Um pequeno clarão no meio das nuvens

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Quem me conhece sabe que, se eu não dormir o quanto o meu corpo precisa, fico muito rabugenta logo de manhã, no entanto, acabei por não bater em ninguém não se preocupem. Não  vamos ser injustos, a culpa não era apenas do sono que sentia, mas sim também pela ansiedade e stress de mais uma aula de condução. Como devem estar já a imaginar eu tenho imenso jeito para a coisa e o meu instrutor é super amoroso comigo, só que não. Temos personalidades um tanto quanto contraditórias e pedagogia acho que foi a disciplina a que ele tirou pior nota no curso que ele tirou ( se é que tirou ).

Foi perfeito? Não, mas também não estava á espera que fosse, no entanto, não deixei de sair daquela aula a sentir-me orgulhosa de mim mesma. Não importa o quão pequenas tenham sido as melhorias no meu progresso, o que importa é que, mesmo com medo de falhar, fui e dei-me a oportunidade de errar, errei algumas coisas, acertei outras tantas, mas fui e evolui. Vou ser sincera convosco: tive ajuda do meu famoso ansiolítico, mas, de qualquer forma, não me sinto no direito de desmerecer a minha vitória por conta disso. Cada um larga a sua bengala no tempo e período que achar mais confortável e, tal como me está a acontecer agora, não temos de ter vergonha nenhuma em também termos de recorrer a ela mesmo depois de a termos deixado. 

Um conselho que vos dou é não confundirem autodisciplina com uma autoexigência assoberbada, puxem por vocês mesmos mas não deixem de respeitar os vossos tempos e espaços. Somos as pessoas mais importantes para nós mesmos (ou , pelo menos, devíamos ser).
Lembrem-se sempre de praticarem autocuidado e de valorizarem quem vos valoriza.
Amem-se.

Margarida 8/9/22

My normal lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora