Não posso sentir (cap 14)

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Pov Sabina

Any estava concentrada em ver o filme. Se passara apenas uns 10 minutos de filme e eu já estava mais que entediada.

Peguei meu celular e vi que tinha algumas mensagens. Cliquei para ver, avia mensagens de Joalin, Josh e Lucas o entregador de pizza.

Entrei na conversa com o Lucas.

"Lucas:

oi linda, que tal uma social hoje?

-to dentro! Passa lá casa as 01h:00min, estou no cinema."

Não olhei as outras mensagens pois Camila me deu um cutucão para que eu prestasse atenção no filme.

Uma de suas mãos estava no braço da poltrona, será que ela quer que eu segure-a? Mas isso é tão... meloso e clichê.

A que se dane. Tirei sua mão e levantei o braço da poltrona, ela me olhou confusa e antes que ela falasse algo, juntei nossos lábios em um beijo calmo, ela me pareceu surpresa mas logo o retribuiu. Avia poucas pessoas na sala de cinema e nós não estávamos num lugar muito visível. Ela levou a mão até meu rosto e segurou como se não quisesse que eu parasse. E com toda certeza eu não o faria.

Pedi permissão para aprofundar o beijo passando a língua nos teu lábios. Ela permitiu e o beijo foi ficando mais movimentado, minha mão acariciava sua cintura, enquanto a dela adentrava meu cabelo me causando arrepios e pelo visto ela percebeu pois deu um leve sorriso entre o beijo. O ar dava sinais de que iria faltar mas ambas não queríamos parar. Eu não conseguia intender o porque, mais meu coração parecia se inchar de felicidade quando no final do beijo ela deu uma leve mordida no meu lábio inferior e sorrindo. E senti uma sensação ainda mais gostosa quando ela envolveu-me em um abraço forte. Seu rosto encaixou ao meu pescoço e ela suspirou fundo me causando outro arrepio. Ter Any nos meus braços era... tão revigorante, como se ela fosse o que faltava em mim. Espera... o que eu to pensando? Sabina Hidalgo, não atreva-se a se envolver assim com alguém!

Pov Any

O beijo inesperado de Sabina fez meu
coração disparar, e o seu perfume forte é, com toda certeza, o melhor que já senti. Me diz como não gostar de alguém assim?!

Percebi que ela estava um pouco pensativa e me separei do seu corpo perfeito.

está tudo bem?- sussurrei a fitando. Ela me parecia confusa e assustada. Será que fiz algo de errado?

Sabina- sim.- tentou ser convincente. Seus olhos mel iluminados pelo telão, apesar de serem quase transparentes, eram profundos é difícil de entender. Por instinto levei minha mão até seu rosto e acariciei com o polegar sua face com delicadeza, como se ela fosse quebrar caso eu colocasse força. Ela sorriu suavemente e depositou um selinho demorado nos meus lábios. Eu acho que poderia beija-la pra sempre, que eu ainda sentiria meu coração erra a batida todas as vezes. Se isso for um sonho, peço que por favor não me acorde.

Me ajeitei na poltrona e Sabina fez o mesmo, deixei minha cabeça encostada no seu ombro, para que víssemos o resto do filme. Porém Sabina não parecia estar ali, era como se estivesse perdida em devaneios. Preferi não falar nada é focar ao filme que já estava quase no final.

Quando o filme acabou já eram 22h: 00min. O shopping já iria fechar. Saímos e seguimos em direção ao carro, Sabina até agora estava calada, eu já estava começando a ficar confusa, busquei em minhas memórias se avia feito ou dito alguma coisa errada, mais foi sem sucesso.

Quando chegamos frente ao carro, Sabina segurou em minha mão e sorriu sacana. Essa bipolaridade dela me deixa confusa. Segurou minha cintura e me encostou no carro, sem desviar o olhar do meu. Só esse olhar me deixava excitada, se você soubesse o que causa em mim Hidalgo!

