Cassian - Acotar

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Pedido: konan1978

•Pedido Especial.

[S/n]: seu nome.

A paternidade cai muito bem nele...

Feliz Mês das Crianças!

Boa leitura!...

Boa leitura!

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Proteção.

Nunca precisei disso. A vida me ensinou lições, e eu aprendi todas para não precisar da ajuda de ninguém no futuro.

Quando era mais nova, quando tentaram arrancar minhas preciosas asas que me dão a liberdade, não precisei de ninguém para me defender, eu o fiz sozinha. Quando fui cercada por Illiryanos com o ego maior que a inteligência deles, eu matei cada um deles feito um sopro. E quando me cercaram na guerra com milhões de soldados, não precisei de um exército para derrubar qualquer um que estivesse em meu caminho.

Eu fiz tudo isso sozinha, e eu pensei que continuaria assim até a minha morte inexistente. Mas eu estava errada, afinal. Parece que quando o caldeirão e a mãe nos dão um presente como a dádiva de ter um filho, as pessoas ao seu redor acham que você está morrendo e lhe tratam como se fosse quebrar a qualquer segundo.

E foi isso que aconteceu... Bom, está acontecendo.

Já fazem duas semanas desde que descobri minha preciosa gravidez, e já fazem duas semanas que estou em uma prisão domiciliar com travesseiros por toda a parte, e a ajuda desnecessário de toda a minha família e companheiro.

O Círculo Íntimo e Cassian.

Ah, Cassian... Ele pode ser maravilhoso as vezes, com esse seu jeito piadista e brincalhão o tempo todo, mas quando seu modo protetor ativa, céus, meu maior desejo seria mata-lo. Mas vou por a culpa no bebê por isso, eu tenho essa opção agora.

— Querida? — levantei meus olhos de meu livro, vendo quando a cabeça cabeluda de Cassian se esgueirou na porta de nosso quarto. Seus olhos percorreram rapidamente o cômodo até chegar em mim, um sorriso suave se instalando em seus lábios enquanto ele entrava com uma bandeja de café da manhã toda decorada.

— Olá querido, bom dia. — ele se aproximou, colocando a bandeja em cima de minhas pernas cobertas pelo cobertor grosso, enquanto seus lábios encontravam os meus em um beijo calmo.

— Olá minha querida, como está nosso pitoco? — Cassian se jogou ao meu lado, tomando cuidado para não derrubar nada em cima de mim.

Revirei os olhos com sua ação, pegando em sua mão e a colocando em minha barriga sem o mínimo volume. Mesmo que o bebê tenha apenas duas semanas de vida, Cassian gosta de viver com a mão colada em minha barriga, esperando que o bebê cresça e chute de repente de um segundo para outro.

— Com fome, e eu também.

Me pus a comer, relaxando contra seus braços que foram enrolados ao meu redor de modo protetor. Ficamos em um silêncio gostoso por um momento, apenas aproveitando os raios de sol que caiam em nós como cascatas de luz, e a companhia um do outro. Meu companheiro soltou um suspiro exagerado atrás de mim, como se estivesse a ponto de contar uma coisa que achasse um absurdo.

— O'que houve? — indaguei, me virando minimamente para olha-lo.

— Feyre, Elain e Nestha querem lhe levar ao centro para ver coisas de bebê e...

Larguei a comida e me virei inteiramente para ele, minimamente desesperada para enfim sair de casa. Sua expressão era emburrada como a de uma criança mimada que recebeu um "não" de seus pais, então eu já sabia qual era sua resposta sem nem mesmo ele precisar falar.

— Eu vou! — ofeguei me levantando antes que ele complete sua fala.

— Mas e se você passar mal ou desmaiar? E se o bebê chutar ou chorar querendo o papai aqui? E se... — ele começou a murmurar, listando as coisas com os dedos de modo preocupado.

Deuses, se ele pudesse, eu acharia que ele está tendo um ataque psicótico.

— Cassian, querido, se acalme, sim? — o parei antes que fosse ele quem ia desmaiar. — Primeiro, se eu passar mal, as meninas estarão comigo. Segundo, o bebê só tem duas semanas, ele não vai chutar. Terceiro, eu tenho certeza absoluta que o bebê também não pode chorar dentro da minha barriga. E quarto, eu sei me cuidar muito bem sozinha e você sabe disso.

Cassian ainda estava emburrada, mas prestou atenção no que eu falei. Seus olhos percorriam meus traços até chegar em minha barriga. Ele suspirou mais uma vez e sorriu mais solto, então se moveu na cama e ficou em minha frente, me virando para o espelho em nossa parede, e pegando um lugar atrás de minhas costas. Sua cabeça se enterrou em meu pescoço, cheirando por ali antes de falar de modo abafado.

— Tá bom, desculpe querida. Você está certa em tudo, mas isso não me preocupa menos. — ele encontrou meus olhos no espelho, deslizando sua mão por minha barriga. — Mas sei que você precisa sair e aproveitar, então ok.

Um sorriso tomou conta de meus lábios, mas antes que eu pudesse me mover para me trocar com a alegria crescendo em meu peito, Cassian riu irônico.

— Você terá de lidar com elas agora, querida. Boa sorte.

Não tive nem tempo de pensar, pois no segundo seguinte, a porta foi aberta de uma vez e três figuras lindas passaram por ela animadas. Feyre, Elain e Nestha são tão protetoras quanto todos da casa, então sei que não será tão diferente quando estivermos lá fora.

— [S/n], vamos! — Feyre me puxou dos braços de Cassian com delicadeza para não me machucar, e se apressou em direção ao banheiro em passos rápidos, e antes de entrarmos vi Nestha pegar o vestido mais largo que eu tinha com Elain atrás de si.

— Não vamos andar muito para você não passar mal, mas vamos comprar várias coisas. — Elain falou assim que entrou junto a Nestha, que fechou a porta na cara de meu companheiro que tentou entrar com um bico em seus lábios.

— Seu turno com ela acabou Cassian, agora ela é nossa. Vá treinar ou algo do tipo. — Nestha ordenou, se virando com um sorriso mínimo e me entregando o vestido. — Peguei o mais confortável e largo que você tinha, assim você não se incomodará.

— Rhys queria mandar Az conosco para lhe ajudar com o'que fosse. Ele concordou, mas nós não deixamos. Creio que somos muito capazes de lhe proteger. — Feyre estufou o peito e sorriu em direção a minha barriga. — Nós vamos comprar muitas coisas, e podemos passar naquela loja que...

Minha Grã-Senhora começou a listar onde podemos ir com suas irmãs e eu, mas eu já não escutava mais as palavras que saiam de sua boca. Apenas observei a cena a frente com um sorriso, sentindo quando meu companheiro cutucou através do laço, falando cuidadoso e sério.

"Te vejo quando voltar, querida. Se algo acontecer, o mínimo que seja, volte ou mandarei um exército atrás de vocês."

Sorri mais ainda com isso, sabendo que era verdade, e nosso Grã-Senhor não se importará de juntar todos da família para ir atrás de nós.

No fim, aprendi que a proteção dos outros não me fará fraca por não estar me defendendo sozinha, mas me fará mais forte e amada. E sei que meu filho ou filha, será protegido não só por mim, mas por toda a corte.

Não preciso mais ficar sozinha, não mais.

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|𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐋𝐈𝐓𝐄𝐑𝐀𝐑𝐈𝐎𝐒|Onde histórias criam vida. Descubra agora