CAPÍTULO 14

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Souya on

Nahoya foi pro quarto do Ran pra me deixar com Rindou, ele percebeu que eu estava com vergonha dele nos encarando, e Rindou está diferente, ele mal esperou eu entrar e me abraçou, isso deve ter deixado ele bem abalado, os dois devem estar se sentindo péssimos

Rindou estava com o rosto no meu pescoço e eu estava abraçando ele, Parecia que só existia nós dois na casa, estávamos em um casulinho, nem sequer saíamos da porta ainda, ele realmente ta precisando conversar

- Rindou? Quer conversar? - Ele me olhou e ficou segurando na minha cintura

- Não quero te assustar com oque eu tô pensando - Ele literalmente falou que queria matar o pai dele, é pior que isso?

- Vem vamos conversar - Eu puxei ele pra cozinha e nós sentamos nas cadeiras um do lado do outro - O que você tá sentindo?

- Virou meu psicólogo agora? - Ele riu e eu concordei sorrindo - Então ok... Eu... Tô com muita raiva... Do meu pai, da minha mãe, meu irmão disse que ela não tem nada haver com a história, mas como ela não teve nada haver? A vida toda minha mãe nunca defendeu meu irmão daquele cara, uma vez ele levou um colega do trabalho pra casa e esse cara tentou pegar o Ran a força, ele devia ter uns 8 anos na época, Ran deu um chute no rosto daquele desgraçado, Ran explicou inúmeras vezes oque tinha acontecido, mas ninguém acreditou nele, já que ninguém viu isso e esse cara era um homem de família íntegra, meu pai espancou Ran naquele dia, eu fui o único que acreditou nele - Rindou apertava os punhos com força, era como se ele quisesse voltar no tempo só pra esmurrar esse cara - Nossa mãe permitiu isso inúmeras vezes, eu nunca apanhei do meu pai, mas Ran sempre foi o alvo dele, e ela não fez nada, me explica como ela não tem nada haver com isso!? - Rindou esmurrou a mesa e eu me assustei um pouco mas logo Acariciei suas costas como sinal de conforto - Uma vez, ele quase matou meu irmão, ele apanhou tanto que precisou ser levado no hospital, eu lembro de ouvir ele gritando pedindo ajuda, ele chamava nossa mãe, e ela estava do meu lado, eu perguntei pra ela, por que ela não ajudava ele? E ela não disse nada, um momento os gritos pararam e minha mãe foi ver como Ran estava, meu pai estava com ele desmaiado nos braços, não foi comigo eu sei... Mas... Ver meu irmão apanhar de novo, me fez lembrar dessas coisas... E na época eu não podia fazer nada... mas agora... Agora eu... Quero matar ele... De verdade, eu quero tirar a vida dele, da forma mais lenta e dolorosa possível - O olhar de Rindou se tornou sombrio, eu sabia que Rindou estava se segurando para não fazer isso, e eu não posso deixar isso acontecer

- Rindou olha pra mim... - Segurei o rosto dele e direcionei pra mim, ele tem tanta coisa guardada dentro dele - Respira fundo - Respirei junto com ele e acariciei as bochechas dele - Isso já passou, vocês dois tem que seguir juntos agora, como sempre foi não é? Na verdade... Veja isso como um novo começo - Sorri e vi Rindou ficar levemente corado, aquele olhar sombrio foi embora - Olha a minha mãe sempre disse isso, "faça dos seus fins, novos começos", eu não entendia oque ela falava, mas hoje eu entendo, crie novos laços, viva de uma forma diferente... Não vale a pena ser refém de alguém que não se importa com você... Você... Entendi? - Rindou me puxou pro colo dele e sorriu - Ai calma - Acabei rindo e ele me beijou, eu amo tanto o beijo dele, tava com saudade dessa sensação, ele colocou as mãos na minha cintura e apertou, eu acabei dando um pulinho no colo dele e ele fez outra vez, acho que ele gosta quando eu me mexo, comecei a rebolar já que ele quer isso, Rindou desceu as mãos pra minha bunda apertou, eu reprimi um gemido, Nosso ar estava quase acabando então nós separamos para respirar, o clima mudou do nada

- Uau - Rindou estava ofegante igual a mim - Eu realmente senti saudade do seu beijo - Ele beijou meu pescoço e eu senti algo duro embaixo de mim, ele estava ficando excitado? Ele começou a mexer meu quadril pra mim me esfregar nele, isso é tão bom, é vergonhoso admitir mas eu gosto quando ele é safado comigo

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