Numa noite estrelada, o sangue escarlate escorre pelas mãos de Ayla, uma situação inesperada que a leva a encontrar seu parceiro improvável: O General da Corte Noturna.
Em meio a intrigas e perigos no mundo da corte noturna, Ayla e Cassian são lança...
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Ayla distribuía socos contra o saco de pancadas que era segurado por Cassian, ela se sentia energizada.
O suor pingava de seus cabelos presos em um rabo de cavalo, por mais que alguns fios decidissem não querer ficar presos.
— Mais devagar — Cassian a alertou, não escondendo a preocupação em seu olhar, vendo ela desacelerar um pouco a sequência que ele havia lhe ensinado.
Ela estava socando com muita força, por mais que Cassian admirasse e se orgulhasse da sua determinação, ele não podia deixar de ficar preocupado. Ele disse para si mesmo que seria um treino rápido, pelo fato de o corpo dela não estar habituado com muitos movimentos e porque Stella havia ficado dormindo dentro do quarto e ele se lembrou do sacrifício que foi tirar ela de cima dele sem acordar a mesma.
Ele observou a forma com que o rosto de Ayla estava contraído, seu cenho e boca franzidos, ela socava o saco sem piedade. E o macho não pode deixar de apreciar ela, seu olhar feroz e ao mesmo tempo gentil.
Era algo que somente ela tinha.
Ele sabia que ela precisava liberar tudo que estava guardado dentro de si.
Ayla deu um soco com tanta força que fez com que Cassian desse um passo para trás, ele a olhou surpreso, não esperava por aquele soco, mesmo sabendo que ela tinha aquela força.
— Calma querida, acho que já está bom por hoje — ele murmurou olhando para Ayla com um sorriso dominando seu rosto.
Ela parou de socar apoiando as mãos sobre os joelhos, se sentia exausta, mas renovada. Ela não sabia como esses sentimentos poderiam vir juntos.
Cassian apenas esperou ela regular a respiração para dizer algo.
— Você está bem? — ele perguntou se agachando perante Ayla.
— Sim, me sinto ótima — ela respondeu se levantando e dando um pequeno sorriso agradecido para ele.
Ele se levantou ajudando ela a tirar as faixas em volta das mãos, ele não se assustou mas seu coração se apertou ao notar os machucados nas mãos dela.
Cassian sabia que isso iria acontecer, então olhou para ela pedindo com o olhar para ela ficar parada. Ele tirou um pote do bolso e Ayla reconheceu, era o mesmo bálsamo que ela havia passado nele.
Ayla observou ele passando a mistura sob as mãos dela com concentração, ela não iria negar que suas mãos estavam doloridas, mas ele passava a mistura com delicadeza causando uma sensação de alívio na mesma.
As mãos de Cassian tinham diversas cicatrizes que Ayla tinha quase certeza que eram de batalhas anteriores. E mesmo assim ele conseguiu ser delicado aplicando o bálsamo sobre as mãos dela.
— Pronto, acho melhor voltarmos — ele murmurou olhando para os olhos de Ayla, que sentia suas bochechas ficarem quentes e ela agradeceu por isso não poder ser reparado, pelo fato de que seu rosto todo estava provavelmente vermelho.
