𝑨𝒀𝑨 𝑷𝑬𝑻𝑹𝑶𝑽𝑨
Nunca percebi que tinha tantas coisas assim. Caixas estão jogadas por todos os lados. Lucy chega com uma mala e solta um suspiro cansada.
- Sente-se. - Ordeno para a ruiva, que logo se senta em uma poltrona. - A Clarisse me ajuda daqui pra frente, pode ir para casa.
- Você não vai querer encontrar Klaus, ele está puro ódio. - Ela diz. - Eu fico.
- Desobediente.
- Sou muito boa nisso. - Lucy sorri de orelha a orelha.
Passos são escutados e Clarisse aparece na porta com mais duas caixas em mãos. Vou ao seu encontro e pego uma das caixas.
- Essas são as últimas. - Ela diz, entrando e colocando a caixa em cima da mesa. - Ufa! Nunca vi um prédio sem elevador. - E se joga no sofá.
Coloco a caixa em cima da mesa e a abro. Bichinhos de pelúcia pulam na minha cara, dou um pulo pelo susto. Pego o preferido de Sephy, uma borboleta em tons de azul. Chego perto do berço e entrego. Minhas filhas estão brincando e fazendo barulhos com a boca. Meu sorriso não se esconde.
- Obrigada, meninas. - Digo, sentando no sofá ao lado de Clarisse. - Vocês são perfeitas. - Sinto Clarisse se aproximando de mim e encostando sua cabeça em meu ombro.
- Não tem de quê.
- Marcel não vai achar estranho você estar em território inimigo? - Pergunta Lucy.
- Ele não é nada meu, não é meu chefe. - Começa Clarisse. - Eu só uso o seu espaço e de vez em quando faço um trabalho por aí.
- Vocês tem um lance. - Afirmo.
- Ãh? De onde tirou isso? - Pergunta Clarisse.
Solto uma risada. Peguei ela. Mas, finjo que não notei. Clarisse e Marcel. Uhm.
- Agora dona Lucy, me explique a sua gravidez repentina. - Exijo.
- Ok. Eu como uma boa irmã, tinha que passar no hospital para pegar bolsas de sangue, eu consegui elas e voltei com presentes! - Ela diz toda animada.
- Mas, como? - Pergunto, ainda curiosa.
- Eu estava passando por uma sala com uma pessoa ao meu lado, e com as bolsas de sangue escondidas. - Que pessoa? - A mulher estava grávida, quase morrendo por seus filhos e percebi quem estava ao lado da mulher, era um bruxo - Não deixo a minha expressão de chocada escondida. - ele fez um feitiço para que ela não perdesse os bebês.
"Fazendo com que o meu útero de vampira disponível fosse utilizado para dois bebês"
- Meu Deus! E eu falo que eu sou a abençoada. - Fala Clarisse, fazendo todas nós darmos risadas.
DUAS SEMANAS DEPOIS
Luto contra as correntes em meus pulsos. Eu não sinto os meus poderes, eles não estão aqui. Eu decido parar de lutar, mas Hayley é persistente e continua. Estamos presos. Eu, Jackson, Hayley e Clarisse.
Clarisse acorda entre resmungos e me olha assustada. Estamos todos com uma bolsa de soro sem soro. A verbena e o mata-lobos estão correndo em minhas veias.
- Já tentei. - Diz Jackson, para Hayley e ela para assim que escuta a sua voz. - Quanto mais tenta, mais veneno entra nas suas veias.
Meu olhar se direciona para Hayley, seu rosto está cheio de sangue e seu olhar está em Jackson que está ensopado de sangue.
- Jack, me escuta, você está bem? - Pergunta Hayley.
- Estou. - Ele responde, com respirações profundas. - Eles capricharam comigo, com tanto veneno no meu sangue, eu não cicatrizando.
- Respira, se prepara para a nossa chance de lutar. - Diz Hayley, e ela me olha.
- Hayley-Hayley escuta, eu não sei se vou ter essa chance...
Ele está se despedindo, isso deve doer. Para os dois. Clarisse solta o ar e respira devagar.
- Para! Nós vamos sair daqui, Jack.
- Eu te amo, eu-eu sempre amei você...
Eu não quero escutar, ele está se despedindo e eu não quero escutar. Fecho os meus olhos na esperança de abafar as vozes, mas não abafa.
- Para!
- Quando eu te conheci, eu mudei, você me mudou. - Ele respira mais rápido. - Nada foi igual depois disso - Uma pausa. - eu só quero que saiba, que foi verdadeiro... Cada momento, cada... Toque, palavra...
- Que coisa comovente. - Escuto a voz de Tristan se aproximando e abro os meus olhos - Ou patética, acho que isso é relativo.
- Tira a gente daqui, - Hayley começa a se mexer. - ou juro que vou te matar!
Tristan fica na nossa frente. Eu não tenho forças, eu não consigo ajudar.
- Uh, eu duvido disso.
Hayley se bate contra a corrente e Clarisse se junta a ela, mesmo sem suas forças.
- Andei pensando nesse momento desde que você me torturou. - Começa Tristan. - Qual é o melhor jeito de machucar um Híbrido? Eu já descobri.
Tristan pega os cabelos de Jackson e puxa para trás, fazendo ele soltar um gemido.
- NÃO! - Grita Hayley e Tristan enfia a mão no peito de Jackson. - NÃOOOO! - O coração do marido de Hayley está nas mãos de Tristan. - AHHHH!
Os gritos de Hayley estão na minha mente e me fazem arrepiar inteira. Evito olhar para o lado e ver o seu sofrimento. O barulho das correntes se acalmaram e os gritos pararam. As bochechas de Clarisse estão vermelhas, suas lágrimas percorrem o seu belo rosto.
- E qual é o melhor jeito de machucar uma Tríbrida?
Ele vai matar Clarisse. Tristan ainda com o coração de Jackson em mãos, simplesmente solta no chão bem perto de Hayley.
- Eu também já sei a resposta. - Ele diz e fica bem na minha frente e agacha na minha altura. - Já que eu não achei as suas filhas, essa bela moça vai pagar.
Junto saliva o suficiente e cuspo em seu rosto. Ele fecha os olhos e passa o dedo para tirar a minha saliva. Olho para Clarisse e vejo o seu olhar.
- Está tudo bem. - Ela diz calma.
Minha garganta implora para chorar, mas eu resisto. Tristan se levanta e enfia a mão no peito de Clarisse e tudo oque consigo fazer é fechar os meus olhos.
Felicidade dura pouco.
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The Petrova Duplicate
Fanfiction+14| Onde, Aya Petrova é de uma linhagem de Doppelgängers, mas Aya é uma espécie totalmente diferente que pode revelar segredos profundos e mexer com o seu futuro. Aya é o ser mais poderoso existente, sendo um erro da natureza e é um mistério o seu...
