15 ── Fifteen.

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"── Me desculpa, Vance. ─ Sussurro,
quebrando a promessa e ligando
o carro, dando a volta
na rua."

Addie, 𝐩

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Addie, 𝐩.𝐨.𝐯
───────────• ☾︎ •───────────

𝐒𝐀𝐈𝐎 𝐃𝐎 carro, vendo minha casa do outro lado da rua. O carro de meus pais não estava, isso seria um problema a menos.

── Olá? ─ Bato na porta da casa com paredes beges, ouvindo um cachorro latindo atrás da casa. Provavelmente no quintal.

Toco a campainha, a ouvindo fazer barulho do lado de dentro. Bufo, indo até a janela da garagem, a vendo vazia. Ótimo.

Quando vou entrar no carro, vejo um homem cair próximo a um menino um pouco mais a frente. Vejo um relógio de bolso voar longe, fazendo uma sensação péssima correr em meu corpo.

── Ei, pode pegar o chapéu para mim? ─ Observo o carro preto com os vidros fechados, me aproximando dos dois.

O homem usava um casaco preto, junto a uma gravata borboleta. O menino parecia assustado, já que dava pequenos passos para trás.

── Hey, tudo certo aqui, querido? ─ Coloco a mão no ombro do garoto, observando o homem arregalar os olhos.

O menino me encara, parecendo entender. Ele me abraça de lado, sorrindo minimamente enquanto me encara.

── Nada, mãe. Eu apenas ia ajudar ele. ─ Me distancio do garoto, pegando o relógio do chão e o estendo na direção do homem de cabelo raspado. 

── Obrigada, garota. ─ Forçou um sorriso, entrando no carro novamente e acelerando-o.

Olho para a placa do carro, que estava velha e um pouco amassada, gravando os dois primeiros números. 00.

── Sou Billy, obrigado por me ajudar de... seja lá o que iria acontecer aqui. ─ O encaro, percebendo que era o menino que entregava jornal.

── Você entrega jornal, certo? Sou Adeline. ─ Sorrio, o cumprimentando.

── Me desculpe por aquele dia. Sabe, por ter te acertado na cabeça. Não esperava que alguém fosse abrir a porta na hora. ─ Riu, ajeitando a mochila nas costas.

── Sem ressentimentos.

Olho para a estrada novamente, a vendo vazia. Acompanho Billy até sua casa, que era mais ou menos perto da minha, logo voltando a caminhar até meu carro.

O que aconteceu aqui não me parece ter sido coisa da besta que sequestrou meu irmão, sei que é loucura, mas não me parece.

── Filha da puta. ─ Sussurro, vendo o cachorro da casa se soltar e correr em minha direção latindo.

Corro até o carro, o abrindo rapidamente e entrando. O cachorro pula no vidro repetidas vezes, que por sorte estava fechado.

── Seu merdinha, sorte sua que você é a coisa mais fofa. ─ O cachorro late mais uma vez, antes de correr rua a fora.

𝖶𝗂𝗍𝖼𝗁 • Vance Hopper. Onde histórias criam vida. Descubra agora