Ação precipitada

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Despertei por volta do meio-dia. A luz do dia entrava pelas janelas do carro e tocava minha pele, eu particularmente nunca gostei muito de sol, ele me deixa cansado e faz minha pele arder, mas meio às circunstâncias senti-lo tocar minha pele era um alívio.

Meus amigos não estavam no carro, eu estava sozinho próximo a um pântano. Havia verde para todo lado. Muito verde. Água e possivelmente em algum lugar haveria solo, solo seco onde haveria uma entrada que nos levaria até Selene. Árvores por todos os lados que saíam do sono e da água. Eu saí do carro e olhei a volta, não havia nenhum sinal dos meus amigos, nenhum ser vivo aparentemente.


- Freya, Nick... - Gritei, mas não houve resposta.

Vi pássaros voando por ali, pelo menos isso, aquele lugar seria muito mórbido se não houvesse nada vivo. Ou algum som que seja, assim como o cantar dos pássaros.


- Símon, Wesley! - Continuei gritando, mas nenhum som humano se manifestava. - Alguém?!

O chão era levemente escorregadio, possivelmente toda aquela água à frente subia em algum momento do dia, da semana ou do mês. Eu não queria estar ali quando isso acontecesse. O carro - Um Vectra Elite 2.4 preto - estara parado de frente para toda àquela água. Por que diabos colocariam o carro tão perto da água? Eu poderia ter morrido afogado se a água tivesse aumentado.

- Que ótimo. Me abandonaram - Ponderei, encostando no porta malas do carro.

Pulei num baque quando ouvi barulhos vindo do porta-malas.


- Mas o quê... - Pensei por alguns segundos, depois me lembrei. - E ainda me deixam com um desconhecido trancado no porta-malas? Quanto amor. - Suspirei.

Voltei a me escorar na parte traseira do carro. Senti um leve incômodo na barriga, levantei minha camisa e vi o corte que o cara do porta-malas tivera me feito na noite anterior, mas desta vez o corte estava fechado. Quase já não havia resquícios de um corte. De todas as coisas que eu fiz, não imaginei que meu processo regenerativo era mais rápido que o normal.

Ouvi vozes. Freya e os outros saíram de trás de um monte árvores amontoadas que saíam do solo seco. Freya me viu e correu ao meu encontro com um sorriso no rosto.


- Você acordou - Ela me abraçou fortemente, e eu abracei-a de volta.


- Sim - Sorri.

Símon e os irmãos Bakendorf chegaram à nós.


- Estávamos olhando o território - Ela virou-se sorrindo para os demais presente e deixou um dos braços sobre o meu ombro enquanto o outro ficou em sua cintura.


- E aí? - Indaguei.


- Sem sucesso - Wesley cruzou os braços.

- Não acharam absolutamente nada?

- Não, - Nick respondeu - apenas água, árvores, lodo, e mais água.


- Não entendo, eu vi - Abaixei a cabeça.


- Nós acreditamos em você - Símon deu um passo à frente e colocou a mão no meu ombro.

- Eu sei. - Esfreguei uma das minhas têmporas. Minha cabeça havia começado a doer fortemente.


- E se Nicolay e Wesley encostarem nele novamente? - Freya indagou.

- Isso poderia dar certo - Wesley disse.

- Então vamos tentar. - Nick esticou seu braço e colocou a mão em meu braço. Wesley fez o mesmo e colocou a mão em meu ombro.

- E aí? - Perguntou-me Símon. A

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