Me deixa ser seu motivo. (cap 22)

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Pov Sabina

Quando finalmente atravessei o cômodo por completo minha mente voltou ao seu funcionamento normal, as coisas param de passar em câmera lenta. Girei a maçaneta da porta e entrei. Meus olhos buscavam incansavelmente os de Any, comecei a andar por todo o local.

Passei pelos banheiro e me assustei ao ver uma silhueta semelhante à de Any de costas corri pois a menina estava vomitando. Toquei seu ombro e ela me fitou. Não era Any. Não sei se senti alívio ou ainda mais medo. Voltei a andar passando agora próximo ao bar que tinha visto o Zayn.

Agora sim... era ela... e estava com Zayn, finalmente pude soltar o ar que estava preso em minha garganta. Mais espera... aonde ele está a levando? Não! Droga, droga, tomara que ela não tenha aceitado nada dele. Comecei a correr na direção deles.

- fica longe dela, Zayn!- puxei Any que ao me ver agarrou-se a mim. porra, quando eu disser pra ficar no carro, obedeça.- eu pude sentir o seu coração bater e se misturar com os meus batimentos.

Zayn- opa... veja só quem voltou. Eu só iria levá-la para casa, Sabina! Ela me perguntou de você eu apenas disse que já avia ido embora.- ele mostrava um sorriso sacana nos lábios. Eu sabia que ele não a levaria para casa, só de pensar no que poderia ter acontecido se eu não chegasse meu estômago se embrulha.

- nunca mais ouse se aproximar dela, está me ouvindo? Any e minha, Zayn! abracei ainda mais forte a menor. Ele sorriu irônico, Any nada fazia apenas estava agarrada a mim como uma criança se agarra a mãe quando depois de passar o dia fora.

Comecei a puxar Any para fora. Eu tinha que tirará-lá dali, Zayn ao nos ver saindo segurou em meu braço.

Zayn-mande um "oi" para o Josh, Sabina. E nós vemos quando precisar de mais. seu tom era diferente, eu não sabia se era algo assustador ou sarcástico.

Levei Any para o carro. A mesma parecia em estado de choque, a coloquei no banco do carona e arranquei com o carro o mais rápido que pude. Eu não sabia o que fazer, mais resolvi não levá-la para sua casa, então fui para meu apartamento.

Pov Any

Quando vi a demora de Sabina me preocupei e fui atrás. Entrei no local que por mais que parecesse abandonado por fora era muito bem abitado por dentro. Haviam tantas pessoas no local, o cheiro de cigarro era forte, e o local com a luz vermelha ofuscava minha visão. Sai à procura da Mexicana, procurei por todo canto até um homem me puxar pelo braço e dizer que ela já avia indo. Eu tive um pouco de respeito do homem bem vestido o por não me parecer de bem, e as pessoa me comiam com os olhos igual a ele. O mesmo falava coisas estranhas e algumas gírias diferentes, me ofereceu viárias coisas e falava sobre me levar para alguém, eu estava com medo.

Quando vi Sabina me puxar a agarrei com medo que ela sumisse de novo. Saímos dali e eu estava perdida nos pensamentos e nas coisas que o homem disse para ela. O fato da maior o conhecer não me surpreendeu, mais o de ele saber que ela voltaria me partiu o coração. Sabina me levou para sua casa e tudo que eu queria era uma explicação. Entramos em seu apartamento e Sabina parecia enfurecida e preocupada.

Começou a me olhar e passar as mãos por mim. Procurava algum machucado, eu apenas a afastei e a olhei nos olhos.

Sabina- o que ele te disse? Te fez alguma coisa? Ele tentou ou te deu algo? perguntou tudo de uma só vez.- responde Camz.

-o que você foi fazer lá Sabina? perguntei seria. Sua expressão mudou, agora ela parecia envergonhada, eu sabia a resposta. Só precisava ouvir da boca dela o porque de eu ter ido junto.

Sabina- Any eu... eu sinto muito! tentou me abraçar e a afastei.- não faz assim. Me desculpa, eu não queria que você tivesse entrado lá. Por isso era para você ter ficado no carro.- passou a mão pelo cabelo em sinal de nervosismo. Só então percebi um pacote em sua mão, o tomei e abri.

- por que você faz isso? Porque se mata assim, Sabina?- meu olhos já estavam marejados. A olhei e a mesma abaixou a cabeça.

Sabina- e complicado, Any!- falou em um sussurro. Eu queria bater nela, até ela ver que isso só complicava ainda mais.

- então me explica, Sabina. Conversa comigo, eu posso te ajudar. Me deixa fazer isso.- me aproximei e a fiz me olhar.

