capítulo 8

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🍁 dedico esse capítulo ao Sr Emanuel.
Você me disse que o amor não precisa ser complicado, é nós que o complicamos.... e você tem razão. 🍁

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De pé em frente a um espelho, Ana Bennete estava convencida de que Clarice só fez o chapéu que usava agora  para caçoar dela e da irmã. Vitória como sempre não via maldade nenhuma naquilo.

-Foi um gesto gentil, ela lembrou da gente enquanto fazia.  Vitória sorriu sentada elegante na cama de Ana com as mãos uma encima da outra. Os cabelos castanhos estavam presos em uma longa trança com pequenas pérolas enfeitando as pontas. O delicado vestido rosa bebê estava bem passado e posto com graciosidade em seu corpo. Ana até se admirava com ela, sempre gentil e amorosa com todos, coisa essa que ela e Clarice não eram nenhum pouco, apesar de Vitória e Clarice ser gêmeas.

-Então, por que ela não vai usar?.  Ana olhou para ela através do espelho. A irmã apenas piscou algumas vezes com os seus cílios longos e delicados.  Realmente, Vitória parecia uma boneca.

-O penteado dela é delicado. Sorriu forçado.

Ana voltou a olhar seu reflexo. Os cabelos estavam presos em um coque firme e a franja solta. A blusa amarela era simples e a sai rodada com pequenas flores bordadas no final. Estava tudo perfeito... Olhou feio para o chapéu na cama. Claro, quase tudo perfeito.

-Isso vai ficar horrível. Murmurou pegando a peça feia de tricô marrom com a fita amarela.

-Eu não gosto de tricô... Vitoria curvou os lábios com desgosto

-Ainda mais para um chapéu. Ana Completou e Vitória riu

-Será que ela está se vingando?. É só uma sugestão... Vitória parou de falar.
Ana estava olhando para ela como se tudo aquilo fosse tão óbvio, que se sentiu tola.

-Ela não esquece tão fácil assim.

-Mas a gente só esqueceu de dividir os morangos com ela. Eu pedi desculpa.

-Clarice tem uma obsessão estranha por morangos. Vitória assentiu com a cabeça levantado para ajuda-la a colocar a peça feia.

-Não acredito que estou pagando por comer morangos. Ana se sentou nada graciosa na cadeira depois que viu o chapéu pesado e feio em sua cabeça.

-Nem eu. Respirou fundo e colocou o dela, arrumando a fita que combinava com o vestido.

-É parecido com a sua bolsa. Vitória deu de ombros olhando para a irmã.

-Mas foi eu que fiz.... É diferente.  Ela se ajeitou e passou pó compacto  no arranhão que o gato lhe fez

-Não passe muito. Alertou a irmã. – Vai parecer que seu rosto tá remendado

- Ótimo. Murmurou Ana, levantando a franja caída na testa para olhar mais de perto a pele.
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A mesa já estava posta na grande varanda dos Bennetes. Eles tinha acabado de chegar da igreja aonde a mãe coordenava o coral.     A mesa estava coberta por uma toalha branca de renda e delicados arranjos de amor perfeito no meio. Os muros da varanda eram repletos por vasos e flores que pendiam deles. Samuel era apaixonado por jardinagem, seu jardim extenso era cuidado especialmente por ele e seu filho Gabriel, que também tinha uma certa paixão pelas plantas.

-Eles chegaram.  Clarice disse se espreitando na porta.

-Deixe-me recebe-los. Enea se levantou e os outros a seguiram para a varanda. Ana desceu as escadas apressada para acompanhar os passos de sua família.
Eliza e Marcos vinham na frente dos filhos de mãos dadas e logo atrás Vinícius e Lorraine. Ana ficou na pontinha do pé até seus olhos se encontrarem com os de Vicente que sorria em sua direção

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⏰ Última atualização: Sep 08, 2022 ⏰

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