I AM SO CONFUSED | ✔️

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 [3]

Bay Area - São Francisco |CA

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Isadora não tinha muito contato com o pai pessoalmente, se falavam somente por mensagens ou chamadas, desde que ele se separou de sua mãe e se mudou de país.

Desde pequena aprendeu a lidar com a ausência do pai, ele é um empresário ocupado e que tem uma empresa grande para gerir. Sua mãe nunca lhe foi ausente durante a infância, mas depois que Isadora alcançou a maioridade e já podia seguir por si só sua mãe resolveu seguir o próprio caminho também, e decidiu exercer sua profissão presencialmente.

Ela é uma arqueóloga muito inteligente e amante de sua profissão, Isadora gosta de pensar no fato de seus pais serem opostos tanto na profissão como na vida pessoal, sua mãe é mais amorosa e ama dançar e cantar assim como ela, já seu pai não gosta muito de contato físico e tem uma certa repulsa por música moderna.

Seu pai aparecia somente uma vez por ano presencialmente, e sempre lhe comprava presentes caros como forma de suprir sua ausência, o que pra ela não funcionava muito. Quando adolescente ele lhe obrigava a estudar muito, a incentivou a fazer direito, no começo ela não curtiu a ideia, mas depois passou a gostar da faculdade, acabou se tornando algo que combinava com suas expectativas de vida.

Aos 23 anos seu pai lhe propôs que tentassem abrir uma cafeteria, Isadora havia feito aulas de barista na adolescência e seu pai queria aproveitar a oportunidade para usar das habilidades da filha, ela pensou muito antes de aceitar mas acabou aceitando. Assim que se formou passou a gerir a empresa assim como o pai, ao invés de só fazer café, e ambos se tornaram sócios oficialmente.

Eles resolveram abrir uma filial em New York e desde então ele só aparece pessoalmente quando algo está errado em alguma das duas filiais.

- Não sabia que vinha hoje, porque não me avisou? O que faz sua presença ser requisitada aqui? Alguém tocou fogo na filial de New York?

Ela questiona apoiando as mãos no balcão em frente ao pai.

- Negócios, querida. Quando parar de bancar a garçonete do nosso café e assumir seu cargo corretamente, estarei a disposição.

Ela o encara indignada com a audácia dele em falar isso. Ele suspira por fim dando continuidade no assunto principal

- Não é nada urgente, mas precisamos ir até New York.

Ela revirou os olhos impaciente, era sempre o mesmo assunto, mas ele sabia muito bem que ela trabalhava no balcão do café porque queria, ela podia muito bem ter um cargo mais vantajoso na sua carreira, mas ainda não se sentia pronta.

- Não sei se não percebeu mas eu não trabalho PRA você, eu trabalho COM você.

- Bom, cafés são fáceis de vender, mas precisa de alguém com experiência para lidar com isso, coisa que você não tem...

Ele pegou o cardápio analisando enquanto continuava falando.

- Só tem experiência em preparar cafés.

Ela bufou saindo de trás do balcão ficando ao lado do pai.

- Que direito você acha que tem de dizer isso?

- Sou o seu único sócio e seu bote salva vidas, se eu desistir disso, com certeza vai falir e você sabe muito bem.

Ele diz calmamente a fazendo suspirar.

- Posso muito bem administrar tudo isso sozinha e sem a sua ajuda.

- Quero ver essa marra quando isso aqui falir e eu não estiver mais disponível para te ajudar a reerguer. E aliás, você tem que me respeitar independente de tudo, sou seu pai ainda.