EPÍLOGO

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NO INÍCIO DE TUDO

O dia estava claro, e mesmo que o dia parecesse tranquilo, os gritos e choros eram reais. Eva tentava não chorar para não assustar sua irmã Alana e para não desesperar mais a sua mãe.

Os olhos da sua mãe estavam vidrados, e era possível ver diversas marcas de unhas em seu pescoço. Uma tentativa desesperada de fazer ar entrar em seus pulmões, mas sem sucesso.

Uma morte que durou minutos, mas que pareceram dias para as duas irmãs. Alana deixou de chorar e Eva viu o brilho dos olhos da irmã se apagarem. Ela tinha que ser forte, ela precisava ser forte por Alana.

Apesar do interior quebrado, ela pegou sua pequena mãe no colo e levou para o quintal dos fundos, abriu uma pequena cova tentando manter os olhos o menos embaçado possível e rezou, rezou para qualquer deus que pudesse ouvi-la, rezou para que tivesse forças para proteger sua irmã até que a morte viesse reivindica-las.

Ela tinha os rosto pingando de suor e de repente sentiu a garganta fechar, ela iria morrer e sabia daquilo, mas não aceitava aquela morte enquanto sua irmã precisasse  dela. Ainda sentindo dificuldades, ela primeiro tentou correr para dentro, mas se assustou ao ver diversas borboletas de luzes vermelhas e negras pelo céu. Ela nunca tinha visto tantas borboletas assim em sua vida e aqueles pequenos seres emitiam uma luz quase sobrenatural aos seus olhos.

Eva fechou os olhos com força, aquilo era uma alucinação, sem dúvidas que era. Com determinação ela voltou a correr para sua casa. Sua irmã estava caída, já era possível ver vários cortes em seu pescoço e foi nesse cenário que Eva se deitou ao lado da irmã. Queria morrer ao lado de uma das pessoas mais importantes da sua vida. Ela não tentou respirar, era doloroso e o corpo se debatia de maneira involuntária, mas ela não tentou mudar seu destino. Quando seus olhos estavam fechando, uma das misteriosas borboletas entrou por sua janela, era uma visão linda. Ao lado de fora ela podia ver diversas outras ainda. A pequena borboleta pairou acima das irmãs e Eva sorriu internamente. Ela realmente estava tendo alucinações, pois podia jurar ver uma parede de luz as protegendo e mesmo sabendo que aquilo não era real, ela agradeceu a proteção e perdeu a consciência.


Estava claro para todos que aquilo havia sido uma alucinação e alguns até riram ao contar que tiveram essa mesma visão, mas a mente humana está programada para não acreditar naquilo que não é lógico. Para todos do pequeno refúgio, aquilo foi um surto coletivo, não valia a pena pensar naquilo quando estavam tão ocupados tentando sobreviver, mas para a Rainha Carmesim, aquele foi só o início dos seus pesadelos...


BEM VINDOS A HIMURA

Em Himura, sob o céu vermelho ardente,

Onde a lua, rubra, se ergue no poente,

Uma lugar de mistério e magia,

Onde a noite revela sua melodia.


Ruas estreitas em tons de carmesim,

Sob o luar, um mundo sem fim,

Ceifeiros e demônios, todos a vagar,

Neste submundo, a encantar.


Sombras dançam em cada esquina,

Em Himura, a noite é rainha,

Segredos profundos a sussurrar,

Neste lugar que desejamos explorar.


Vielas escondidas, praças ocultas,

Onde segredos e histórias são cultuados,

Himura, lugar de sonhos e temores,

Onde a fantasia ganha milhares de cores.


Assim é Himura, única e especial,

Um lugar de encanto, sob o céu celestial,

Onde o misterioso e o perigoso se entrelaçam,

Neste mundo vermelho, não se engane, pois todo mal é real.

O Novo LebensbornOnde histórias criam vida. Descubra agora