Web.Curly.Com

Fotos sem Explicação

Harry se perguntava o que ele fazia sentado no canto do seu quarto frio, e ele nem namorava mesmo Tomlinson então por quê?

Ele aceitou namorar  de mentira com ele e no fundo sempre soube como isso acabaria. O plano era simples e só tinha um final, Louis voltar com Eleanor, e ele concordou com isso então por que essa sua reação?

Ele sabia a resposta, mas não diria para ninguém nem para si mesmo. Não iria admitir de novo.

Não iria admitir que estava apaixonado e talvez fosse até mesmo amor. Não iria admitir que ele queria ser a escolha dessa vez.

Ele se sentia em um deja- vu, ele se viu vivendo tudo por uma segunda vez e isso o deixava em pânico.
Ele sentia que estava voltando no tempo ou melhor, perdendo ele.

E ele não podia passar por tudo de novo. Não podia se sentir sufocando, perdendo a si mesmo enquanto estava jogado no canto do quarto. Ele tinha reagir antes que se perdesse em pensamentos e sentimentos que não o levariam a lugar nenhum.

Se levantou com as pernas bambas, ele odiava se sentir fraco em todos os sentidos, corpo e mente. Ele sentia a cabeça rodar, o quarto frio, e copos vazios em alguns cantos esquecidos.

Ele sabia que tinha chamadas perdidas no seu telefone e por isso não podia ligar ele para saber que dia era e quanto tempo tinha ficado paralisado olhando para um ponto fixo.

Tirou a bagunça que tinha pelo chão, jogando as roupas sujas daquele dia no cesto de roupa não demorando para entrar embaixo da água quente. Ele sentia um pouco da confusão em sua mente indo embora junto com a água e espuma.

É um pouco torturante passar a mão por seu corpo e lembrar das de Louis o tocando com tanta força ao ponto de deixar marcas pela pele, mas gentil o suficiente para ele se sentir como uma porcelana delicada.

Ele sabia que precisava fazer alguma coisa para desfocar seus pensamentos de tudo que aconteceu e acontecia no mundo lá fora. Ele precisava de uma válvula de escape, como ele fez no passado, quando tudo estava uma merda também.

O site foi uma grande descoberta naquela época e continuava sendo.

Ele pentou seus cabelos colocando presilhas pretas para segurar os cachos que sempre caíam em seu rosto - a diferença era que antes ele tinha Louis os colando atrás de sua orelha e deixando um beijinhos sem malícia nenhuma, só carinho, em seus lábios.

Uma lágrima que ele tentou segurar com toda sua força escapou de seus olhos enquanto ele passava rímel em seus cílios, deixando um rastro preto na pele branca.

Foi até a ultima gaveta de sua cômoda a abrindo, sua visão um pouco embaçada com as lágrimas enquanto pegava uma peça pequena e preta. Ela  era bem menor que seu número e sumia entre sua bunda apertando  seu pau, mas ele gostava da sensação.

Ele se olhou antes de posicionar a câmera no tripé. Diferentes ângulos eram tirados. Seus olhos com rímel   borrado sem um bom foco, assim como uma foto de sua bunda sendo marcada pelas alças da calcinha. Em algum momento tudo foi demais, alguma coisa explodiu dentro de si e ele se sentiu perdido no meio de tantos flash e quando se deu conta o interior de suas coxas macias tinham marcas vermelhas e suas unhas  resquícios de pele.  Ele decidiu ignorar o pouco sangue que viu de relance.

A câmera já tinha fotos demais e ele não aguentava mais as luzes em seus olhos.  Se sentia sonzo com tanta claridade e barulhos de clicks.

Eram quatro da manhã e Louis se encontrava deitado em sua cama olhando para o teto escuro. Repassava as palavras de Harry em sua mente e nada fazia sentido para si.