I AM SO CONFUSED | ✔️

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 [28]

Jardins - São Paulo | SP

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Mal teve tempo de pensar quando desembarcou no Brasil, o motorista do pai que tinha ido buscá-la a pedido da madrasta a levou até o hospital, suas malas seriam deixadas no porta malas mesmo, até ela voltar para casa com a madrasta.

Ela entrou no hospital lentamente, não gostava muito dessa vibe de hospitais, sempre passavam uma sensação ruim nela, seu coração batia descompassado e ela suava um pouco, não sabia se era pelo nervosismo ou pela correria do aeroporto até o hospital, estava exasta.

Ela avistou sua madrasta sentada em uma das cadeiras da sala de espera, as paredes brancas do hospital só pioravam a sensação horrível que ela sentia, seus osso gelavam só de andar até próximo a madrasta.

– Oi. E aí como eles estão?

Ela perguntou e só então Maria levantou o olhar para ela, Isadora pode ver os olhos inchados e o sujos de rímel devido às lágrimas, ela estava com o nariz vermelho.

– Nenhuma notícia do seu pai ainda, só me disseram que o Ben está em cirurgia.

Ela abaixou novamente a cabeça e Isadora se sentou ao seu lado.

– O que aconteceu exatamente?

– Eles estavam indo para um parque, o Ben estava muito animado, ele pediu muito pro Breno levar ele, eu decidi não ir de última hora. Quando eram por volta das duas da tarde eu recebi uma ligação da polícia.

Ela suspirou e encostou as costas no assento na cadeira.

– Estava chovendo, não era tanto, mas foi o suficiente pra deixar a pista escorregadia, e…

Ela voltou a soluçar e chorar, Isadora não sabia o que fazer, não tinha quase nenhuma intimidade com a madrasta, será que eu abraço ela? Pensou tentando observar as consequências disso, depois de tanto pensar ela puxou Maria Lara um abraço.

Obviamente estava preocupada, mas o choque inicial ainda a estava deixando um pouco fora do ar, como se sua ficha não tivesse caído.

– Família de Breno Sanchez?

As duas se levantaram, Maria ficou na frente de Isadora que não contestou e deu alguns passos para trás.

– O que aconteceu com o meu marido? Já faz umas dez horas que eu estou aqui, e nada de notícias.

A médica deu um sorriso sem graça, Isadora pôde ler o nome "Amanda" no uniforme, ela parecia simpática mas não tinha nenhuma estrutura para dar qualquer que fosse a notícia.

– Eu… ele chegou aqui muito ferido, nós o levamos para cirurgia, ele teve diversas fraturas, e algumas hemorragias.

Ela respirou fundo.

– Infelizmente na mesa de cirurgia ele teve uma parada cardíaca, nós tentamos de tudo para reanimá-lo…

Maria começou a chorar desesperada, enquanto Isadora ainda estava chocada. Seu pai tinha morrido? Ela entendeu direito?

– Ele…. Morreu?

Isadora ousou perguntar e a médica somente assentiu.

– Eu sinto muito.

A médica saiu de cabeça baixa, Maria gritava a plenos pulmões que não queria perdê-lo, que tinha algo errado, que o amava demais e entre outras coisas.

Isadora não tinha reação, uma lágrima escorreu pelo seu rosto e ela continuava estática.

Meu pai morreu.