Jantar em família (cap 32)

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Povs Any

1 semana depois...

Após uma semana ter se passado a Sabina finalmente aceitou vir ao jantar que minha mãe fez questão de chamar-lá, e todo dia me avisar.

Eu me olhava no espelho pela décima vez, estava agora com um vestido branco rodado, e parecia que nada que eu vestisse seria bom o suficiente, já troquei de roupa tantas vezes que perdi a conta. Sabina vai chegar a qualquer instante e não consigo decidir. Volto ao meu closet e procuro por outra roupa. Escuto leves passos atrás de mim.

Belinha- Ny, você tá linda!- seus olhinhos brilham.

- Acha mesmo?- pergunto, e me agacho para ficar mais próxima dela.

Belinha- Tenho certeza!- balança freneticamente a cabeça.- Mamãe disse que hoje é pra me comportar, porque é um dia importante pra você.- sorriu.

- É sim! Hoje uma amiga, que eu gosto muito, vai vir jantar, e quando ela chegar, quero que de um abraço bem forte nela, porque ela tá meio triste, pode ser?!- arrumo seu laço rosa.

Belinha- Com toda certeza! Vou dar um abraço de urso, que ela vai ficar muito feliz.- sorri, e sai saltitante para fora do quarto.

Alguns minutos depois eu estava na sala vendo TV com meus irmãos, quando a campainha tocou, Belinha e eu, nos levantamos e corremos juntas até à porta, e como se houvéssemos combinado, paramos, antes de abrir a porta, nos ajeitemos, respiramos fundo, e a abrimos. Eu fiquei sem reação de início. Perfeita, ela estava perfeita, um vestido azul escuro e sua jaqueta de couro preta, o cabelo liso solto. Linda. Muito linda.

Sabina- Boa noite, Elly!- falou sorrindo. Ela segurava flores em uma mão, e na outra uma caixa de bombons. Brega, mas fofo da parte dela.

- Boa noite, Bina!- dei espaço para que entrasse, e assim fez.

Minha mãe logo se fez presente na sala, e com um sorriso simpático veio até nós. Meu coração faltava pouco sair para fora do peito, de tão forte que batia. Tudo parecia cena de filme clichê, em que minha mãe a odiaria e teríamos que namorar escondidas ela descobriria e nos separaria, e Sabina e eu teríamos que fugir para bem longe.

Acho que estou ficando paranóica.

Pri- Você deve ser Sabina, certo?!- perguntou com voz firme e autoritária.

Sabina- Sim! E você pri ! Agora eu sei de onde Gabrielly  tirou tanta beleza.- sorriu estendo a mão para um cumprimento, sem demonstrar qualquer receio pela pose de poder da mulher a sua frente.

Pri- Any já me contou que é bem galanteadora, vai precisar de mais do que isso para me conquistar!- segura a mão da de olhos de mel.

Sabina- Bem... então acho que vou precisar de um buquê maior, né?!- sorriu lhe oferecendo o buquê de tulipas.

Pri- Acho que não será necessário.- sorriu, e pelo seus olhos pude ver que amou o ato.- Vou colocá las em um vaso, pode ficar a vontade, Sabina!- sai ainda sorrindo.

Sabina- E isso é pra você!- estende a caixa de bombons para que eu pegasse. De início me mantive ali um pouco paralisada, até receber puxões na barra do vestido. Belinha me olhava, e com um leve raspar de garganta, deu sinal de que eu estava parecendo uma idiota.

- Obrigado.- sorrio sem jeito, e pego o presente. Esta é Belinha, minha irmãzinha!- afirmo, Sabina se abaixar um pouco para lhe cumprimentar, e a pequena se joga nos braços da Sabina , que no começo se assusta, porém retribui o carinho, fechando os olhos e apreciando o aperto da pequena. Fofo.

Belinha- Nossa... seus olhos são tão lindos!- afirma admirada, fazendo uma leve carícia na face de Sabina com o polegar.

Sabina- Obrigada, os seus também são lindos !- responde devolvendo o carinho a garota.

Minha mãe a chama na cozinha e ela sai saltitante.

Belinha- Ja volto, Sabina...- Diz ao chegar na porta da cozinha. Eu sorrio da cena.

Eu olho para Sabina e ela me fitava sorrindo, estava diferente de hoje mais cedo, mais radiante, seus olhos tinham um brilho mais forte, era como ver o por do sol se refletindo no mar. Eu queria beija-la, mas não tenho certeza se era uma boa ideia. Então parei de a olhar feito idiota e a convidei para sentar no sofá.

- Ah... Saby este e Carlos, meu outro irmão!- lhe digo, o menino todo tímido somente sorri para ela. A morena se aproxima e começa a tentar puxar assunto. E para minha surpresa, engrenaram em uma conversa de qual time de hockey era melhor.

Eu fiquei os olhando, admirando a facilidade dela em se socializar. Ela é perfeita, até mesmo quando não se esforça pra isso. Talvez a noite não seja um filme dramático clichê, talvez seja uma noite boa, e nada estrague esse momento.

Sabina me ajudava a colocar os pratos na mesa, enquanto mama trazia o jantar, Belinha e Carlos, vinham longo atrás com os copos, e discutindo sobre quem iria sentar próximo a Sabina, que sorria. Com apenas um olhar repreendedor de pri, ambos se calaram.

Pri- meninos, si quebrarem um copo se quer, vocês estaram de castigo o mês inteiro !- afirmou, rapidamente deixaram as taças sobre a mesa.

Após tudo estar no lugar, nos sentamos, eu me sentei ao lado de Sabina, Belinha e Carlos a nossa frente, e mama na ponta da mesa, e começamos a nos servir. O cheiro da comida invadia toda a sala de jantar. Porém antes que começássemos a comer, a campainha toca. Olhei para minha mãe confusa.

- Está esperando mais alguém, mamãe?- pergunto. Ela nega, pede licença e se levanta, para abrir a porta. Eu continuo a servi o suco.

Alguns segundos depois minha mãe entra pela porta da cozinha, logo atrás dela, um garoto bonito, de início nem mesmo o reconheci, estava bem diferente do que eu me lembrava, mais auto e forte, mudou o corte do cabelo, e o estilo de vestir, mas os olhos, eu reconheceria aquele olhar a quilômetros de distância. Eu cheguei a derrubar uma das taças. Não podia acreditar que ele estava aqui de novo.

(sabiany) Bad Girl The opposites Onde histórias criam vida. Descubra agora