FALLEN ANGELS

treze

Liz

Acordei sentindo um carinho no meu rosto e quando abri os olhos, eu estava deitada com a cabeça no colo do meu pai enquanto ele conversava com Luiz, Célia e Castiel no quarto.

— Pai. —eu me levantei rápido o abraçando e ele retribuiu o abraço rindo, por incrível que pareça, eu nunca estive tão aliviada quanto agora por ver ele.

— Oi pequena, estou aqui.

— Como você está? Por favor não faça isso novamente. — eu me soltei do abraço e vi que seus olhos estavam cheios de lágrima.

— É bom saber que você se preocupa. Eu prometo que não vou ficar longe, nunca mais. — eu apenas sorri, essa relação com meu pai era algo novo pra mim e me faltavam palavras para conseguir me expressar mas confesso que eu gostava de me sentir assim com ele. — Me conta como passou esse tempo, eu estava morrendo de saudades suas.

— Foi normal, e bom, um normal bom, eu gostei bastante. — respondi e ele sorriu e passou os olhos ao redor do quarto.

— Tenho lembranças boas desse quarto. — ele falou e olhou pra Castiel que abriu um sorriso enorme com sua fala.

— Foi uma boa época. — ele respondeu também olhando ao redor e só passava em minha cabeça de que lembranças eles estavam falando, Castiel parecia nervoso toda vez que eu abria a boca para falar algo.

Ver o nervosismo de Castiel agora me fez pensar se nossa aproximação repentina tinha haver com o fato de meu pai estar voltando e ele ter medo de eu contar o quão ridículo ele foi no começo.

— Mas o que aconteceu afinal, já está tudo resolvido? — Célia falou se sentando na cama ao nosso lado enquanto olhava para nosso pai.

— Não, e é sobre isso que eu queria falar. —Adam respondeu e eu me sentei na cama para olhar para ele. — Só vim aqui hoje para ver como vocês estavam, tenho que voltar para o hotel com o Luiz já que Jordan chegará a qualquer momento, e então vamos poder dar início ao plano.

— E nós precisamos conversar sobre isso, em particular de preferência. — Castiel se desencostou da parede ao falar e caminhou até a porta. — Podemos?

— Eu já venho. — dessa vez meu pai falou e ele deixou um beijo na minha testa e na da Célia antes de acompanhar Castiel para fora do quarto.

— Sabe, meus dias não foram os mesmos sem a minha Liz do sol. — Luiz falou enquanto vinha até a cama e eu o puxei para uma abraço que o fez se sentar ao meu lado.

— Eu imaginei que também estivesse sentindo minha falta. — falei convencida e joguei o cabelo para trás. — Como vai seu pai?

— Tá indo bem, seguimos procurando tratamento e todos os médicos dizem a mesma coisa mas como você diz, a esperança é a última que morre não é?

— Sim, e não deixe de acreditar nisso. — ele sorriu com minha resposta e deu um beijo em minha bochecha.

— Vou resolver umas coisas com o pessoal e depois nos falamos. — eu assenti com a cabeça e ele saiu do quarto.

— Cara, ele tá tão na sua. — eu me virei para Célia que me olhava com um sorriso sapeca e eu bati o travesseiro no seu rosto.