Quem suspeita, o dog alcança.

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Midoriya on

Estaciono minha moto numa vaga vazia próximo a um café. Guardo o capacete debaixo do banco, e boto as chaves da moto no bolso .

Izuku se acalma, você só vai ver o Katsuki novamente, só isso e não há necessidade de pânico.

- Midoriya? - Pulo do susto ao ouvir o Katsuki me chamando. - Não vai entrar?

- Sim! - Katsuki me olha estranho e eu rápido me corrijo. - Sim, vamos?

- Vamos.

Entramos no café enquanto rezo em minha mente pra não ser um dia muito estranho .

Midoriya off

Sasuke on

- Calma garoto, vai ver que o perfume é muito forte. - Sasuke comenta abrindo o pacote se chocando com o conteúdo... - Isso não são perfumes...

- AU AU AU AU GRRRRRR!!!!

- São drogas...

- O que a minha avó Mitsuki tá pensando!? - Digo olhando para aquele conteúdo estranho.

- Au au!

- Mesmo não te entendendo, vou ligar pra polícia . - Pego o celular ligando pra polícia na hora.

Depois de notificar tudo pra polícia e de receber a notícia de que não demoraria pra eles chegarem, decido ir embora.

Ué? Cadê o Onix?

- Onix! Onix! - Vejo o filhote de pug tentando escalar uma janela. Vou até ele e o pego no colo. - Nada de invadir propriedade dos outros, menino.

Eu quase grito quando sinto ele morder minha mão, ele pula no batente da janela e entra pela mesma que estava aberta. Sem muita escolha eu também entro, não vendo nada demais.

- Onix! Onde é que esse Pug se meteu? - Falo andando pelo primeiro andar inteiro não achando o cachorro. - Onix, aparece agora ou não vai ter pestisco !

- AU, AU!

Escuto o bicho latir lá de cima, e como eu não quero ser preso por invasão domiciliar digo o latido do meu cachorro até chegar em frente a uma porta entre aberta e quando eu ia abrir-la, Onix finalmente aparece carregando um caderno na boca?

- O que é isso? - A capa era de um couro velho que tava esfarelando. - Um diário? E pensar que a Vovó tinha uma coisa do gênero .

Escuto a porta lá de baixo ser fechada. Ah não ! Ela chegou! E agora? Não dá pra por o diário de onde sei lar for tirado.

Minha mãe que me perdoe mas irei fazer um assalto não intencional. Ponho Onix por debaixo de um braço e o diário enfio dentro da minha blusa de frio. Abro a janela do quarto dessa velha que nem quero saber muito e uso minha Quirk pra ir o mais longe possível fora da vista de pessoas chatas e dedo-duros.

Quando eu estou longe o suficiente, finalmente surto.

- Eu invadi a casa de uma idosa e roubei o caderno dela! - Falo puxando alguns fios de cabelos meus. - Se minha mãe descobrir sobre isso ele vai me matar, a U.A. irá me expulsar e ser expulso da maior academia de Heróis Japonesa é o sinônimo de fracassado!

- Au, au!

- A culpa disso é toda sua! O que tem a dizer em sua defesa!? - Digo olhando pro meu cachorro que apenas late e deita no chão querendo carinho. Pego Onix no colo e pego o meu celular.

Mando mensagem dizendo que eu não poderei ir hoje devido a alguns probleminhas a parte que eu não posso revelar os mesmos né.

Tomara que a Mamãe esteja tendo um dia melhor que o meu.

Sasuke off

Midoriya on

Estamos sentandos em uma das mesas do café faz alguns minutos e Katsuki não falava nada o que piorou minha crise nervosa.

- Aqui estão os seus pedidos. - A garçonete fala pondo os pratos com um bolo de chocolate recheado de brigadeiro e um copo de suco de morango pra mim e uma torta de limão e café amargo pro Katsuki.

- Obrigado. - Agradeço a garçonete que sai de lá pra atender os outros. - Quer falar alguma coisa?

- Sim, mas e você? Não quer falar algo? - E ele usou minha pergunta contra mim.

- Quero e muito. Minha lista é muito extensa, mas não acho que queira a ouvir senhor Hero Number One . - Digo estreitando os olhos e Katsuki me olha confuso.

- Mas foi o nosso filho que marcou isso e você concordou . - Ele não falou o que eu acho que ele falou não é?

- "Nosso" filho? Desde quando dei intimidade pra se referir a ele assim ? - Pergunto, dando uma mordida no meu bolo.

- Você não o fez com o dedo. Tenho tanto direito de chama-lo assim como você.

- Vamos fingir que eu não escutei isso, sou um cara pacífico.

- Olha realmente precisamos conversar, mas não sobre o "seu" filho e sim " Nós " .

- Não tem nada entre Nós aqui! - Digo terminando de comer e beber, entregando dinheiro da conta pra garçonete .

Saio de lá com raiva do Katsuki, tiro o capacete por debaixo do banco da minha moto.

- Será que dá pra esperar? - Katsuki pergunta. - Você entendeu errado.

- Vem com essa conversa de " Nós " e " Nosso filho " e quer que eu entenda de que jeito!? - Digo já meio alterado. - Fui eu que carreguei ele nove meses, fui eu que passei noites sem dormir por ele, fui eu que o criei em meio essa PORRA DE SOCIEDADE PRECONCEITUOSA E ESCROTA PRA UM CARALHO!!!

- Deku... - Eu começo a chorar droga. - Olha eu não quis passar esse tipo de mensagem...

- Eu nem sei se posso acreditar em suas palavras, não sei se posso acreditar em sua mudança depois de anos e anos de bullying e preconceito. - Passo a mão tentando limpar as lágrimas. Odeio chorar. - Eu simplesmente não consigo acreditar em você depois daquele dia, que você me engravidou e falou pra eu me matar. Não importa se eu me esforço pra isso, não dá... NÃO DÁ!

Ponho a mão no rosto olhando pro chão, sinto braços quentes me cobrirem e sinto meu rosto tocando o peito grande do Katsuki, acabo ouvindo os batimentos do coração dele.

- Você entendeu errado. Eu nunca insinuei que éramos um casal ou queria está mais presente na vida do Sasuke. Eu quero as duas coisas, só acho que não devo te-las, no momento eu só quero que voltemos a ser amigos de novo antes de tudo dar errado.

- Como eu posso acreditar nisso? - Pergunto e ele sorri.

- Se eu em algum momento lhe magoar da mesma forma que eu fiz a 15 anos quando disse aquilo. Desistirei de ser herói.

Como!? Eu tô chocado mas antes que eu possa falar qualquer coisa o celular do Katsuki toca no bolso dele.

- Deve ser só o Pikachu... Não conheço esse número. - Katsuki fala vendo a tela do aparelho.

- Pode ser importante.

- Se for cobrança, vou mandar se fuder. Alô? - Katsuki atende o celular e em poucos minutos da conversa o semblante dele muda, pra um misto de confusão e raiva. Ele apenas diz um " Ok" e desliga.

- O que eles falaram? - Minha curiosidade fala mais alto enquanto limpo os resquícios de lágrimas.

- Que minha mãe foi presa por tráfico de drogas...

Continua 

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