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— Você viu a transmissão do evento do seu queridinho? — Cruzou a perna quando o viu sair do banho. — Acho que ele conseguiu erguer a empresa…

— O que com certeza não vai durar muito. — Soltou uma risada, enxugando o cabelo e indo até o closet do hotel que estava hospedado desde que chegou em Seul há uma semana.

— Oh — A mulher sorriu de canto. — Acho que ele já te esqueceu, baby.

— Do que está falando? — Parou o que estava fazendo e a encarou. — Elizabeth.

— Ele está namorando — Mostrou a capa da revista que acompanhava pelo site.

Nela, Jungkook sorria abertamente ao lado do residente, ele observou todos os detalhes daquela manchete. As mãos nas cintura, as trocas de olhares, as alianças de compromisso, e as crianças no colo deles. Como uma bela e feliz família, Benjamim não gostou de ver aquilo.

— Seus filhos estão grandes. — A mulher continuou a falar, mas ele não prestava sequer atenção. Cravou seu olhar no rosto do park, nunca vi em nenhum lugar. Com certeza não é ninguém da alta sociedade. — Não é a primeira vez que ele aparece com Jungkook. — Ela lia a matéria pelo computador. — Já foram vistos em eventos, em restaurantes, saindo com a crianças e saindo juntos da cobertura… a vida dele parece ter melhorado bastante, enquanto a nossa nada em lama e dívida.

— Aí diz o nome dele? — Perguntou ríspido. Eliza, como era sempre chamada, assentiu.

Park Jae-eon. Ele é médico pediátrico. Nossa, isso parece ser antiético. — Largou o computador de lado e sentou no colo dele. — Eu preciso ir no salão, baby. Natal é amanhã.

— Vou fazer uma surpresa para Jungkook, quero ver até quando essa vida patética irá durar. — Soltou o celular na cama sentindo raiva, não era ciúme. Ele odiava Jungkook e toda a vida que passou com ele, mas havia uma coisa que ele gostava no empresário: dinheiro. — Afinal de contas, voltamos para a Coreia por isso.

— Vamos extorqui-lo — Sorriu e o puxou para um beijo.

— Eu vou tirar cada centavo dele, ou eu não me chamo benjamim.

[...]

Jin sorriu antes de soltar do veículo, era manhã de natal e ele havia pegado um plantão de 72 horas, apenas para folgar na semana seguinte. Estava exausto demais para dirigir, então, Namjoon ofereceu carona ao amigo, para poupá-lo de esperar um táxi.

— Obrigado mesmo pela carona.

— Não há de que, Jin. — Apertou o volante para descontar o nervosismo. — O aniversário do seu pai está chegando, né?

— Sim, Dia quinze de janeiro. — Sorriu melancólico. — Mas um ano sem ele.

— O que quer fazer nesse dia?

— O que? — Franziu o cenho pela pergunta

— A gente pode sair, fazer algo que seu pai adoraria fazer se estivesse aqui.

— Quer passar o aniversário do meu pai comigo?

— Se quiser. — Ele passou a língua pelos lábios. — Eu sei o quando você passou a detestar essa data, sei como você fica. Eu só queria fazer algo diferente esse ano, sair, jantar fora. Ou se preferir eu posso subornar alguém do hospital pra deixar a melhor cirurgia de gastro pra você, sei que você se amarra em intestinos. — Aquilo fez Jin rir como a tempo não ria, não desde que problema com Seo-joon começou. — A gente pode fazer o que você quiser, é um dia que já foi importante pra você. Quero que continue sendo.

— Podemos andar de bicicleta no parque florestal, papai gostava de passar as tarde de domingo lá. E dia quinze é domingo.

— Ok então, vamos pedalar em nome do senhor Kim.

Destinados • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora