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Se você caiu aqui de paraquedas, volte um capítulo. Atualização dubla meus amores.

Boa leitura

[...]

Nascido e crescido em Seul, Hoseok nunca deu trabalho aos pais. É o mais velho de dois irmãos, então a responsabilidade de cuidar dos mais novos era sempre dele, ele não ligava, gostava até. Ele não se sentia só, afinal de contas, a casa da família Jung era sempre barulhenta.

E foi em um lar, barulhento e cheio de amor que Jung Hoseok cresceu. Aos dezesseis anos ele sentiu atração por alguém do mesmo gênero pela primeira vez, seu professor de educação física. Diferente do noivo, ele não achava ser errado gostar de menino, mas tinha vergonha que alguém descobrisse e ele sofresse preconceito como ele via acontecer com alguns colegas que davam “sinais” demais.

Ele não poderia dar sinais, se não sofreria. Por isso, preferiu escrever uma carta contando seus sentimentos pelo professor e deixar no meio de suas coisas por acidente. E o plano acabou dando certo, pelo menos uma parte dele, o professor Park leu a carta e ficou encantado como Hoseok conseguia expressar tão bem seus sentimentos, por mais que ainda seja para a pessoa errada. Acontece que, muitos garotos daquela idade não gostavam de transmitir sentimentos, e Hoseok escolheu a melhor forma para fazer isso, por carta.

Mas não saiu do jeito que ele queria, aquele sentimento não era recíproco. Tinha medo de que o professor pudesse espalhar aquele segredo pra todo mundo, ele não queria isso. Viveria no armário até que a escola durasse, ele não via problema nisso 

Park o chamou no dia seguinte, não para dar um sermão e dizer que se apaixonar pelo seu professor era errado e sim para conversar sobre aquela nova descoberta. Hoseok parecia bem confuso quando o professor começou a conversar com ele de uma forma menos intimidadora possível.

E foi a partir daquela conversa que Hoseok passou a não sentir medo de mostrar ao mundo quem ele realmente era, naquela tarde correu pra casa e contou primeiro pro seu irmão do meio, eles tinham uma ligação forte, sempre podiam confiar um no outro. Contou aos pais na semana seguinte, temia ser odiado por eles. Mas em uma casa onde o amor era o que prevalecia, ele foi muito bem acolhido pelos mais velhos.

Hoseok sempre foi muito amado. Começou a namorar naquele mesmo ano, seu colega de classe. Sua primeira paixão, mas eram jovens demais para levar aquilo a sério. Namorou várias pessoas ao longo dos anos, mas amar de verdade, ele só ama um.

Quando conheceu Yoongi naquela entrevista no RH, seu coração acelerou mais que o normal. Poderia jurar que estava tendo um infarto, mas todos aqueles sintomas era apenas Min Yoongi sendo um advogado sério. Hoseok se apaixonou naquela mesma hora.

Yoongi, por sua vez, achou Hoseok bonito, apenas isso. Sabia que jamais poderia ter alguma coisa com ele, seu sonho estava acima de qualquer coisa, principalmente de casos casuais. Ele não estragaria seu futuro por causa de uma transa, foi o que pensou até estar deitado na mesma cama que o amigo do chefe. E por isso, que na manhã seguinte ele foi embora.

Hoseok odiava ter casos casuais, porque eles nunca ficavam pela manhã. Sempre iam embora como se estivessem fugindo de alguma coisa.

Mas no final, Yoongi cedeu aos encantos do Hoseok e estão aí, seis anos juntos, sem idas e volta, mas entre brigas e reconciliações.

Eles não precisavam de mais ninguém, a relação sempre foi a dois, apesar de terem transado com outras pessoas. Eles sempre foram dois, porque dois eram divididos, já três é uma divisão complicada, mas naquele caso não era sobre divisão.

Hoseok checou o horário pela milésima vez enquanto ouvia os sócios tagarelar sem parar, odiava bancar o empresário interessado em cervejaria. Porque era tudo que aqueles homens sabiam falar. Cerveja.

Destinados • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora