𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗡𝗘

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( ՏᑕOᖇᑭIᑌՏ ᕼOᑭᑭᗴᖇ )
a   nona   vítima. . .

⸻ the end of everything

SCORPIUS SENTE A FRIEZA da parede contra suas costas, ele sente a fraqueza lhe dominar por completo, cada vez mais frágil.

— Mas que droga... – Ele diz ao abrir sua bolsa – Não! Não! Não!

O delicado frasco está completamente vazio, fazendo com que Scorpius comece a se culpar imediatamente por não ter verificado sua bolsa antes de sair.

Ele põe os pés para cima no momento em que a porta do banheiro é aperta, tentando fingir que não está ali; tentando fingir que ele não existe.
A pessoa, seja quem for, parece estar se escondendo também, ocupando a cabine ao lado, fazendo o mesmo que Scorpius: Pondo os pés para cima, temendo, até mesmo, respirar.

Alguns segundos se passam e a porta, logo, é aberta novamente.

— Ei, Finney! – A voz masculina soa, fazendo com que Scorpius descubra, em fim, quem ocupa a cabine ao lado.

Uma risada baixa soa.

— Aparece, seu frouxo. – Outro menino diz, transparecendo firmeza.

— Tá' querendo enganar quem, mané? – Uma última voz é escutada.

A porta da cabine é aberta, fazendo o loiro ter uma noção de que o amigo desistiu de tentar se esconder.

— Quer o que no nosso banheiro, ein? – A voz segue a dizer, voz essa que Scorpius reconhece bem.

— Tá' vendo ali? – Um outro menino segue a dizer – Tá' escrito "meninos".

— É, meninos... não frutinhas.

Scorpius, já impaciente, chuta a porta do banheiro com força, fazendo com a mesma se abra, assustando o trio que, antes, tentava assustar Finn.
O loiro sai de dentro a cabine, andando até estar em frente ao amigo.

— O que querem aqui, ein? – Scorpius pergunta, tentando se fazer de desentendido – Como vocês mesmos disseram: Tá' escrito meninos!

Scorpius olha para cada um dos três de cima a baixo, de forma rápida e sem interesse.

— Não "sapinhos medrosos". – O loiro finaliza, vendo um dos três, o ruivo, tentar avançar em sua direção, sendo impedido pelo outro, que segura em seus braços.

— Ele é amigo do Arellano... – O de cabelos compridos diz como um sussurro, apenas para que os amigos escutem, o que não funciona, já que a frase chega aos ouvidos de Scorpius – Quer se suicidar, seu idiota?

Scorpius olha para o chão, gosta de que Robin demonstre preocupação, mas ser resumido a apenas isso... amigo do garoto mais forte do colégio, bom... é frustrante.

— Não preciso de lutem as minhas batalhas por mim, já vocês... – Scorpius diz confiante – ...precisam de uns aos outros para, sequer, falar algo.

O ruivo bufa, se soltando dos braços do amigo e avançando na direção do loiro, que apenas segura o menino pelo casaco, o empurrando contra a pia.
Os amigos do mesmo pensam em se mover, mas, no momento em que a porta do banheiro se abre, eles desistem da idéia.
Ao ouvir o barulho, Scorpius solta o casaco do ruivo, o fazendo recuar até seu "grupinho".

Robin Arellano adentra o banheiro, encarando cada um dos meninos com um olhar indecifrável.
Ele para diante dos mesmos.

— Para fora. – Arellano vocifera – Imbecis...

𝗕𝗟𝗔𝗖𝗞 𝗣𝗔𝗥𝗘𝗗𝗘     | 𝑅𝑜𝑏𝑖𝑛 𝐴𝑟𝑒𝑙𝑙𝑎𝑛𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora