01 : Muito Azar

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- Kim Sunoo levanta agora! Você vai se atrasar para o colégio,menino! - Minha mãe adentrou o quarto irritada. - Estava sonhando com o Park de novo!?

- Sai daqui,omma! - Resmunguei indo para o banheiro.

- Você me respeita,moleque! Acha que aqui é a casa da mãe Joana? - Vi pelo espelho do banheiro que ela estava indo no meu closet pegar meu uniforme. - Eu já te avisei que esse garoto só tira o seu foco, e também ele nem gosta de você! E sem falar que ele namora o irmão do seu ex,Supera.

- Obrigado pela motivação. - Fechei a porta do banheiro para que eu pudesse tomar meu banho.

Depois do banho tomado e uniforme vestido,peguei minha mochila e desci as escadas encontrando minha mãe no telefone.

- Sim querida,mais tarde nós estaremos aí sim! Não se preocupe...ok,tchau. - Desligou a chamada com só Deus sabe quem e me olhou. - O café está na mesa,vai logo para você não se atrasar.

- Certo. - Fui na direção da cozinha.

[•••]

Assim que o carro parou em frente ao colégio,minha mãe me olhou por alguns segundos e suspirou pesado. Quando ela fazia isso era porquê vinha uma bomba por aí.

- O que aconteceu para estar assim,omma? - Perguntei tirando meu cinto de segurança.

- Eu preciso te contar uma coisa,querido. - Disse passando a mão pelos seus cabelos.

- Então conte,está me deixando nervoso.

- Eu estou namorando!

Abri minha boca em um grande 'o' e balancei a cabeça algumas vezes para ter certeza de que não estava tendo um sonho.

- Isso é sério? Omma isso é uma maravilha! Finalmente a senhora vai sair do meu pé! - Brinquei e ela riu.

- Mas tem outra coisa... - Ela me olhou sério e eu congelei. - Iremos conhecer os filhos dela hoje e conversar sobre em qual casa iremos morar. Se é na dela ou na nossa.

Ok,por essa eu não esperava.

- Como assim?

- Eu e ela estamos ficando á dois meses e eu resolvi pedir ela em namoro logo,então ela sugeriu que morassemos juntas com nossos filhos. - Mordeu o lábio meio hesitante. - Eu sei que você não gosta muito de ter pessoas desconhecidas na nossa casa,mas eu prometo que irá se acostumar.

Eu não sabia o que dizer sobre aquilo,apenas abri a porta do carro e sai em direção ao colégio. Por que ela não me consultou antes? Tudo bem,ela é uma pessoa adulta e solteira e sabe o que quer,mas não custava conversar comigo antes. Estava tão imerso nesses pensamentos que não percebi que estava indo na direção do garoto chatão e que se achava melhor que todo mundo,só me toquei quando colide com alguma coisa e acabei caindo no chão.

- Olha por onde anda,anão. - A voz dele era irritante 'pra caramba e era a última voz que eu queria ouvir.

- Viu que eu estava vindo na sua direção e não desviou por que não quis,babaca. - Me levantei e limpei meu uniforme.

- Quem tem que desviar é você. - Arqueou uma sobrancelha e eu senti vontade de socar aquele rostinho lindo.

- Ai Niki,se mata por favor.

- Estamos em setembro amarelo,gracinha.

- Então quando acabar setembro amarelo vê se você se mata,tá? - Desviei dele para poder ir para minha sala,mas ele segurou no meu braço com uma certa força. - Enlouqueceu? Me solta.

- Por você? Quem não fica enlouquecido,né? - Sorriu de lado e me deu uma piscadela.

- Se essa é a sua maneira de flertar,eu tenho pena. - Me soltei de seu aperto e fui na direção da minha sala.

- Não adianta fugir,gracinha! Eu sempre vou aparecer quando você menos esperar. - Me virei para ele e mandei um dedo no meio,vendo ele sorrir e ir em direção a sua sala.

- Filho da mãe!

[•••]

Me olhei no espelho pela terceira vez e ouvi minha mãe me chamar,desci as escadas e a vi com um terno e óculos. Fui até ela e sorri mínimo,recendo um carinho na minha bochecha e um selar no topo da minha cabeça.

- Vamos? - Apenas concordei e segui ela até o carro,entrei no banco do passageiro e a olhei ligar o carro e passar a marcha.

O caminho até a casa da namorada dela não foi tão curto mas nem tão longo,foi um pouco dos dois. Quando chegamos eu analisei a casa e pensei que eles eram bons de vida; a casa tinha dois andares e um jardim que rodeava toda a casa,tinha dois carros e uma moto estacionados em frente a residência,uma varanda com vidraça e dava para ver que lá em cima tinha uma piscina. Andamos pelas pequenas escadas que davam até a porta e minha mãe tocou a campainha. Não demorou muito para a porta ser aberta e eu desejar morrer naquele exato momento em que vi quem estava ali parado na porta,me encarando surpreso e com um sorriso cínico nos lábios e logo pedindo para que entrássemos.

Annoying LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora