𝗕𝗟𝗔𝗖𝗞 𝗣𝗔𝗥𝗘𝗗𝗘 | 𝑅𝑜𝑏𝑖𝑛 𝐴𝑟𝑒𝑙𝑙𝑎𝑛𝑜

𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗙𝗜𝗩𝗘.

( ՏᑕOᖇᑭIᑌՏ ᕼOᑭᑭᗴᖇ )
a

     nona    vítima. . .

⸻ Queridos amigos do
outro lado.

SCORPIUS NÃO CONSEGUE sequer fechar os olhos, está apenas esperando outra ligação, bom, esperando, e torcendo, para que não seja de Vance, ou Robin.

É doloroso, mas também é o máximo que pode fazer no momento.
Ele revisa entre encarar o telefone e vigiar Finn, já que o mesmo dorme serenamente sobre o colchão velho.

Ele, secretamente, quer fechar os olhos e acordar desse sonho ruim, ele quer ver que Finney e Robin estão deitados em lençóis empilhados no chão, tão assustados quanto o mesmo após assistir os filmes de terror adultos que passam na tv durante a noite.

Isso seria muito bom mesmo.

O loiro é desperto de seus devaneios ao ouvir o assustador toque do telefone, o deixando alerta e fazendo com que se levante e corra na direção do mesmo.
Está desesperado por uma saída, pouco se importando com descuidos, e isso é notório.

— Alô? – Ele diz, mas tudo o que pode ouvir é um chiado alto e irritante que feri seus ouvidos sensíveis – Tem alguém me ouvindo?

Um arrepio percorre por toda a extensão de sua coluna, o fazendo largar o telefone e se afastar por impulso, tropeçando em suas próprias pernas e quase caindo sobre o chão.

Ainda é possível escutar o chiado baixo, mas de forma bem mais sutil e quase imperceptível, pois não está mais com o telefone próximo ao ouvido.

— Você ouviu alguma coisa, garoto? – Uma voz grossa e autoritária diz baixo, como um sussurro.

Scorpius se vira abruptamente, pondo as mãos em frente ao corpo, totalmente na defensiva.

— Está quebrado. – O sequestrador diz de forma humorada - Não viu o fio cortado, pequeno?

Ele se vira, encarando o fio.

“Não vai estar tão quebrado assim quando nos tirar desse inferno”, ele pensa, mas mantém isso apenas em sua cabeça mesmo.

— Eu acho... que não vi o fio. – Ao passar as mãos no rosto, ele se permite limpar os poucos resquícios de lágrimas secas que restaram.

Por mais que fosse certo, ainda queria ter uma confirmação direta de que nunca mais iria ver o seu antigo melhor amigo, que crescera ao seu lado.
Eros merecia bem mais do que teve, acho que essa foi a sua ruína... ele era bom demais para esse inferno de mundo.

O sequestrador parece sorrir por debaixo de sua máscara, mas o pequeno Hopper não tem certeza disso, pois a escuridão do porão não lhe permite enxergar com nitidez.
O homem se aproxima um pouco, fazendo Scorpius recuar alguns passos.

— Você ainda não me disse o seu nome. – Ele tenta, mas o loiro franze o cenho intrigado.

Ele se afasta um pouco mais, ficando mais próximo de Finn, como se pudesse o proteger, mesmo sabendo que o mesmo é completamente capaz de fazer isso por si só.