Fenrys - Trono de Vidro

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Pedido: web3rryblush

[S/n]: Seu nome.

•Ponto de vista do Fenrys.

Será que se eu sair na floresta eu encontro um homem desse pra mim?

Boa leitura!...

Boa leitura!

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Vultos.

Essa era a única coisa que eu podia enxergar no momento. Minha visão estava escura como o breu em minha mente e meus sentidos apagados. Sinto o cheiro da floresta ao meu redor e os tecidos de minhas roupas ao meu corpo, mas ainda sim, não consigo me mexer para descobrir onde estou, ou o'que aconteceu.

Não me lembro de muita coisa depois de me deitar para dormir. Mas sei que antes de meus olhos pesarem com o sono e exaustão do dia agitado, senti como se estivesse amarrado a uma corda longa e inquebrável, ligado a alguém. E a pessoa que estava do outro lado, a puxava constantemente, a procura de, talvez, me levar até ela.

Sinto um puxão ao tentar enxergar melhor, tentando limpar meus olhos em busca de tirar a escuridão deles. Mas paro ao perceber que meus olhos não eram os culpados, e sim o lugar onde me encontrava. Era uma clareira, rodeada de pinheiros enormes e flores silvestres cobrindo cada pedaço de grama que encontrasse. A luz da Lua era fraca, não me ajudando tanto a me localizar no ambiente.


Me levantei com dificuldade do chão ao conseguir finalmente o controle de meu corpo, reparando só agora os rasgos presentes em minhas vestes e a terra em minhas mãos e unhas. Me estudei por um momento, tentando pensar em um motivo para meu paradeiro atual e inusitado.

Estava tão imerso em meus pensamentos que quase não captei o som de galopes vindo rapidamente em minha direção.

Me virei para a direita alarmado, ainda escutando o som e esperando o'que quer que fosse, se revelar em meios as sombras escuras da floresta densa. Senti novamente aquele puxão, — o mesmo que senti antes de dormir e o mesmo que senti ao recobrar meus sentidos — quando de dentro das árvores, um cavalo negro se projetou ali, sendo montado por um ser de capa e coberto.

O ser encapuzado parou o cavalo de modo brusco ao me ver, e mesmo com seu rosto misterioso coberto, sei que ele estava a me observar. Tal atenção me fez apertar os olhos, sentindo novamente aquele puxão, só que dessa vez mais forte, firme e ansioso.

O ser escuro desceu do cavalo depois de uns segundos, pousando no chão com uma leveza que eu nunca vi antes. As flores silvestres o receberão animadas, o envolvendo como se o conhecessem a anos, e o abraçando de forma angelical.

Não me movi quando o ser deu um passo em minha direção, mas me mantive alerta e pronto caso eu precisasse agir. Mas isso não foi preciso, pois logo após seu primeiro passo, ele parou hesitante, e vi seus dedos se enrolarem um no outro de forma nervosa do lado de fora da capa.

Uma coisa dentro de mim se apertou, e novamente aquele puxão se remexeu, desesperado por algo que vai acontecer.

— Quem é você? — rosnei bruscamente, cansado daquela sensação.

Mas em vez de uma resposta, tudo que recebi fora sua identidade, um movimento e confirmação.

Seus dedos se desenrolaram um dos outros e correram em direção ao gorro da capa escura com calma, e antes que eu pudesse ao menos me preparar, perdi o fôlego rapidamente ao ver o ser mais belo a alguns passos de mim.

Ao contrário do que pensei, o ser não era um homem, mas sim uma mulher. Com uma beleza tão ofuscante, que achei que fosse um mero pensamento de minha mente confusa.

A luz da Lua antes fraca, agora brilhava com uma magia escondida, recebendo de braços abertos a mulher misteriosa, abrindo caminho para meus olhos curiosos e fascinados a observarem melhor.

Seus cabelos brilhavam com a Lua, e o vento o espantava e o chicoteava de modo perfeito, esculpindo seu rosto delicado de modo quase impossível. Seus lábios eram vermelhos e convidativos, e algo dentro de mim rosnou com a vontade de prova-los. Seus olhos me perfuravam com uma intensidade que quase me vi desviando, mas isso seria difícil ao me encontrar hipnotizado por eles. Suas orbes me olhavam com algo que eu não poderia identificar, e creio que diversos escritores não encontrariam palavras para descreve-los de forma conclusiva.

— Quem é você? — repeti a pergunta com um fio de voz que me restara, minha curiosidade vencendo meu raciocínio.

A bela mulher inclinou a cabeça para o lado, tirando sua atenção de meus olhos para suas mãos nervosas. E com uma vontade repentina, me peguei pensando que gostaria que seu olhar se voltasse a mim novamente, e sem controle e sendo puxado por uma corda invisível, meus pés se moveram minimamente para frente, atraindo sua atenção e seus olhos em meu ser.

Deuses, o'que está havendo?

— Me chamo [S/n], e você é? — ela me encarava quando respondeu, sua voz fazendo meu corpo enfraquecer e minha mente travar momentaneamente.

Novamente, aquele puxão dançou em meu interior, cutucando minha mente, coração e alma até que se rompesse e se ligasse a ela em um aperto poderoso e inquebrável. Senti meu mundo mudar, e o significado de um lar se transformar para mim. Minha existência sempre teve uma importância, um plano para esse momento. E com graça, fui abençoado com uma parceira, uma companheira mesmo que eu achasse que não merecia.

Sai de meu transe ao vê-la se mexer graciosamente pelas flores, seus passos levantando vagalumes brilhosos e bonitos pelo ar, e ao seu redor.

— E você é? — ela parou em minha frente, me olhando com suas orbes brilhosas e um sorriso felino, e repetindo sua pergunta como eu.

Soltei um suspiro por seu sorriso, mas logo respondi encantado por minha parceira.

— Sou Fenrys... Seu companheiro. Muito prazer, bela dama.

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|𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐋𝐈𝐓𝐄𝐑𝐀𝐑𝐈𝐎𝐒|Onde histórias criam vida. Descubra agora