𝗕𝗟𝗔𝗖𝗞 𝗣𝗔𝗥𝗘𝗗𝗘 | 𝑅𝑜𝑏𝑖𝑛 𝐴𝑟𝑒𝑙𝑙𝑎𝑛𝑜

𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗛𝗥𝗘𝗘

( ՏᑕOᖇᑭIᑌՏ ᕼOᑭᑭᗴᖇ )
a     nona     vítima

⸻ The day when everything
was in it's place.

UMA hora. . . DUAS horas. . . TRÊS horas. . . UM dia. . .

O tempo passa e, com ele, toda a sanidade de Scorpius, que sequer sai da cama, ferido e apavorado, também.
O sentimento de fraqueza e impotência é grande... ele perdeu Eros; perdeu Vance; perdeu Robin e, agora, perdeu Finn... o seu melhor amigo.

— Scorpius, querido, o telefone... – Sua mãe tenta dizer, mas o loiro já está ciente de que o telefone, no andar de baixo, está tocando; ele está ciente que de está ignorando uma ligação que pode ser importante; ele apenas não liga – É para você...

Os olhos de Scorpius estão quase se fechando, o garoto, pela primeira vez, quer dormir de verdade.
Ele quer sonhar e encontrar Finn, quer trazê-lo para casa, algo que, infelizmente, ele não pôde fazer com Vance, ou com Eros e, muito menos, com Robin.

— Mãe, eu... eu tô tão cansado. – A voz do loiro sai mais quebrada do que deveria – Eu posso dormir um pouco? Prometo que retorno a ligação mais tarde.

É possível ouvir Vânia suspirar, mas ela não pode fazer nada.
Seu filho foi agredido na rua, em plena luz do dia, e ela não estava lá para o ajudar.
Seu melhor amigo foi sequestrado e, novamente, ela não estava lá pelo filho.
O máximo que ela pode fazer, em seu pensamento, é o deixar descansar.

— Tudo bem. – Ela diz, mas sua voz também é quebrada – Olha... a mamãe te ama, Scorpie. Sabe disso... não sabe?

Scorpius fecha os olhos com força após observar o seu quarto, é claro que não há nada de "perigoso" por perto, afinal, é impossível, para Vânia, esquecer o acidente com os remédios há quase três anos.

— Eu sei... também te amo, mãe.

Passos e passos, ela se afasta da porta, dando silêncio e privacidade a Scorpius, que aperta ainda mais os olhos.
"Sonhe... Sonhe... Sonhe...", é tudo o que se passa em sua mente.
"Por favor... Apenas sonhe, seu idiota!"

{ . . . }

É GELADO E MUITO MOLHADO, mas, ele está levemente contente, por que sabe que conseguiu.

— Certo, ah... onde você está..? – Ele questiona mais para si mesmo do que para um outro alguém.

Scorpius se vira um pouco, olhando para os lados e podendo ver, com um pouco de clareza, um pontinho brilhante.

— Uau...

Ele tenta se aproximar, mas seus pés estão afundando na água densa.
Ele se firma, puxando os mesmos com força, podendo se mover com muita cautela.
Ao, finalmente, chegar ao ponto dourado, ele se surpreende.

— Robin..? – Scorpius suspira.

O ponto brilhante está tomando forma, a forma que Scorpius tanto ama.

Suas mãos estão tremendo, seus olhos marejados e seus lábios, já curvados para baixo, estão doloridos de tanto que o loiro os morde.