Capítulo VIII: Uma Ajuda

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As pessoas têm o costume de dizer que o tempo passa consideravelmente rápido, principalmente quando esse tempo está relacionado a segundos. De fato, os segundos passam de forma rápida se olharmos por uma óptica limitada. Entretanto, se pararmos para refletir, um segundo, por exemplo, na vida de alguém pode ser fundamental e tudo pode mudar. No basquete, mesmo se um time precisasse fazer três pontos para ganhar aquela partida e faltassem segundos para aquele jogo terminar e um dos jogadores arremessasse a bola de três pontos e conseguisse fazê-lo, em segundos a vitória seria da sua equipe.

Numa fórmula 1, os segundos também são de extrema importância ao ir trocar o pneu. Caso a equipe demore segundos a mais para fazer isso, pode comprometer o piloto na corrida, ou melhor, pode atrasá-lo. Por isso, os segundos deveriam ser considerados pelas pessoas como algo importante. Por mais que passe de forma rápida em nossos olhos, eles podem mudar o rumo das coisas rapidamente.

Era dessa forma que Taehyung pensava. Quando ele ficou na cadeira de rodas, mesmo tendo apenas doze anos, não quis fazer com que esse fato fosse ruim em sua vida — o começo não foi fácil, até porque ele teve que aprender a lidar com uma realidade que não era costumeira em sua vida e, querendo ou não, ela mudou drasticamente. Todavia, Taehyung levou aquela mudança até que numa boa, teve ajuda de terapia no começo, o que foi fundamental para que o menino pensasse daquela forma. O que na verdade tirava Taehyung do sério era como ele era tratado pela sua mãe. Ele sentia os olhares das outras pessoas sobre si, mas aquilo não chegava nem perto do que enfrentava dentro de casa, seja pelas atitudes ou palavras proferidas por alguém que deveria amá-lo, contudo, a pessoa que deveria lhe amar só ferrava com a sua saúde mental.

No começo, sua mãe tornou-se mais próxima dele, ela dava banho em Taehyung e o ajudava em tudo que fosse preciso. Querendo ou não, aquela aproximação deixou o menino de apenas doze anos contente — tendo em vista que ele cresceu sendo tratado de forma rude e ruim pela mãe — e ver que ela ao menos agora se importava o deixou feliz. Na concepção de Taehyung, o que a mãe passou a fazer consigo era uma forma de dizer que ela o amava, que ela se importava com o filho, porém, até mesmo aquelas atitudes eram recheadas de preconceitos e dizeres que saíam da boca dela cheios de raiva e ódio.

No início, o que era para ser algo reconfortante e acolhedor, no fim tornou-se algo sufocante para Taehyung. Embora pedisse para a mãe se afastar para deixá-lo sozinho, pois ele sabia se virar, ela sempre o ignorava e o tratava com descaso.

Com o tempo foi entendendo melhor aquela falsa aproximação e a motivação por trás dos atos de sua mãe. Taehyung sempre se perguntava: "por que agora ela queria aproximação?", mas, ao questioná-la e até mesmo xingá-la, a mãe de Taehyung sequer dava ouvidos, os questionamentos do filho entravam por um ouvido e saíam pelo outro.

Taehyung tentava ser gentil com a sua mãe — até porque era a sua mãe —, porém, percebia que ser gentil e educado com ela não surtia efeito algum. Sendo assim, o garoto passou a partir para a ignorância como naquele momento em sua casa quando sua mãe descobriu que ele havia vomitado por ter comido o lanche.

AME [kth + jjk]Onde histórias criam vida. Descubra agora