Eu passei meus braços sobre seus ombros a abraçando. Ela me beijou com urgência, seus lábios macios se movimentavam rapidamente sobre os meus e a acompanhei. Sua língua explorava cada canto de minha boca, e um arrepio percorria meu corpo todas as vezes que nossas línguas se encontravam. Tua boca tinha um encaixe perfeito com a minha. As suas mãos deslizavam por minhas cintura, vez ou outra, descia pela lateral das minhas coxas. Essa mulher vai me enlouquecer desse jeito. Seus movimentos ágios, esbanjando confiança. Ela sabe que faz isso muito bem! E sabe do que é capaz de fazer com a sanidade mental das pessoas.

Suas mãos começaram a ficar mais ousadas e ela ameaçou abrir o botão de minha calça, mas tirei sua mão de lá. A eu queria, como queria! Mais estávamos em um estacionamento público. Suas mãos apertaram com força minha bunda, me tirando um gemido entre o beijo; ela deu um sorriso e parou de me beijar. Sua boca agora foi em meu pescoço e sua mão entrou em meu cabelo e puxou de leve para dar mais espaço para seus beijos. Sua língua passeava por toda a extensão do meu pescoço dando beijos e mordendo. O céus eu vou enlouquecer. Sua mão livre voltou ao botão de minha calça e ela o abril. Só então recuperei minha sanidade e me lembrei que estávamos em um estacionamento.

- estamos em um lugar... oh Deus... não faz... isso.- tentei falar. Mas ela beijo o meu ouvido e a fala saiu como um gemido.

Sabina- e quem liga?- sussurrou com uma voz roca em meu ouvido. Meu corpo inteiro arrepio-se.

- eu ligo.- suspirei profundamente e a - afastei um pouco para poder pensar. Ela olhava para mim, e mordeu seu lábio inferior. Ela só pode estar brincando comigo.- teremos outras chances!- afirmei e ela sorriu maliciosa, mais se convenceu e abriu a porta do carro para que eu entrasse. E assim fiz.

Ela entrou logo em seguida. Fizemos o caminho para casa entre conversas e risos. Eu a contei sobre algumas coisas e sobre minha família. Chegamos em frente de casa e ficamos uns 10 minutos ainda conversando.

-bem... vou entrar antes que dona Priscila ache que fugi do país.- brinquei e Sabina deu uma gargalhada tão gostosa e acabei rindo junto.

Abri a porta e sai, Sabina fez o mesmo e me acompanhou até a porta. Me beijou com tanto desejo que senti minhas pernas bambas.

- quer entrar?- perguntei sem perceber, mesmo minha mãe estando em casa eu queria muito continuar o ato de mais cedo.

Sabina- uma oferta tentadora...- sorriu calorosamente.- mais eu tenho outro compromisso agora!- afirmou. E lógico, oque estava pensando Any? Que ela iria largar o namoradinho dela? Ainda mais por você?

Me afastei e não pude esconder a raiva em meu rosto. Abaixei a cabeça e me puni mentalmente por achar que ela talvez tivesse sentindo alguma coisa.

Ela se aproximou novamente. Colocou o dedo indicador no meu queixo me fazendo olhá-la.

Sabina- o que foi?- franziu o cenho confusa. Eu queria socar a cara linda dela, mais seus olhos cor de mel me acalmaram.

nada, pode ir lá com seu namoradinho. Eu já deveria saber que seria assim. Vai lá, se não vai se atrasar.- afastei novamente e ela me olhou ainda mais confusa.

Sabina- Gabs eu...

-não Sabina, não me chame assim. E você não me deve explicações.- a interrompi. boa noite, Hidalgo!- abri a porta e entrei fechando-a imediatamente antes que ela pudesse fazer algo.

Fui direto pro meu quarto e me joguei na cama. Eu nem acredito que estou
gostando de alguém que nunca vai retribuir, eu não posso gostar de Sabina, e por isso que não vai mais acontecer as coisas entre nós.

Agora ela deve estar lá, com mais um de seus peguetes. Ele ou ela provavelmente está a beijando ou a fazendo rir. Esse pensamento fez com que um ciúmes enchesse minha mente ao imaginar a cena. De fato isso tem que acabar, eu não posso continuar a nutrir esses sentimentos. Sabina nunca deixaria sua vida de farra por mim, e nós nunca daríamos certo. Somos o oposto, e no nosso caso eles não podem se atrair.

Adormeci diante dos meus devaneios.

(sabiany) Bad Girl The opposites Onde histórias criam vida. Descubra agora