Capítulo 9.

221 25 0
                                    

Elisa Machado

— Vocês podem ficar na minha casa. — Natanael propôs.

Achei fofo
Também achei, sub, mas não posso admitir em voz alta.

— Na sua não, na nossa. — Miguel responde.

— Não, nós ficamos aqui, só ligar para o chaveiro para trocar a fechadura e estamos seguras novamente... — Gabriela responde também, desanimada.

— Não vamos deixar vocês ficarem aqui. Vamos descobrir quem fez isso, por enquanto vocês ficam lá em casa. — Miguel responde de volta, em tom de autoridade.

— Ok, voltamos amanhã para casa então. — Gabriela diz — Tudo bem para você, Elisa?

— É... Vamos. — respondo sem ânimo.

Entramos no carro, novamente eu com Natanael a Gabriela com Miguel.
O clima entranho, me deixa desconfortável.
Natanael as vezes abre a boca em menção de falar, mas desiste.

O medo percorre pelo meu corpo só de pensar que Jordan poderia ter feito aquilo.

Não consigo me conformar de que ele seja uma pessoa não ruim ao ponto de fazer isso.

Não tive tempo de comprar um celular ainda, mas assim que comprar, enviarei uma mensagem a Jordan, avisando que devemos conversar. Eu realmente quero saber se ele teria coragem de fazer aquilo e se teria, vou querer o divórcio, na hora.

Espero muito mesmo que ele não tenha feito nada, pois ele ainda é meu marido e eu não consigo acreditar que o homem em que me casei e fiquei junto por oito anos possa ter a coragem de fazer isso. Fico imaginando se nós estivéssemos em casa, o que teria acontecido...

Sou tomada pelos meus pensamentos e não consigo conter as lágrimas, realmente, está sendo tão difícil pra mim esses últimos dias. Será que um dia minha vida será tranquila? Me pergunto isso todos os dias, pois nesse meio tempo, pensar em suicídio é inevitável.

Natanael me olha, como se quisesse falar algo, mas é como se não conseguisse.
Apenas faço 'não' com a cabeça e volto meu olhar as ruas de São Paulo.

[...]

Chegamos ao apartamento e óbvio, é na cobertura.
Entramos e já de cara da para notar que eles são podres de dinheiro.
Uma sala de estar com sofás cinzas e uma televisão gigante, deve ter umas 85 polegadas, a decoração é bem básica, bem a cara de Natanael mesmo.

— Bom, fiquem a vontade, eu vou tomar um banho, qualquer coisa me chamem! — Miguel diz, subindo as escadas.

Natanael vai para uma sala, sem dizer nada e se tranca lá dentro.

Eu e Gabriela ficamos nos olhando sem saber o que dizer, nem o que fazer... 

Ouço minha barriga fazer uns barulhos estranhos, só assim percebo que última refeição que eu fiz, foi ontem a tarde.

Uma senhora sai do que parece ser a cozinha e vem se aproximando de nós com um sorriso gentil.

— Olá meninas! Prazer, me chamo Teresa. Vocês precisa de alguma coisa? Estou a disposição! — Pergunta gentilmente.

— Não querendo ser mal educada, mas eu queria muito mesmo algo pra comer. — digo sentindo meu estômago implorar por comida.

— Mas é claro! Acabei de preparar um almoço fresquinho, venham! — Diz nos guiando até um cômodo que obviamente é a sala de jantar.

O ambiente todo com a mesma decoração da sala anterior, as paredes cinzas, a mesa de madeira em marrom escuro e as cadeiras na mesma cor porém estofadas.

Meu Arrogante GostosoOnde histórias criam vida. Descubra agora