{Cap. 6)

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Eu sou o olho no céu
Olhando para você
Eu posso ler sua mente
Sou quem faz as regras
Negociando com tolos
Eu posso lhe enganar
E não preciso mais ver
Para saber que
Eu posso ler sua mente, eu posso ler sua mente

The Alan Parsons Symphonic Project
╰─────────────➤✎Eye In The Sky

Voltei a me sentar no mesmo banco em que eu havia estado durante a noite

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Voltei a me sentar no mesmo banco em que eu havia estado durante a noite. Meus olhos pesavam e ardiam por conta da noite mal dormida. Tentei não dormir o máximo que pude, aquele bilhete me deixou intrigada e eu queria pensar um pouco mais sobre aquilo. Será que o bilhete era para mim? Não, acho que não, tinha que ser para Victor, e era aterrador imaginar algo assim.

Acabei cochilando e acordei com o sol no rosto, era um calor agradável naquele dia frio. Me levantei para olhar melhor o Victor que seguia dormindo. Isso tudo começava a me preocupar. Será que ele de fato havia estado acordado em algum momento?

Fui até a janela e fechei um pouco a cortina, para que o sol deixasse de bater no rosto do rapaz. Verifiquei se ele seguia com febre, 36 graus, ainda bem. O fato de termos encontrado termômetro de mercúrio era algo para se agradecer, eram antigos e desatualizados, mas eram perfeitos para uma situação dessa.

Peguei uma manta para me cobrir e voltei para a cadeira, e logo, ali do lado, mais um bilhete: "Eu estive esperando por você. Espero não ter te assustado. Não fique nervosa, não te farei nenhum mal."

Não fique nervosa? Eu já estava muito mais do que isso.

Havia uma pequena prateleira com alguns livros próximo a porta de entrada, resolvi ir até lá dar uma olhada em algo que pudesse ler e assim distrair um pouco a mente. Peguei um com um título que não me chamaria a atenção em dias normais "Como ser feliz em qualquer situação", será que o escritor algum dia imaginou esse cenário? Acredito que não, mas quem sabe eu poderia achar algo útil ali.

Li preguiçosamente e de maneira um tanto entediante até que John e Luciel chegaram.

– Como ele está? – John perguntou tranquilamente.

– Parece que está bem. Acho que só sente muito sono, chegou a acordar por alguns segundos para ajeitar o corpo. Está sem febre e não vomitou mais – respondi abaixando o livro.

– Você parece cansada. Deveria ir dormir um pouco. Não é sua obrigação estar aqui com ele – John seguia com a voz grave, mas bem compreensiva.

– Eu já estou acostumada com isso – disse sinceramente a eles. Eu já havia ficado inúmeras vezes com Alana no hospital.

– Sei que parece incômodo, mas queríamos que soubesse que investigaremos a sua história – Luciel disse sem graça – por precaução mesmo. Há ocorrido muitas coisas estranhas nesses últimos tempos – concluiu tentando se desculpar.

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