Ja estou chegando meu amor (cap 29)

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Pov Sabina

Rodei durante muito tempo pelas ruas. Eu não sentia dor, vontade de chorar, ou magoa.

"...ela está com Noah..."

A frase se repetiu na minha cabeça. Só aí percebi aonde eu estava. O posto abandonado, parei o carro. Eu não estava mais em mim, agora tudo se tornará monótono. Desci e caminhei até a porta. Nesse horário poucas pessoas estariam ali. Abri a porta e entrei, a luz vermelha ofuscou minha visão.

Eu pisquei varias vezes antes de me por andar pela sala. Algumas pessoas me cumprimentaram. Ao chegar na porta as coisas ficaram um pouco confusas. Minha mente fazia flash's com a imagem de agora, e do dia que trouxe Any aqui. Eu me pus a caminhar pela próxima sala, aonde uma música tocava. Esbarrei em alguém.

Zayn- ora, ora... Sabina Hidalgo!- a voz máscula ecoou nos meus ouvidos, um arrepio estranho atingiu meu corpo. Virei para confirmar o possuidor daquela voz.

- Zayn, sempre por aqui, não é mesmo?! falo sem esboçar emoção. Ele sorri sugestivo.

Zayn- o que quer? Achei que não te veria por aqui! Aonde está sua amiga brasileira, Any o nome, certo?!- sorriu. Me guiando até o balcão do bar.

- o que tem para mim?- pergunto ignorando sua fala. Ele sorri abertamente.- preciso de algo forte! afirmo.

Zayn- acho que sei o que pode te ajudar... chama o garçom com as mãos.- me trás dois whisky's com gelo.- pede ao garçom, que apenas assenti.

Ele retira sua mala da mesa, e a coloca sobre seu colo, destravando-a e abrindo. Dali ele retira dois comprimido, tinham o mesmo tamanho e as mesmas cores, roxo e preto. Ele olha para mim, e sorri. Eu retribuo da maneira que posso, sorrindo sem mostrar os dentes.

O garçom voltou com a bebida, Zayn abriu as cápsulas do remédio e despejou uma em cada copo. Pegou o dele e o balançou misturando a bebida, eu peguei o meu e fiz o mesmo.

Zayn- um brinde! A essa hora em que sei que você nunca vai me abandonar. levanta o copo. Seu olhar profundo, obscuro e frio. Eu brindo com ele. Ele bebe o líquido e eu faço o mesmo, tomado um grande gole que desce quente em minha garganta.

Pov Any

Sina me puxou até um dos banheiro do vestiário feminino. Ela fecha a porta. Eu ainda chorava, a preocupação corroía-me por dentro. Onde você está, Sabina? Eu não sei o vou fazer se algo acontecer com você. Eu preciso de você.

Sina- você vai me explicar o que tá acontecendo?- fala cruzando os braços em baixo do peito.

- e vai fazer diferença?!- uso um tom rude, que nunca usei com ela, mais eu estava com raiva. E com medo do que poderia acontecer com Sabina.

Sina- não seja rude, Any. Isso também não vai ajudar!- ela usa um tom firme comigo. Eu apenas começo a chorar ainda mais.

- acabo! Ela ficou tanto tempo bem, eu achei que... que havíamos conseguido! me encosto na parede e me deixo escorregar por ela.- agora ela tá por aí sozinha, e por minha culpa!- encosto minha cabeça sobre os joelhos e me perco nas lágrimas.

Sina- ela já é bem grandinha, Any! Sabe se cuidar sozinha. Ela só deve ter ido pra casa dela, estava nervosa. Não é culpa sua!- diz suavemente acariciando minha costas.

- você não entende, não é tão simples assim...- levanto o olhar para ela.- ela tá passando por muitas coisas... e eu ainda a pressiono... e tudo culpa minha sim! volto a chorar. Meu peito doía tanto que parecia ter arrancado algo dali.

Eu nem mesmo assisti às outras aulas. Sina me levou para casa e lá eu fiquei. Deitei em minha cama em posição fetal. Minha cabeça doía, meu corpo inteiro tremia devido ao choro incessante. Eu já fiz tantas ligações, mandei milhar de mensagens, e deixei centenas de recados.

(sabiany) Bad Girl The opposites Onde histórias criam vida. Descubra agora