Capítulo 13

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LUÍSA ALVES

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LUÍSA ALVES

Sinto a pequena bebê que está mamando em meu peito, enquanto minha amiga Luna fazia um carinho em meus cabelos. Sua cabeça está apoiada no meu ombro, enquanto a sua mão livre está cruzada com a minha. Se não fosse a bebê que seguro, acredito que ela estaria quase fundida ao meu corpo.

Lunna tem um pouco de medo de andar de avião, ou qualquer coisa que não se mecha pelo chão. E quando eu falo pouco é para não dramática, mas sério, ela morre de medo. Estamos em uma das poltronas que tem no jatinho luxuoso dos Riveiras.

Da janela do mesmo, via o meu Rio de Janeiro cada vez mais perto. Já estamos aqui a mais do que doze horas nesse jatinho, afinal foi um vôo direto que pegamos.Não tem muito tempo que estamos pelo céu do meu país, meu Brasil. O que faz o meu coração errar algumas batidas, com tantos sentimentos.

Estaríamos extremamente doloridos caso tudo não fosse tão confortável, extremamente luxuoso.

Segurei Emma em meu colo com mais cuidado, permitindo que a veja a minha cidade, pela qual o avião sobrevoava. Quero que ela conheça, ainda mais a fundo, todos os encantos que a cidade maravilhosa tem.

-Deixa eu me apresentar
Que eu acabei de chegar
Depois que me escutar
Você vai lembrar meu nome.

Comecei a cantar, em inglês, para a pequena. Não me importei com todos que estavam a nossa volta, era um momento nosso.

Estar aqui é bom e ruim, tudo na mesma intensidade e com a mesma força. Estou extremamente feliz por estar em casa novamente, depois de seis longos anos longe. Mas ao mesmo tempo, sinto medo. Medo por tudo que já passei, pelo tanto que sofri. Medo de sofrer novamente.

De certa forma, sinto-me indefesa. Já fiz diversas aulas de auto proteção, sempre me brindei ao máximo para que ninguém me machucasse. Sei, também, que tenho Luna ao meu lado. Embora minha amiga seja extremamente louca, somos uma pela a outra e daríamos a nossa vida para proteger a outra. Sem nem pensar duas vezes. De certa forma, acredito que possa contar com os meninos. Eles não iriam querer perder a única babá que se deu bem com a filha deles.

Mas mesmo assim me sinto fraca, indefesa. Isso me assusta, porque a época em que me sentia assim, foi a mesma época em que senti mais dor em toda a minha vida.

-É que eu sou dum lugar
Onde o céu molha o chão
Céu e chão gruda no pé
Amarelo, azul e branco.

Cantei com um sorriso, fechando os meus olhos e me lembrando das praias. Lá o céu se confude com o mar, afinal tem vez que os dois estão no mesmo tom que não se sabe mais onde começa

__ Sua voz é tão linda.--- Elogiou Luna, abraçando-me como pode.--- Nunca me canso de te ouvir cantar.

__ E nem de me bajular né?--- Sorrimos.--- Você sempre foi a minha fã número um.

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