A entidade

Conexão

Após a decisão tomada já estávamos prontos para a partida, iríamos para Nova Orleans - Segundo minha percepção sobre onde estara nossa amiga - em poucos instantes. Símon estara fechando a porta para que partíssemos em nossa jornada. Freya e Nick estavam ao meu lado, frente a uma estrada ao meio da floresta que nos levaria para o aeroporto.

Símon veio ao nosso encontro.

- Então, vamos?

Assentimos e começamos a caminhar. Símon havia dito que a caminhada seria longa até chegarmos ao aeroporto, mas não tínhamos escolha e não podíamos perder tempo, então fomos andando ao invés de esperar que um táxi chegasse a casa de Símon. Provavelmente encontraríamos o táxi no caminho, mas andar um pouco facilitaria.

- Espero que o táxi apareça logo. - Freya disse quebrando o silêncio entre nós.

- É, todos esperamos que ele chegue rápido. - Nick concordou.

- Símon, a quanto tempo você fez a ligação? - Perguntei.

- Mais ou menos uma hora.

- Deve estar perto. Espero que chegue logo, está muito frio para caminhar - Freya arquejou e entrelaçou seus dedos nos meus, e levou minha mão até o bolço da minha blusa.

Estávamos todos vestidos com roupa de frio. Freya estava com sua calça jeans cor preta com cortes e uma jaqueta de couro marrom; Símon com um sobretudo marrom escuro e calça jeans azul escuro; Nick com uma jaqueta de couro preta e calça jeans preta, e eu com calça jeans preta e uma blusa de moletom preto e cinza. - e claro, essas roupas eram de Símon. Exceto a de Freya, era de uma das primas de dele - Nossas mochilas eram todas pretas, quem ficou encarregado de carregar a mochila de Selene foi Símon, o próximo seria Nick. As mochilas tinham coisas básicas - como comida, um par de roupas extra e água -, então não pesavam muito. Não muito. O suficiente para não cansar muito para carregar, só o que ficasse encarregado de ficar com a de Selene se esgotaria mais, pois duas daquela fariam com que o peso sobre o corpo fosse o dobro.

As árvores balançavam com o vento e as folhas caíam, os pássaros cantavam graciosamente - o que nos ajudara muito na caminhada de pouco mais de meia hora que já estávamos percorrendo - e o brilho do sol tocava nossa pele e nos aquecia mesmo que pouco. - E isso realmente ajudava pois o vento que passava por nós era realmente gelado - Os cabelos e olhos de Nick e de Símon reluziam quando tocados pelo sol, eles ficavam ainda mais lindos com aquele brilho em seus cabelos desdenhados e olhos azuis - os de Símon - e os verdes - que eram de Nick.

Ouvimos um som de carro se aproximando.

- Ah, finalmente. - Freya exclamou - Já estava cansada de andar.

Nick, Símon e eu rimos.

- Não é a única, meu amor - Disse a ela.

Um táxi virou a esquina da estrada de terra e parou a nossa frente. Entramos, o taxista virou o carro e seguimos viagem pela estrada até o aeroporto.

- Vamos para o aeroporto - Símon disse ao taxista.

- Só quero ver como iremos entrar nesse avião sem dinheiro - Reclamei.

- Pode deixar comigo - Símon riu olhando para trás. Ele ficou no banco da frente enquanto Freya, Nick e eu ficamos no banco de trás.

Seguimos em silêncio até chegarmos no aeroporto. E finalmente chegamos, eu já estava cansado de estar no carro, transportes me deixam meio tonto, me dão dor de cabeça e não são nada confortáveis. Fiquei o caminho inteiro olhando para o ambiente a nossa volta na esperança de os sintomas passarem, mas nada deu certo, tive que esperar pacientemente - e olha que não sou muito - até chegarmos ao aeroporto - o que demorou duas horas.