Sabina- você não pode me ajudar, Any. E eu também não sei te explicar, eu não sei o porque faço, mais eu preciso fazer porque se não eu acabo explodindo.- seu tom triste me partia o coração. Joguei o pacote no chão e a abracei.

- não Sabina, você não precisa! Isso não te ajuda...- me afastei para olhá-la.- tá vendo essa pessoa aqui dentro?-indiquei o seu coração.- ela não precisa de nada disso porque ela é perfeita e linda!- sorri. Mais ela negou e se afastou de mim.

Sabina- não Any. Eu sou uma pessoa horrível! Acha que eu não sei que é tudo culpa minha? Que eu não sei que eu posso parar se quiser e que só estou assim porque eu escolhi estar?- começou a andar de um lado pro outro.- mais me fala, como se escolhe entre viver e a vida? Eu sei que o que faço é errado. Mais é difícil quando se é um sorriso de verdade que se está em jogo, um pouco de felicidade que eu posso ter, Tem dias que eu abro os meus olhos e sinto uma dor dentro de mim eu mal posso me mover para levantar da cama e tudo vira algo involuntário como se eu já não mais fosse dona de meus movimentos, Eu queria que fosse fácil fazer isso... pode parecer bobagem mais não é! Eu não consigo mais entendeu? E eu me odeio por saber que isso tudo é culpa minha... por que eu sei que escolha e minha, mais me fala como? Como se escolhe isso? Por que eu não sei. A culpa é minha... eu me deixei, eu me abandonei. E peço desculpas por me deixar chegar a esse ponto. Não era a minha intenção!

-não peça desculpas, Sabina!

Sabina- Eu só não tava aguentando! Eu precisava de um ânimo, de algum apoio. E agora eu só piorei tudo!- as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- não! Não comigo, Sabina. Eu prefiro assim, saber a sua verdade! Porque talvez assim eu possa fazer algo.

Sabina- Obrigada... de verdade por não me julgar. Eu queria mesmo que pudesse... queria mesmo que eu nem precisasse de ajuda. Sei que eu to sendo uma idiota, E que eu poderia ter feito diferente... Mais eu fechei meus olhos... eu preferi o caminho fácil. E olha só onde estou... Se existe um lugar mais fundo do que o fundo do poço e lá, lá que eu estou.- ela falava em um desespero que afundava meu coração a cada palavra.

-Ainda tem como voltar! Por favor, não se julgue assim... Não quero te assustar, nem que se sinta reprimida e se afaste. Mas já pensou em pedir ajuda?- ela se sentou e eu me sentei ao seu lado, seus olhos estavam inchados e vermelho quando me olhou.

Sabina- por que? Me fala, me dá um motivo. E que não sei o que deu em mim. Eu só precisava ter algo e agora eu continuo sem nada. Eu não tenho aonde me apoiar!- ela olhava tão profundamente em meus olhos que esse olha era capaz de perfurar uma parede. Eu nunca havia visto algum sentimento nos olhos de mel, mais agora eu podia ver, uma tristeza, angústia... e solidão.

- me deixa ser o seu motivo. Não precisa ser assim! Eu vou ser sua base, seu ponto de apoio... Então, quando tudo estiver confuso pra você, eu vou ser seus olhos, ouvidos. Vou te lembrar de tudo que tem, vou te mostrar que você é melhor do que isso!- as lágrimas já escorriam pelo meu rosto a muito tempo. Eu queria ter chegado antes na vida dela e nunca ter deixado as coisas chegarem a esse ponto.
Mais estou aqui agora e tudo vai mudar.

Sabina- Sério... só você para mudar minha cabeça, com todo certeza você é meu anjo da guarda!- deu um sorriso triste. E limpou as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

- Você não tem que ser nada pros outros, você tem que ser pra você, okay?! Eu sei como é estar perdida, e também sei que parece não ter ninguém pra te ajudar no meio desse oceano de confusão. Mais eu estou aqui, e você pode contar comigo para o que precisar!- acariciei sua face e sorri. Ela agora sorria fraco, porém não era mais tão triste. Beijei sua testa e a abracei como se minha vida dependesse disso, e talvez dependa.

Sabina- e como você pretende ser meu motivo?- sussurrou em meu ouvido. Eu poderia dizer que viveria para ela, que estou apaixonada pelo que ela realmente é, mais não quero assusta-la, e não seria justo se esse sentimento não for recíproco, não quero que ela se afaste, não agora que estou conseguindo ver seus sentimentos. Só de pensar nisso meu estômago se contrai.



(sabiany) Bad Girl The opposites Onde histórias criam vida. Descubra agora