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O problema dos filmes de terror são que, dependendo da trama do mesmo, as vezes o perigo mora lado.

No meu caso, o perigo era meu vizinho e o edifício onde eu vivia, era como sua teia de aranha gigante usada para atrair suas presas e mantê-las presas até que sentisse fome e as viesse fazer de refeição.

Mas claro que eu não sabia disso naquele tempo.

Ah, o tempo.

Senhor de tudo que assiste calado ao desenrolar de nosso destino.

Destino este que já não sei se teria mudado muito os eventos que viriam a suceder comigo e todos que me cercavam.

Mas bem, eu jamais poderia imaginar tal coisa.

Mas voltando aquela noite, que hoje percebo me parecia interminável e me faz ver o loop que me encontrava, relembrava o acontecido de horas antes enquanto estava deitado no sofá de Jimin, este que já havia ido se deitar.

De fato, parecia que eles sabiam de algo que deixei escapar, mas quanto mais pensava mais confuso me sentia. Se sabiam, por que não me falavam? Por que me deixavam no escuro?

A cada vez que lembro, sinto vontade de rir de mim mesmo, do quanto fui inocente ao não enxergar o que estava em frente aos meus olhos... Ah se eu soubesse o que sei hoje...

Mas enfim, creio que não mudaria muito meu destino...

Não lembro muito, mas em algum momento eu adormeci, acordando em algum momento com a estranha sensação de estar sendo vigiado. Contudo, não sentia vontade de me levantar ao menos sentia vontade de ver se havia alguém ali comigo, na minha boca o gosto do Chá que Jimin havia preparado para mim.

A princípio parecia erva doce, no entanto, o gosto que sentia parecia ter algo a mais misturado, algo que me fazia sentir uma estranha leveza e não ter certeza de estar acordado ou ainda dormindo, além de um calor que subia pelas minhas pernas como dedos que faziam minha pele se arrepiar ao toque invisível.

Foi um piscar de olhos e um gemido contido até eu abrir as pálpebras e ver o rosado vestido em um pijama de seda vermelho sentado do meu lado. Suas feições inocentes haviam dado lugar a uma nada casta.

Os lábios fartos e rosados pareciam brilhar com um gloss labial que me tentavam tanto e fazia a voz no fundo da minha mente me repreender por me sentir tentado de tal maneira. Como se fosse em câmera lenta o vi se inclinar em minha direção e tocar seus lábios nos meus.

Ali soube que era um sonho.

Seria muito errado me entregar ao mesmo e me render ao que meu corpo desejava?

A resposta me veio no momento em que ergui minha mão e toquei seu rosto, percebendo o quão macia sua pele era ao toque, correspondendo ao beijo que ele iniciara com tamanha vontade que por um instante me assustei.

Ainda assim não me afastei.

Desci a mão por seu corpo e como esperado de um sonho, logo percebi que sua pele estava despida de roupas contrariando o segundo passado onde o vi vestido com um pijama.

Ao que ele subia por cima de mim, afastei minhas pernas o abrigando entre elas, arfando ao sentir sua glande roçar contra a minha. Ao que nossas línguas se entrelaçavam e nosso beijo se tornava mais necessitado, senti ele mover os quadris para frente e para trás, fazendo o desejo correr desenfreado em minhas veias.

Eu o desejava.

Desejava mais que um mero roçar, queria senti-lo de todas as formas possíveis e como se atendesse meu pedido mental, ao que acariciava sua pele com os dedos, ele sentou-se sobre meu pau apoiando sua mãos pequena em meu peito e esfregar-se sobre ele, arrancando de mim gemidos nada baixos.

𝕯𝖔𝖓'𝖙 𝖑𝖔𝖔𝖐 𝖆𝖙 𝖒𝖎𝖗𝖗𝖔𝖗 🪞🪞Onde histórias criam vida. Descubra agora