de tênis, as piscinas e o campo de golfe de nove buracos para os funcionários.
O império de seu pai.
Passara anos construindo um império e se orgulhava de cada nova instalação
que pudera oferecer a seu quadro de pessoal. Cada novo brinquedo, um testemunho do sucesso da YamaCom. Agora a piscina estava abandonada, a água turva e cheia de folhas, a grama do campo de golfe alta demais para permitir um jogo decente e as
redes das quadras de tênis despencadas.
Pensara que não podia ficar mais chocada, depois da visita ao médico naquela manhã. Cansada de se sentir enjoada e todos os dias receando de uma recaída, marcara consulta para ver se conseguiam descobrir o mal que a afligia.
Descobrir que estava grávida de Gaara a deixara pasma. Como contaria a ele? A cabeça girava desde a confirmação. Grávida. Por mais aterrador, parte de si cantava de alegria por lhes ter sido dada outra chance de terem um filho. Desta vez, esperava com toda a força de seu coração que pudesse dar certo.
Como lhe contaria? Ino ensaiou vários inícios de conversa, mas nada parecia
adequado. Repousou a mão na barriga. Outro bebê. E ali estava a resposta. Tinha que contar sobre Inojin. Só então poderia dar a notícia, como um paliativo ao filho perdido.
Desviou o olhar da paisagem e tentou se concentrar nos relatórios entregues
pelos assessores financeiros do pai.
Duas horas depois ergueu a cabeça. Hoje era o dia dos grandes choques. Fora duro descobrir sobre a gravidez, mas nem isso a afetara tão profundamente quanto a novidade agora diante de seus olhos. Arrepios de terror percorreram-lhe o corpo
enquanto tentava entender os relatórios.
Inoichi Yamanaka vinha operando numa espiral decrescente há alguns anos e agora se encontrava diante do precipício, da ruína total.
Contra as recomendações de seus consultores financeiros, continuara a
expandir a empresa e fizera muitos empréstimos, acreditando que a próxima licitação lhe garantiria um contrato que tiraria a FonCom de seus problemas. Mas os contratos tinham consistentemente ido parar nas mãos de outras companhias, e o
débito começara a crescer.
Mesmo sua casa na península fora hipotecada, bem como o prédio da empresa todas as hipotecas em mãos de uma companhia privada. Só isso acendeu uma luz vermelha na mente inexperiente de Ino. Quando um banco recusava-se a emprestar mais dinheiro, era chegada a hora de reavaliar, reduzir os custos e não buscar
empréstimos com juros e riscos mais altos de financeiras privadas.
A equipe gerencial começara a consultar os arquivos da companhia numa tentativa de obter a informação que Ino precisava, para solicitar uma prorrogação do prazo para pagamento. Acreditavam que apenas um contato pessoal poderia fazer alguma diferença àquela altura. Era isso ou fechar as portas para sempre.
Com criterioso otimismo, calculavam que com um corte de pessoal seria
possível a YamaCom superar suas dificuldades corte de pessoal e um bocado de sorte! Mas se não conseguissem um adiamento para pagar os débitos vencidos, iriam
ao fundo do poço. Cartas para a financeira resultaram em respostas secas deixando claro que os diretores não considerariam qualquer atraso adicional antes de confiscar os bens. Agora estava em suas mãos.
Em quanto contribuíra para a desastrosa situação financeira do pai? Anos a fio ele depositara dinheiro em sua conta enquanto ela ia de um país para outro, de uma festa para outra entre os contratos  gastando todo o seu salário em roupas e passagens aéreas e usando a generosa mesada do pai para cobrir as despesas básicas, como moradia etc. Ela lhe devia esse favor: obter êxito na empreitada. Encontrar um modo de evitar o desastre.
Uma batida na porta a fez girar a cadeira antes de se levantar. Um súbito
enjôo a deixou transpirando no lábio superior e na testa.

— Srta. Yamanaka, está tudo bem? — perguntou Kurenai, a secretária do pai.
— Está tudo bem. Acho que levantei rápido demais. — O enjôo não diminuiu, pelo contrário, subiu-lhe pela garganta, fazendo-a disparar para o banheiro.

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