AME [kth + jjk]

Capítulo XVIII: Uma Ilusão

Atenção: esse capítulo contém crises de pânico e ansiedade, por favor não leia, caso não se sinta confortável com esses assuntos.

🐻🐰

— Papai vai te levar hoje pra escolinha, tá? Vem aqui pro pai amarrar seu tênis.

O pequeno Jeongguk de apenas sete anos deixou seu giz de cera e sua folha, na qual desenhava, e foi correndo em direção ao seu pai para que ele amarrasse seu tênis.

— Papai vai me levar e me buscar também?

— Cê quer? — O menino assentiu abrindo um sorriso banguelo. — Promete pro pai que não vai brigar hoje de novo?

Depois de ouvir isso, o pequeno menino cruzou os braços e franziu a testa bravo, apenas brigava com seus colegas porque mexiam com ele.

— Mas pai...

— Jeon Jeongguk! — O filho apenas formou um biquinho nos lábios e segurou o choro, não gostava de levar bronca do seu pai. — Aproveita para comer muito muito na escola, tá filhote? Eu te amo, hm?

Jeongguk sorriu, porque claro que comeria na escola e ainda tentaria trazer algo para eles comerem à noite, já que infelizmente aquele mês ficaram apertados, sem dinheiro, e consequentemente o alimento estava pouco.

Após terminar de arrumar o filho, Jihoon saiu de casa dando de cara com senhora Choi e com a pequena Iz, também arrumada para ir à escola. Quando ele não estava bêbado, a senhora deixava que ele levasse a neta, já que a escola não era perto de suas casas e ela tinha problema no joelho.

— Jihoon tá bem hoje? — Perguntou Choi, no fundo, querendo dizer que ele não estava bêbado. O homem assentiu, sorrindo envergonhado.

— Quer que eu leve a Iz?

— Por favor, minhas pernas doem muito. Obrigada por isso.

Jihoon sorriu e a pequena criança despediu-se da senhora dando-lhe uma abraço bem forte.

Enquanto isso, as duas crianças iam à frente conversando sobre Naruto, o anime que eles costumavam assistir pela tarde.

Naquela época, Jihoon começava a beber com uma certa frequência e aquilo se sucedeu até os dias de hoje.

Deixaram Iz em sua escola e caminharam para a escola do pequeno Jeongguk. Quando chegaram, por fim, Jihoon agachou-se e depositou um selar na testa do filho, dizendo-lhe e desejando que ele tivesse uma boa aula. O menino, que tinha um sorriso banguelo, sorriu e correu para dentro da escola.

Foi aquela imagem de deixar e buscar seu filho na escola que Jihoon tinha e que Jeongguk se lembrava.

Como era gostoso sair da escola e ver que seu velho estava lhe esperando.

Por isso, ao se despedir do seu pai naquela clínica de reabilitação, todos aqueles sentimentos vieram como uma avalanche em sua mente. Era como antigamente, quando era deixado pelo pai na escola, agora era ele ali deixando seu pai em um lugar desconhecido, onde prometiam que curariam a pessoa que ele mais amava.